01/12/2010

A NECESSIDADE DO NOVO. - IIº Domingo do Advento

1. Introdução
Viemos de diversos lugares. Passamos por diversas ruas e estradas. Como estão? Bonitas, asfaltadas, limpas? Ou cheias de buracos, com curvas, com altos e baixos? O apelo deste Domingo é que “preparemos as estradas do Senhor”. Será que nossa estrada está sendo preparada, nivelada, para que quando o Senhor vier encontre as ruas de nosso coração, enfeitadas, como se faz em algumas cidades, na festa de Corpus Christi? A celebração que nos reúne nos ajuda a preparar os caminhos do Senhor e fazer com que elas permaneçam sempre arrumadas.

2. A cara do novo Rei. Julgará os humildes com justiça.
O texto apresenta o novo jeito do Rei, que vai governar o povo. Não com a força e arrogância dos antecessores, mas com as virtudes que o povo sonha. O profeta pensava em alguém que fosse um novo rei Davi. Mas se sabe que só Jesus corresponde ao sonho profético.

3. Uma nova Comunidade. Cristo salva toda a humanidade.
Preparada no Primeiro Testamento, a nova comunidade deve ter como característica a acolhida. Como Deus nos “aceitou” devemos também nos “aceitar” uns aos outros. Aceitar e acolher o outro para que se concretize a Comunidade, o Reino, é seguir o caminho indicado pelo exemplo de Jesus.

4. As nossas estradas e as estradas de Deus. “Convertei-vos porque o Reino dos Céus está próximo”. (Mt 3, 2)
João Batista começa abrindo um caminho novo. Sua figura exótica, sua pregação, seu apelo nos fazem preparar interiormente os caminhos do Senhor. Advento é tempo de espera, mas também de preparação.

5. Conclusão.
Quando uma grande autoridade vai chegar à cidade as ruas são limpas, os buracos tapados, as sujeiras são recolhidas... No contexto deste segundo domingo do Advento devemos estar preparando a segunda vida de Jesus. Precisamos estar transitáveis. Na nossa vida em Comunidade é diminuir as distâncias que nos separam. Os nossos caminhos devem estar transitáveis para o Senhor que vem e para o irmão que está próximo. Como o Batista, devemos ser pregadores. Muitas das vezes estamos mudos. O despojamento do Batista (deserto, roupas, alimento) deve nos ensinar como deve ser o nosso anúncio.

Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br

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