10/02/2012

DESOBODIENTES ONTEM E HOJE.

Ao ler o texto de hoje, do evangelho de Mc 7, comecei a rir quando Jesus insistia: Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. (Mc 7, 36). O texto narra a cura do surdo que não falava direito. Jesus aproveita e faz uma celebração bonita: tirou o homem do meio da multidão, tocou nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. Cada gesto com o seu significado. E que a Igreja, nos seus sacramentos também usa, com gestos significativos. Um pastor me disse que eles perderam a beleza dos ritos sacramentais... Mas voltemos à insistência de Jesus. Ri porque hoje fazemos o contrário. Lá, mandava que se calassem e eles quanto mais Jesus insistia no silêncio, mais falavam. Hoje a Igreja insiste que falemos e quanto mais insiste mais em silêncio ficamos. Uma das urgências que as novas Diretrizes (DGAE nº 30) nos apresentam é: IGREJA EM ESTADO PERMANENTE DE MISSÃO para obedecer a ordem de Jesus: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo!” (Mc 16,15). Cristão calados, medrosos de anunciar, sem entusiasmo missionário... O Projeto Anjo, assumido pelo Regional II, em seu penúltimo passo pede que saiamos de dentro de nossas quatro paredes e enfrentemos o anúncio explícito das propostas da Boa Nova. De casa em casa, num corpo a corpo corajoso. Mas muitos estão sem a coragem. Quantos líderes desanimados e que passam este desânimo aos outros! Uma das igrejas que mais cresce no Brasil, não tem rádios, televisão, jornal. O crescimento se dá por meio das duplas que visitam casa por casa. Um efeito extraordinário. Lá sentam, conversam, convertem... E muitos cristãos católicos, sem fundamentação doutrinária vão escutando e se envolvendo e acolhendo uma doutrina fantasiosa... Cheios de coragem vamos obedecer o que nos pede a Santa Igreja: Este é o grande serviço que a Igreja, discípula missionária de Jesus Cristo, é chamada a prestar neste momento da história. Em atitude de diálogo, cabe-lhe anunciar e re-anunciar a pessoa e a mensagem de seu Mestre, conclamando à comunhão todos os seres humanos, para a busca da cultura da vida, a caminho do Reino definitivo. (DGAE nº 36)


CI100212
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto

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