Introdução:
Neste Domingo a
Palavra de Deus nos ajuda a entender um pouco mais o verdadeiro significado da mensagem
do Reino, anunciado por Jesus, em relação aos bens materiais. Na nossa cultura
do TER as propostas de Jesus parecem até desumanas. A radicalidade que ele
exige nos assusta! Os bens, a riqueza, o dinheiro não são maus em si.
Tornam-se maus quando são absolutizados e colocados no lugar de Deus. Os bens,
a riqueza, o dinheiro devem estar a serviço do homem e não o homem a serviço
dos bens... Sabemos quanta injustiça e iniqüidade se comete quando, na
ganância, se procura acumular e conquistar riquezas. A pobreza não significa
“não ter nada”, mas comprometer-se com os pobres, especialmente com os
excluídos e marginalizados, a quem nossa sociedade não dá condições de se
organizar, defender-se e libertar-se. Os princípios do bem comum, da
solidariedade, da partilha e da justiça social, iluminados pelas propostas do
Reino irão construir um novo modo de organizar nossa sociedade e criar
condições de vida e dignidade para todos. A Palavra de Deus é exigente e deve
provocar em nós conversão.
Nossa sociedade hoje endeusa o
poder, a riqueza, a beleza exterior, criando até a ditadura das medidas físicas
ideais... Tudo isso gera dependência, tornando as pessoas gananciosas e
opressoras. O texto nos ajudar a buscar a Sabedoria e por meio dela perceber
que poder, riqueza e beleza devem estar a serviço e não nos escravizar. Tudo
passa, menos a Sabedoria.
II
Leitura:
Hb 4, 12-13 - A força da Palavra.
O texto pretende motivar os
que estão desanimados por causa das perseguições e dificuldades surgidas em
vista do testemunho e da construção da sociedade justa e fraterna. A Palavra de
Deus, o próprio Jesus, promessa de vitória, está junto dos que lutam pelo mundo
novo. Ele e sua Palavra têm força para demolir, desnudar, desarmar e destruir
as sementes de injustiça que tornam nossa sociedade cada dia mais opressora.
Evangelho: Mc 10, 17-30 – O
tesouro maior.
Um drama em três atos. No primeiro ato (vrs 17-22), um novo
discípulo deixa de seguir a Jesus, pois tem nas riquezas seu bem maior. Não é
capaz de dar o salto necessário do desapego e assumir o seguimento. No segundo
ato (vrs 23-27) o exagero da metáfora do camelo e do buraco da agulha, dá a
verdadeira dimensão da necessária conversão em relação aos bens deste mundo. No
terceiro ato (vrs 28-30) se descreve a possibilidade de se criar uma condição
nova onde tudo é de todos (cem vezes mais) e a participação no Reino
definitivo, que é a maior riqueza que devemos almejar.
1. Como estamos defendendo
os valores do Reino?
2. Como está nossa solidariedade
e nossa partilha?
3. Estamos nos amoldando ao
projeto e seguimento de Jesus?
Apresentar nossas Pastorais
Sociais e onde não existir fazer o apelo para se organizarem.
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