11/12/2013

3º DOMINGO DO ADVENTO


 
Introdução:

Já estamos próximos ao Natal. A Igreja usa a cor rósea nos paramentos, para demonstrar a alegria desta proximidade. Os textos da Celebração falam de alegria, de esperança, do Reino se aproximando. A Comunidade reunida retrata esta realidade: festejamos, cantamos, nos alegramos com a Palavra e com o Alimento repartidos. Tudo isto é compromisso para que o nosso Natal não seja apenas de uma alegria externa, mas da alegria que vem de Deus. Não um Natal de comércio, mas da comemoração da presença de Deus entre nós.

 

I Leitura: Is 35, 1-6a.10 - Alegria, pois o tempo é novo!

Isaías lembra ao povo que depois do exílio algo novo vai acontecer. A libertação será completa. É preciso enfrentar o caminho de volta. Não mais escravidão, não mais doença, não mais tristeza. A descrição deste tempo messiânico, de uma nova criação, se concretiza plenamente em Jesus.

 

II Leitura: Tg 5, 7-10 - Espera paciente.

Tiago exorta a Comunidade a ficar firme. A paciência do homem da roça, que espera a chuva, que espera o grão brotar, que espera a fruta amadurecer. Esperar contra toda esperança. O mundo vai ser mudado, mas sem a pressa da violência, da raiva contra o outro...

 

Evangelho: Mt 11, 2-11 - Nossa esperança é Jesus.

Diante da pergunta do Batista, Jesus mostra o que está acontecendo. É um tempo novo. Realizam-se as profecias e a presença do Reino se concretiza.

 

Reflexão.

1. Estamos sendo instrumentos de uma nova criação? Fazemos as pessoas enxergar, escutar, andar e ouvir?  Estamos acomodados verdade?

2. Quando tentamos nos organizar: partido político, sindicato, Associação de Moradores, estamos sendo politiqueiros ou cristãos firmes na esperança?

3. Estamos vivendo de verdade um novo tempo, na alegria nos preparando para o Natal?

4. Campanha para a Evangelização - Coleta

 

Dinâmicas:

a) Entrar com a terceira vela do Advento, durante a profissão de fé.

b) Montar a terceira etapa do presépio.

c) Fazer agora o ato penitencial, tirando a venda dos olhos, tirando as mãos do ouvido, desamarrando os pés de alguém. Perdão pelas vezes que não queremos enxergar e deixar o outro enxergar, não queremos ouvir e não queremos deixar o outro ouvir, pelas vezes que ficamos acomodados...

 

 

26/11/2013

Iº DOMINGO DO ADVENTO


 
Introdução

Iniciamos com o Tempo do Advento um novo ano litúrgico. O Advento (a palavra provém obviamente do latim adventus e significa "chegada") tem dois aspectos que estão intimamente unidos. 1. É um tempo de preparação para as festas de Natal cujo conteúdo é a primeira vinda do Salvador Jesus Cristo na sua humanidade ("Tu do Pai desceste salvando todo o Povo"). 2. Advento é sempre também um tempo particularmente intenso da espera da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos (para que esperemos com plena confiança a vinda de nosso Salvador Jesus Cristo). O termo é utilizado pela Igreja Católica para designar as quatro semanas que antecedem o dia 25 de dezembro e que são utilizadas para a preparação do Natal, a festa do nascimento de Jesus Cristo. Nesse período, a liturgia procura ressaltar o espírito de conversão aos princípios evangélicos, a fé em Deus que nos criou e nos redimiu por amor e a esperança que se traduz em obras concretas pelo estabelecimento de uma sociedade justa e fraterna, prenúncio do Reino de Deus anunciado pelo Messias. O primeiro domingo do Advento marca o início do Ano Litúrgico, ou seja, do calendário oficial da Igreja Católica. O advento é um tempo especial para fazermos um questionamento sério sobre nossa vida pessoal e também sobre o mundo em que vivemos. É um momento privilegiado para averiguarmos se a semente de amor e justiça lançada por Jesus Cristo no coração dos homens está nascendo e frutificando.

 I Leitura: Is 2, 1-5 - Um novo tempo, um novo povo

                        Isaías lembra ao povo que no futuro todos se dirigirão para Jerusalém, para que participem da Aliança. As armas se transformarão em instrumentos de paz. O sentido político, da importância de Jerusalém, se transforma numa profecia, dando um sentido novo, para um novo tempo, para um novo povo.

 
II Leitura: Rm 13, 11-14a - A salvação é agora!

                        O cristão deve aproveitar este momento de Deus: - na vigilância;

                                                                                                    - na mortificação

                                                                                                    - construindo a paz.

O cristão não pode desperdiçar este tempo. Nunca se acomodar. Sem o fanatismo, com o medo de que o fim do mundo está próximo, mas também sem se misturar com as coisas do  mundo: bebedeiras, orgias, imoralidades, ...

Evangelho: Mt 24, 37-44 - Olhos e ouvidos bem abertos.

                        Jesus insiste na vigilância. O Evangelho esta cheio de alertas para que todos estejam atentos. Não sabemos o dia nem a hora! Existe uma íntima relação com o texto acima de Rm 13.

Reflexão.

1. Devemos estar preparados... Para que? Para um Natal cheio de poesia, emoção e sentimentalismo, ou para fazer a vida acontecer de verdade?

2. O que fazer neste tempo do Advento? A Novena do Natal, a participação nas celebrações, preparar um Natal especial em Comunidade, especialmente para os mais pobres...

3. Estamos vivendo de verdade um novo tempo, um novo povo, uma nova Comunidade? “Dias melhores virão...” Como fazer isto acontecer?

 Dinâmicas:

a) Entrar com a primeira vela do Advento, durante a profissão de fé.

b) Começar a montar o presépio ( por etapas = cada Domingo uma parte)

 

12/11/2013

FIRMES E FORTES! - XXXIIIº DOMINGO DO TEMPO COMUM


 
  1. Introdução.

“Anunciamos, Senhor a vossa morte, e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!”. Em todas as eucaristias nos encontramos com o Ressuscitado e corajosamente proclamamos a morte e a ressurreição do Senhor. Vivemos neste contexto: o já e o ainda não. Sem medo. Sabemos que um dia vamos nos encontrar definitivamente com Ele. Por isso não nos atemorizam os alarmistas. Ao chegarmos ao fim do ano litúrgico a Igreja nos prepara também para o fim dos tempos. As coisas deste mundo passam. Só Deus não é transitório. Ele é eterno. Quem fica com ele tem a garantia da eternidade.

 Vencedores. Nascerá para vós o sol da justiça.”. (Ml 3, 20a).

O profeta Malaquias lembra que Deus não se esquece dos justos, isto é, daqueles que procuram levar adiante o projeto de Deus, fazendo-lhe a vontade. A vitória final caberá a eles, e não aos ímpios. Para os justos se levantará o sol da justiça e assim perceberão que eles são os verdadeiros vencedores. O refrão do salmo nos ajuda a rezar: O Senhor virá julgar a terra inteira; com justiça julgará. (Sl 97, 9).

 Aguardar trabalhando. “Quem não quer trabalhar, também não deve comer”. (2 Ts 3, 10).

Acho de fina ironia a frase de Paulo: ... muito ocupados em não fazer nada.”. (2 Ts 3, 11). Alguns cristãos de Tessalônica, pensando que o fim estava próximo, queriam só aguardar o fim. Não trabalhavam mais. Viviam à custa da Comunidade. São Paulo insiste na necessidade de se ficar atendo ao final dos tempos, mas também assumir as tarefas do dia-a-dia para se apresentar ao Senhor vigilantes.

 Firmes! É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida”. (Lc 21, 19).

Três são as mensagens deste trecho. A primeira é a de que não podemos colocar nossa segurança nas coisas deste mundo. O Templo, referência religiosa, dava garantia ao judeu de que Deus estava ali. Mas Deus continua com seu povo com templo ou sem templo. A segurança não está no prédio de pedras, mas em Deus! A segunda mensagem e a de que as catástrofes anunciadas anunciam um mundo novo. Muitas vezes nos fixamos nas catástrofes e não percebemos que Deus vem criar “novos céus e nova Terra.” (2 Pd 3, 13; Ap 21, 1). A terceira mensagem é a de que Deus está conosco. Dar este testemunho de fé! Permanecer firmes.

Conclusão.

Fim de ano. Fim dos tempos. Tempo de fazer um balanço de nossas vidas para saber se estamos em sintonia com a proposta do Ressuscitado. Saber que Ele caminha conosco, nos dando segurança. Nada deve nos atemorizar. Os sinais dos tempos apontam para tempos novos. Nossa caminhada firme nos fará vencedores. Enquanto estamos aqui devemos dar o testemunho de firmeza. “Segura na mão de Deus e vai...”.

 
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto


 

 

 

 

 

05/11/2013

DEUS DOS VIVOS! - XXXIIº DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C


 
Introdução

Falar de vida eterna para o mundo de hoje parece incongruência. Queremos a vida aqui. Realizar as coisas aqui. Ser feliz aqui... Vida depois da morte seria uma espécie de fuga desse mundo, sem se comprometer em mudanças.  Para o cristão Deus é o Deus da vida. A vida daqui e a vida de depois. Cremos na Ressurreição. Cristo é a nossa garantia de ressuscitados. A liturgia desses últimos dias nos ajudou a fazer essa reflexão: Finados, Todos os Santos...

Primeira Leitura - 2Mc 7, 1-2.9-14 - O Rei do Universo nos ressuscitará  para uma vida eterna.

É uma das páginas mais comoventes de toda a Bíblia, mostrando que o tempo de perseguição se torna ocasião de educar para o testemunho capaz de enfrentar até o sacrifício da própria vida. Aqui aparece, pela primeira vez e com clareza, a crença na ressurreição. A fé na ressurreição não é neutra: Deus ressuscita os justos para a vida; quanto aos injustos, não ressuscitarão: seu destino é a morte definitiva.

Segunda Leitura - 2Ts 2, 16-3,5 - O Senhor  vos confirme em toda boa ação e palavra.

A comunidade cristã não precisa temer o final dos tempos. Ao contrário, deve agradecer a Deus, pois, ouvindo o Evangelho, abraçando o compromisso da fé e abrindo-se para dar o testemunho de Jesus Cristo, ela já se encontra no caminho da salvação. O importante é continuar fiel à tradição apostólica e dar testemunho da fé através do anúncio e da prática do bem. Ao lado da prática da fé, a oração em favor dos evangelizadores exprime a solidariedade no testemunho e na difusão do Evangelho.

Evangelho - Lc 20, 27-38 - Deus não é o Deus dos mortos, mas dos vivos.

Há realmente ressurreição? Jesus desmoraliza os saduceus, apresentando o cerne das Escrituras: Deus é o Deus comprometido com a vida. Ele não criou ninguém para a morte, mas para a aliança consigo para sempre. A vida da ressurreição não pode ser imaginada como cópia do modo de vida deste mundo. Ressurreição não na base da ciência , mas na dimensão da fé.

Reflexão

1. Damos corajoso testemunho do Deus da vida?

2. Colocamos nossa esperança em Deus?

3. Cremos na ressurreição ou...?

 Dinâmica

Entrar com uma criança recém nascida, uma muda de planta e um jarro com água (significando a VIDA)

 

Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto


 

30/10/2013

TODOS OS SANTOS.



  1. Introdução:

Na festa de hoje olhamos para os nossos irmãos e irmãs que já alcançaram a contemplação definitiva de Deus. Estão, como dizemos, no céu. Mas olhamos também para cada um de nós que deve constantemente buscar esta santidade. Os santos e santas de ontem são um apelo para que nós, os santos e santas de hoje demos um testemunho constante de vida de santidade. Deus é santo. E o apelo dele é justamente este: Sede santos, pois Eu sou santo (cf. Lv 11,45). Buscar a santidade não é algo de extraordinário, fazer milagres, produzir coisas fantásticas... Os grandes santos fizeram as coisas ordinárias de um modo extraordinário.  Deus nos torna filhos e filhas: já temos a vida dele em nós. Basta conservar esta vida da graça para sermos santos. Mas os desafios são inumeráveis: devemos enfrentar as perseguições, os dragões, as tentações... Mas temos as armas: a Palavra de Deus, a Eucaristia, os Sacramentos, a vida em Comunidade....

 

2. João viu o número... “Vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas.” (Ap 7, 9).

 A marca na fronte é o sinal da salvação e da pertença a Deus. O número 144.000 (12x12x1.000) é o número total e perfeito. A salvação está aberta a todos (todas as nações, tribos, raças e línguas) A veste branca lembra a pertença ao novo povo (batismo) e as palmas, o enfrentamento dos desafios.  Ser santo é pertencer aos assinalados, sem distinção de raça ou status e fazer parte dos que enfrentam os desafios para que o Reino aconteça.

 

  3. Filhos do Santo. “Veremos Deus tal qual Ele é.” (1Jo 3, 2).

Muitos de nós desconhecemos esta grande dignidade: somos filhos e filhas de Deus. O Batismo abre para nós esta porta e a partir daí devemos manter esta dignidade, custe o que custar. A semelhança plena se dará quando Cristo se manifestar na sua glória. Mas desde agora devemos viver esta dignidade. Não esperar ser santo depois...

 

  4. Bem-aventurados... “Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.” (Mt 5, 12).

Os valores são totalmente invertidos. Só os santos entenderam a realidade das bem-aventuranças. Parece uma utopia dizer que bem-aventurados são os pobres, os perseguidos, os que choram, os que são puros... A sociedade hoje elege outros valores. Mas a verdadeira santidade está em buscar e em viver as bem-aventuranças. Isto custou a vida de Jesus e custou a vida de muitos santos e santas. Se quisermos ser santos e se quisermos um mundo novo devemos praticar as bem-aventuranças.

 

  5. Conclusão.

Devemos buscar a santidade, apesar dos desafios. Parece que falar em santidade hoje destoa dos projetos humanos. Mas esta é a nossa vocação. Conta-se que Madre Teresa de Calcutá foi interrogada por um repórter se ela não se importava em ser chamada de santa. E ela prontamente respondeu: “Não, não me importo, pois essa é a minha obrigação!”.  Viver diariamente o nosso Batismo, fonte de nossa vocação à santidade, vai nos impulsionar a viver a santidade. As Bem-aventuranças não podem ser apenas sonho, utopia. Devem ser realidade.

 

 

FINADOS: COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS



Introdução: A morte permanece para a humanidade como um mistério profundo. Mistério também cercado de respeito pelos que não crêem.  Para o cristão não é um fim do caminho, mas o começo. Este dia, marcado pelas orações, coloca diante de nós símbolos muito expressivos: a vela acesa recorda a ressurreição; as flores, todo o sentido da vida... Podemos fazer alguma coisa pelos mortos? A oração pelos defuntos é uma tradição da Igreja. De fato, subsiste no homem, também quando morre em estado de graça, muita imperfeição, muita coisa a ser mudada, purificada do antigo egoísmo! Tudo isso acontece na morte. Morrer significa morrer também ao mal. É o batismo de morte com Cristo, no qual encontra acabamento o batismo de água.  Esta morte vista pelo outro lado - assim crê a Igreja – pode ser uma purificação, a definitiva e total volta à luz de Deus. Quanto tempo durará? Isto está fora do nosso tempo. Não podemos determinar tempo nem lugar. Mas, partindo do nosso ponto de vista humano, há um tempo, durante o qual consideramos alguém como "morto" e o ajudamos com nossa oração. De quantos meses ou anos se trata, ninguém pode dizê-lo. O importante é crer na vida. E vida de ressuscitados.

 

Primeira Leitura: Jó 19, 1.23-27a – Ele está vivo!

Jó, embora mergulhado na dor, proclama sua esperança em Deus. Deus está ao seu lado e tem certeza, que na vida e na morte será seu defensor e vingador. A tradição vê  neste texto um ato de fé de Jó na ressurreição. Saber que o nosso Redentor está vivo deve nos impulsionar a viver buscando sempre a vida e ter a certeza que viveremos com Ele.  

 

Segunda Leitura: Rm 5, 5-11- Povo de ressuscitados...

A grande demonstração do amor de Deus é de ter dado a sua vida por nós quando ainda éramos pecadores. Devido a isso temos a esperança de que seremos salvos, pois já fomos reconciliados. A morte-ressurreição de Jesus é esta garantia: devemos caminhar em meio aos desafios, cheios de fé e esperança. Ele ressuscitou, nós vamos ressuscitar com Ele.

 

Evangelho: Jo 6, 37-40 – Ver e crer para ter vida.

Jesus é o que veio de Deus para dar a vida definitiva aos homens. Ele vai nos ressuscitar no último dia. A ressurreição é o centro de nossa fé. Paulo insiste que se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa fé. Mas não bastam teorias (só ver), é preciso crer (atitudes dinâmicas).

 

Reflexão.

1. Apesar dos desafios, mantemos viva a nossa fé na ressurreição?

2. Somos uma Comunidade viva, alegre, festiva?

3. Em que ou em quem depositamos nossa fé?

 

Dinâmica:

Um jovem caracterizado de Cristo ressuscitado distribui um papel onde está escrito: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim terá a vida eterna.” (Jo 11, 25-26)

 

 

 

22/10/2013

DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS. XXXº DOMINGO DO TEMPO COMUM



  1. Introdução.

Outra vez a Santa Palavra vem nos falar de oração. Nosso encontro semanal com o Ressuscitado nos faz saborear o caminho a ser percorrido para se aprender a rezar. Não podemos entrar em contato com Deus com o coração inflado de arrogância, imaginando que o mundo gira ao redor de nós. Devemos nos colocar como necessitados da misericórdia de Deus para receber Dele toda a atenção. Aos pobres, aos excluídos, aos marginalizados Deus dá atenção. Para quem se basta, não há espaço para Deus.

 

  1. Deus ouve os pequenos. “A prece do humilde atravessa as nuvens.” (Eclo 35, 21).

As categorias do pobre, do órfão e da viúva (e ainda o estrangeiro, não mencionado aqui), são os queridos de Deus. São grupos socialmente vulneráveis. Deus os escuta. Deus os protege. Suas preces são ouvidas. É assim que devemos nos apresentar diante de Deus: despojados. O nosso vazio será ocupado por Deus. O refrão do salmo de hoje nos ajuda a rezar: “O pobre clama a Deus e ele escuta: o Senhor liberta a vida dos seus servos.” (Sl 33).

 

  1. Abandonado. “Agora está reservada para mim a coroa da justiça.” (2Tm 4, 8).

Ao escrever ao Bispo Timóteo, Paulo mostra bem que Deus faz justiça aos despojados. Abandonado pelos homens, é recompensado por Deus. O prêmio não são elogios humanos, mas a coroa imperecível da justiça, dada por Deus. Em seu “testamento”, Paulo delineia bem como os abandonados são acolhidos por Deus. Quando tinha o coração cheio de ira não era acolhido. Quando “caiu do cavalo” tem o valor reconhecido.

 

  1. Fariseu e publicano.  “O publicano voltou para casa justificado, o outro não.” (Lc 18, 14).

A “ação de graças” do fariseu não atingiu o coração de Deus. Falava mais de si. Sua oração tinha duas direções: um olhar negativo dos pecados dos outros e um olhar positivo de suas virtudes. Deus não o ouviu. O publicano tinha uma direção: suas misérias, seus pecados. Deus o ouviu. A salvação não é mérito nosso, vem de Deus. Se nos colocarmos assim diante de Deus, Ele nos atenderá.

 

  1. Conclusão.

Os queridos de Deus são ouvidos. Diante dos valores do mundo, são desprezados. Mas é com estes que Deus faz aliança. Ele está do lado do pobre, do humilde, do desprezado. E é assim que devemos nos colocar diante de Deus: despojados! Só assim Deus vai preencher nosso vazio. Se nos colocarmos cheios, não haverá espaço para Deus.

 

6. Dinâmica

 Encenar o Evangelho

14/10/2013

Nª Sª DA CONCEIÇÃO APARECIDA


9
Introdução:

Em 1773, nas águas do Rio Paraíba, apareceu, isto é, foi achada por alguns pescadores, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, que se tornou objeto de crescente devoção do povo brasileiro. O apelido popular dado à imagem é "Nossa Senhora Aparecida". Em seu santuário, na cidade de Aparecida do Norte (Estado de São Paulo), vêem-se aos milhares os testemunhos de sua proteção celestial sobre os filhos da nação brasileira: inúmeros ex-votos ali estão a recordar os benefícios obtidos com a invocação da Mãe de Deus sob o título de "Nossa Senhora Aparecida". Com toda a razão foi ela proclamada Padroeira e Rainha do Brasil.

 

Primeira Leitura: Est 5, 1b-2; 7, 2b-3 – Vida para o meu povo.

Ester, sendo judia e sabendo da trama do primeiro ministro contra os judeus e queria seu extermínio, intercede m favor de seu povo e alcança as boas graças do rei. É figura de Maria, enquanto intercede pela salvação do povo.

 

Segunda Leitura: Ap 12, 1.5.13a.5-6a – Vencer o dragão de ontem e de hoje

A mulher adornada simboliza o povo de Deus: o antigo povo da aliança e o novo povo, a Igreja. Ambos são perseguidos pelo dragão do mal. O menino se dúvida é o Messias. Tradicionalmente se aplica esta figura da mulher à Maria, que, como diz o Vaticano II, é Mãe e modelo da Igreja. Ela vence o dragão, que não tem domínio sobre ela.

 

Evangelho: Jo 2, 1-11 – Mulher e Mãe

O texto das bodas de Caná apresenta a intercessão de Maria junto a Jesus. O título de “mulher” remete ao Calvário, onde estará de pé, no momento da redenção da humanidade. Como Mãe tem a preocupação dos que não têm mais vinho. Como mulher tem o olhar atento para as pequenas coisas... Está presente na hora da salvação e nesta hora torna-se também mãe da humanidade. Maria é Mãe e modelo para a Igreja.

 

Reflexão.

1. Enfrentamos os desafios para conquistar vida para o povo?

2. Maria nos ajuda a vencer os dragões de hoje?

3. Que tipo de devoção temos para com Nossa Senhora?

 

Dinâmica:

a)    Entrar com uma imagem de Nossa Senhora Aparecida.

b)    Encenar as Bodas de Caná.

c)    Lembrar que hoje é o dia das crianças...

 

 

XXVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM. - SABER DIZER “OBRIGADO”!


  1. Introdução.

A cada Domingo nos reunimos com o Ressuscitado para a Eucaristia. A palavra Eucaristia vem do grego e significa “reconhecimento”, “ação de graças”, “muito obrigado!”. Nossa fé, como vimos, no domingo passado (“Aumenta nossa fé!”) nos faz dizer junto com Jesus o nosso muito obrigado ao Pai, reconhecendo nEle toda fonte de restauração. Se entendermos bem o significado da missa dominical, páscoa semanal, vamos perceber que mais do que cumprir uma obrigação enfadonha passa a ser uma necessidade.  Eucaristia é a alegria que brota da contemplação do Deus que é grande no amor, que nasce da descoberta de sermos salvos gratuitamente.

 Reconhecimento. “Naamã voltou para junto do homem de Deus, e fez sua profissão de fé.” (2Rs 5, 25)

O drama (ver o cap. 5 todo) se inicia com a proposta de cura e termina com o reconhecimento do verdadeiro Deus. Para esta caminhada será preciso humildade, conversão. Deus não realiza sua obra no aparato fantástico, como num passe de mágica, mas na busca constante e submissa das propostas de Deus (lavar-se sete vezes!). A lição que aprendemos que a vida é dom de Deus. Não precisamos pagar. Mas devemos ter reconhecimento. O Sl 97 nos ajuda nesta ação de graças.

 Palavra livre. “Se com Cristo ficamos firmes, com ele reinaremos” (2Tm 2, 12).

Paulo insiste com o bispo Timóteo para que testemunhe a ressurreição. Mesmo prisioneiro deve anunciar: “a palavra de Deus não está algemada.” (2Tm 2, 9). O hino final (2Tm 2, 11-13) é para Timóteo e para nós um apelo para que haja coerência entre fé e vida.  

 Muito obrigado! “Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” (Lc 17, 18).

Nem tanto focar a gratidão, mas sim a fé do samaritano. O itinerário para se descobrir Jesus é sair da situação de exclusão (lepra), passando pela cura, até o reconhecer que em Jesus o amor de Deus leva os homens a viver na alegria da gratidão. A vida que Deus dá em Jesus Cristo é gratuita, é graça. Só na fé saberemos voltar para agradecer.

 Conclusão.

Como Naamã e o leproso samaritano curado, devemos ser reconhecidos ao Deus que nos salva, nos perdoa e nos cura. Não podemos procurar aparatos suntuosos, exploradores de um Deus que cura tomando em troca nossas dádivas, mas o Deus de uma cura gratuita, própria do comportamento de Deus: sem barulho, na simplicidade de quem acolhe, sobretudo os excluídos e menosprezados. A Eucaristia vai se revestir de um sentido diferente, como ação de graças e não como o pesado encargo de cumprir um mandamento. A partir daí vamos entender que Eucaristia não é obrigação, mas uma necessidade. O “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou” (Lc 17, 19) é dito também a nós, se reconhecidos soubermos fazer da Eucaristia a verdadeira ação de graças. E é também, neste mês missionário um envio: discípulos/missionários.

 
6. Dinâmica

Fazer a benção e aspersão da água no inicio da missa, com motivações de purificação

 

Mons. Antonio Romulo Zagotto


 

 

 

01/10/2013

XXVIIº DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução

Há uma proposta para este domingo de se refletir sobre a fé. Não "simplesmente" uma adesão aos dogmas e verdades abstratas, mas à pessoa de Jesus e ao seu projeto. Viver em profunda comunhão com Ele e sobretudo praticar suas propostas de formas bem concretas. Não teoria só. "... quem ouve e põe em prática as minhas palavras..." (Lc 8, 21)

 Primeira Leitura - Hab 1, 2-3;2.2-4

O profeta e o povo clamam a Deus que parece não escutar. Até quando o injusto conta o justo, o opressor contra o oprimido? Até quando Deus vai esperar para agir? A resposta definitiva de Deus sobre o problema da opressão e da injustiça: Deus agirá no tempo certo. O que importa é que o justo tome consciência e se mantenha fiel, pois é através da fidelidade do justo que Deus agirá, realizando a justiça: libertará os oprimidos e injustiçados e punirá os opressores. Se há um prazo que às vezes parece longo, é porque Deus quer agir com o homem, respeitando-lhe a liberdade.

 Segunda Leitura - 2Tm 1,6-8.13-14

Paulo exorta a Comunidade a lutar corajosamente pelo Evangelho. Sem timidez. Com coragem (fortaleza)! Enfrentando até o sofrimento! Qual a nossa missão? Esta consiste fundamentalmente em testemunhar o Evangelho, e isso pode levar a testemunha ao mesmo destino de Jesus: o sofrimento e a morte. «Envergonhar-se» é renegar o testemunho por causa da perseguição social que ele provoca. A vocação cristã é dom gratuito de participação no projeto de Deus: projeto de salvação feito desde a eternidade, manifesto em Jesus Cristo e entregue a todos pelo anúncio do Evangelho. O Espírito garante o discernimento que faz compreender o núcleo fundamental da fé, isto é, o testemunho de Jesus Cristo, e como concretizá-lo em novas situações históricas.

 Evangelho - Lc 17, 5-10

O Evangelho convida os discípulos a aderir, com coragem e radicalidade, a esse projeto de vida que, em Jesus, Deus veio oferecer ao homem… A essa adesão chama-se “fé”; e dela depende a instauração do “Reino” no mundo. Os discípulos, comprometidos com a construção do “Reino” devem, no entanto, ter consciência de que não agem por si próprios; eles são, apenas, instrumentos através dos quais Deus realiza a salvação. Resta-lhes cumprir o seu papel com humildade e gratuidade, como “servos que apenas fizeram o que deviam fazer”.

Reflexão

1. Confiamos em Deus e esperamos com paciência?

2. Estamos testemunhando? (Mês das Missões)

3. Queremos ser servos?

 Dinâmica

Lembrar o Ano da Fé. Cantar a Profissão de Fé.

 

25/09/2013

XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM

 
Introdução
A Palavra de Deus mais uma vez vem nos apontar as preferências de Deus. Deus faz uma opção pelos pobres. Um caminho e uma opção que nós também devemos fazer. Mas isso exige conversão: de mentalidade e de atitudes. No nosso mundo, de cultura capitalista, tornar isso realidade vai custar muito. Mas é o que nos aponta a proposta de Deus.
Primeira Leitura - Am 6, 1a-4-7
A classe dominante de Israel se mantém numa vida de privilégios, às custas da exploração do povo (da «ruína de José»). Todavia, o profeta, em nome de Deus, ameaça com castigos, assegurando que isso tudo terá um fim, pois o dia fatal se aproxima.
Segunda Leitura - 1 Tm 6, 11-16
O verdadeiro doutor é aquele que foge da ambição e vive com sobriedade. Seu compromisso primeiro é com a verdade, a qual se manifesta no ministério de Cristo, O autor relembra a necessidade de viver as virtudes: "procure a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança, a mansidão" (v 11)
Evangelho - Lc 16, 19-31
A parábola é uma crítica à sociedade classista, onde o rico vive na abundância e no luxo, enquanto o pobre morre na miséria. O problema é o isolamento e afastamento em que o rico vive, mantendo um abismo (na realidade dois abismos: um vivido já aqui e outro vivido depois da morte) de separação que o pobre não consegue transpor. Para quebrar esse isolamento, o rico precisa se converter. Nada o levará a essa conversão, se ele não for capaz de abrir o coração para a palavra de Deus, o que o leva a voltar-se para o pobre. Assim, mais do que explicação da vida no além, a parábola é exigência de profunda transformação social, para criar uma sociedade onde haja partilha de bens entre todos.
Reflexão
1. Que opção fazemos?
2. Conservamos intacta a nossa fé?
3. Quem somos? O anônimo rico ou o identificado pelo nome, Lázaro?
Dinâmica
Um coração aberto, com um grande pão a ser partilhado...
Obs. Lembrar que neste domingo celebramos o dia da Bíblia
“MÊS DA BÍBLIA 2013 – DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS A PARTIR DO EVANGELHO DE LUCAS”.
O mês da Bíblia é celebrado em setembro. Este mês foi escolhido pela Igreja porque no dia 30 de setembro é dia de São Jerônimo (ele nasceu no ano de 340 e faleceu em 420 dC). São Jerônimo foi um grande biblista e foi ele quem traduziu a Bíblia dos originais (hebraico e grego) para o latim, que naquela época era a língua falada no mundo e usada na liturgia da Igreja. A cada ano a Igreja nos propõe a leitura e meditação de um dos livros da Bíblia. Neste ano vamos ler e meditar o Evangelho de São Lucas. O tema do mês da Bíblia deste ano é: Discípulos missionários a partir do Evangelho de Lucas. E o Lema: “Alegrai-vos comigo, encontrei o que havia perdido” (Lc 15).O terceiro Evangelho é a primeira parte de uma obra desde o início concebida como um todo; a segunda parte ou sua continuação é o livro dos Atos dos Apóstolos (Lc 1,1-4; At 1,1ss). No Evangelho, Lucas apresenta o caminho de Jesus; em Atos, temos o caminho da Igreja. Juntos, formam o caminho da salvação, com o centro de referência em Jerusalém. Nesse sentido, encontramos antes da viagem o convite fundamental para a vida: «Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me siga» (9,23ss). Jesus é o educador que mostra, pela sua palavra e ação, pela sua morte, ressurreição e ascensão, o caminho que leva à salvação e comunhão com o Pai, fonte e fim de toda a vida. Esta cidade é o ponto de chegada do caminho de Jesus. Aí ele vai morrer, ressuscitar e subir ao céu, terminando a sua missão. É também o ponto de partida do caminho da Igreja que prossegue a missão de Jesus até os confins da terra (At 1,8). Devemos ter a coragem de caminhar com Jesus. Sua caminhada não para em Jerusalém, no Calvário, na morte. Vai além. Ele ressuscita. Continua sua caminhada na Igreja. É isso que Ele pede de nós: que sejamos discípulos missionários!
Mons. Antonio Romulo Zagotto

10/09/2013

XXIVº DOMINGO DO TEMPO COMUM


Introdução.

O perdão e a misericórdia de Deus estão presentes, como fio condutor de nossa reflexão na Palavra de Deus, deste Domingo. Um Deus que perdoa seu povo, apesar dos desvios; um Deus que resgata Paulo, apesar de ser quem é; um Deus que tem reações de amor e misericórdia para com a ovelha perdida, para com a moeda perdida, para com o filho perdido...

 Primeira Leitura - Ex 32, 7-11.13-14

Diante da infidelidade do povo, o Senhor quer abandonar o seu projeto e escolher outro povo. Moisés, porém, chama a atenção do Senhor, mostrando que ele está comprometido com o povo por causa de sua promessa aos antepassados. O projeto de libertação não pode ser elitista: há de contar com as fraquezas e ambiguidades do povo. Moisés, prefigurando Cristo, intercede a Deus pelo povo. E deus perdoa seu povo.

 Segunda Leitura - 1Tm 1, 12-17

Em meio à confusão de ideias e interpretações, é importante voltar sempre ao sentido profundo e primeiro do Evangelho: Deus enviou Jesus ao mundo, não para condenar, mas para salvar os homens. A salvação, portanto, é ato de graça e se confirma como graça abundante porque é oferecida gratuitamente aos pecadores, isto é, a todos aqueles que jamais poderiam merecê-la. Paulo é exemplo vivo do Evangelho da graça. O povo de Deus não é formado por pessoas que nunca erraram, mas por pecadores que se convertem e são salvos por pura graça.

 
Evangelho - Lc 15, 1-32

O capítulo 15 de Lucas é o coração de todo o Evangelho (= Boa Notícia). Aí vemos que o amor do Pai é o fundamento da atitude de Jesus diante dos homens. Respondendo à crítica daqueles que se consideram justos, cheios de méritos, e se escandalizam da solidariedade para com os pecadores, Jesus narra três parábolas. A primeira e a segunda mostram a atitude de Deus em Jesus, questionando a hipocrisia dos homens. A terceira tem dois aspectos: o processo de conversão do pecador e o problema do «justo» que resiste ao amor do Pai.


Reflexão

1. Agimos como Moisés?

2. Temos consciência de que somos pecadores, necessitados da graça de Deus?

3. Acolhemos os outros apesar de seus limites e fraquezas?

 Dinâmica

Entrar com uma grande cruz, com a imagem do crucificado e um cartaz: Assim Deus agem com o pecador

 

28/08/2013

XXIIº DOMINGO DO TEMPO COMUM

(Último lugar)

 
Introdução

A liturgia deste domingo propõe-nos uma reflexão sobre alguns valores que acompanham o desafio do “Reino”: a humildade, a gratuidade, o amor desinteressado. Jesus inverte valores. Para o mundo o que conta é a fama, a glória, o prestígio, o primeiro lugar. Para Jesus o que vale é a cruz , o serviço, o último lugar. As leituras de hoje insistem em virtudes fora de moda: mansidão e humildade, modéstia e gratuidade.

 Primeira Leitura - Eclo 3, 19-21.30-31

A maior sabedoria é ter consciência dos próprios limites e manter-se aberto à manifestação do mistério. O contraste entre a humildade e o orgulho demonstram qual deve ser a atitude do cristão!

Segunda Leitura - Hb 12, 18-19. 22-24a

A aliança do Sinai realizou-se dentro de um clima terrível e fascinante (cf. Ex 19-20; Dt 4,11; 9,19). A nova aliança, porém, é uma realidade de paz e confiança: chegou o tempo da presença de Deus no Cristo ressuscitado. O modo de viver de Israel é apenas uma pista para a conduta da Igreja; e voltar para a religião insuficiente de ontem seria desprezar o dom de Deus, que é justo e julga continuamente a humanidade, exigindo verdade e justiça.

 Evangelho - Lc 14, 1.7-14

Nos vv. 8-11, Jesus critica o conceito de honra baseado no orgulho e ambição, que geram aparências de justiça, mas escondem os maiores contrastes sociais. A honra do homem depende de Deus, o único que conhece a situação real e global do homem; essa honra supera a crença que o homem pode ter nos seus próprios méritos. Nos vv. 12-14, Jesus mostra que o amor verdadeiro não é comércio, mas serviço gratuito, pois o pobre não pode pagar e o inimigo não pode merecer. Só Deus pode retribuir ao amor gratuito.

 Reflexão

1. Qual o lugar que eu costumo ocupar? Sempre o primeiro? Ou o último?

2. Convidamos sempre os que podem retribuir?

3. Nos ocupamos com os insignificantes e inúteis?

 Dinâmica

Entrar com uma grande cruz, depois da homilia,  com a imagem do crucificado, com um cartaz: "É assim que se serve!"

 Fonte: Mons, Antonio Romulo Zagotto

 

20/08/2013

XXIº DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C


ENTRAR NO REINO PELA PORTA ESTREITA


Introdução

A liturgia deste domingo propõe-nos o tema da “salvação”. Diz-nos que o acesso ao “Reino” – à vida plena, à felicidade total (“salvação”) – é um dom que Deus oferece a todos os homens e mulheres, sem exceção; mas, para lá chegar, é preciso renunciar a uma vida baseada em valores que nos tornam orgulhosos, egoístas, prepotentes, autossuficientes, e seguir Jesus no seu caminho de amor, de entrega, de dom da vida.

 

Primeira Leitura - Is 66, 18-21

Os exilados voltaram para a sua terra e as promessas ainda não se cumpriram. A comunidade se encontra em decadência, porém, os mais fiéis permanecem confiantes. O profeta confirma a esperança deles com a visão de um povo novo, que nasce de Jerusalém. A salvação e a paz vão chegar, pois o Senhor julga o mundo. De todos os cantos da terra os povos vêm para se reunir com Israel na adoração ao Deus vivo.

 

Segunda Leitura - Hb 12, 5-7.11-13

Os cristãos vão sofrer por causa do testemunho que deverão dar; muitas vezes, terão até que enfrentar o martírio. Num primeiro momento, podemos achar que se trata de castigo. Mas, à luz do destino de Jesus, podemos descobrir que o sofrimento e a perseguição por causa do testemunho é a maneira pela qual o Pai nos educa para percorrermos o mesmo caminho do seu Filho.

 

Evangelho - Lc 13, 22-30

Jesus não responde diretamente à pergunta. A salvação é universal, está aberta para todos, e não só para aqueles que conhecem a Jesus ("Nós que comemos  e bebemos diante de ti" cf Lc 13, 26). A condição é entrar pela porta estreita, isto é, escolher o caminho de vida que cria a nova história.

 

Reflexão

1. Ajudamos a congregar ou a dispersar?

2. Como encaramos os sofrimentos?

3. Qual o nosso esforço para alcançar a salvação?

 

Dinâmica

A partir da mesa do Senhor, somos chamados a desempenhar os ministérios e os serviços na co­munidade como sinal profético de Cristo, que veio para servir e não para ser servido. Entre esses sinais está o desempenho de nossos ca­tequistas. Rezemos por eles, pois hoje é o Dia Nacional do Catequis­ta. Aproveitemos o tema da quarta semana do mês vocacional para despertar em nossa comunidade maior zelo apostólico e serviço ao próximo.

 

(fonte - Bíblia Sagrada - Edição Pastoral - Paulinas)

 

06/08/2013

XIXº DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C - POBREZA - ATO DE FÉ E DE AMOR


Introdução

Retomamos o tema do domingo passado: os bens do Reino. Hoje o foco é a pobreza. A necessidade do desapego deve fazer com que procuremos os valores do Reino. Deixar a escravidão do Egito para trás e buscar a Terra Prometida. Isso requer uma atitude cheia de fé, como a de Abraão. Colocar-se nas mão de Deus. E a vigilância necessária que nos ensina como comportar-se diante dos bens deste mundo.

 Primeira Leitura - Sb  18, 6-9

Lembra Ex 12 e Ex 14. É o ápice da ação de Deus, libertando o seu povo para a vida e julgando o opressor, com as mesmas armas que este antes havia usado contra o povo.

Segunda Leitura - Hb 11, 1-2.8-19

O trecho se limita ao pai dos crentes - Abraão. Mas o capitulo 11 todo é uma reflexão de diversos personagens do Primeiro Testamento que assumiram uma caminhada firmes na fé.

Evangelho - Lc 12, 32-48

Como deve o cristão proceder  diante dos bens deste mundo? "Onde está o teu tesouro, ai estará o teu coração" (Lc 12, 34). Há uma proposta de vigilância e desapego. Entender o que Jesus pede, diante de um mundo que nos fala insistentemente  sobre o acúmulo de bens, sobre o ter, para o cristão ser pobre, despojar-se implica um ato de conversão, de fé e de muito amor.

 Reflexão

1. Quais são as nossas escolhas? Escravidão ou liberdade?

2. Depositamos nossa fé em Deus ou em nossos projetos?

3. Onde está o nosso tesouro?

 Dinâmica

a) Lembrar o Mês das Vocações

b) Voltar a fazer a partilha de um pão para todos.

 

30/07/2013

XVIIIº DOMINGO DO TEMPO COMUM - BENS DO REINO.

Introdução.

Neste primeiro domingo do mês de agosto, iniciando nosso mês vocacional, nos encontramos com o Ressuscitado que nos aponta os valores do Reino. Aos cidadãos do Reino não cabe o acúmulo de bens materiais. Nossa vocação nos destina a valores que não perecem: coisas do alto, como nos diz São Paulo. O povo na sua sabedoria bem diz: “Caixão não tem gaveta!”. Bens materiais acumulados não serão levados. Vão ficar, para muitas vezes, gerar divisão familiar, brigas, rompimentos... O conselho de Jesus é muito claro: “Acumulai para vós tesouros no céu, onde a ferrugem e a traça não corroem e onde os ladrões não assaltam nem roubam.” (Mt 6, 20).

 

  1. Valores. “Que resta ao homem de todos os seus trabalhos?” (Ecl 2, 22).

A poesia do Livro do Eclesiastes tem uma frase tão guardada e repetida pelo nosso povo: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade!” (Ecl 1, 2). Mais uma vez prevalece a palavra de Jesus: “De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua vida?” (Mt 16, 26). O verdadeiro sábio é aquele que descobre que a vida é passageira.

 

  1. Coisas do alto. “Esforçai-vos para alcançar as coisas do alto, onde está Cristo.” (Cl 3, 1).

São Paulo apresenta uma listinha das coisas que ainda nos prendem a terra: imoralidade, impureza, paixão, maus desejos, cobiça, mentira... E podíamos acrescentar ainda mais uma dezenas de pecados que nos prendem a este mundo. Mas Paulo insiste: revestistes-vos do homem novo. Por isso buscar as coisas que têm verdadeiro valor: as coisas do alto. Os “bens” deste mundo devem ser estirpados, cortados pela raiz. Um longo processo de conversão.

 

  1. Acúmulo inútil.  E para quem ficará o que acumulaste?” (Lc 12, 20).

O verdadeiro valor para o discípulo é – “Buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça; e Jesus continua – o resto vos será dado por acréscimo.” (Lc 12, 31). Resto – a sobra, o que não tem valor. Acumular bens é não ter confiança. Não somos daqui. Estamos aqui apenas de passagem. Fica aqui o exemplo daquelas pessoas que no momento do sepultamento ouvem as palavras consoladoras de Jesus: “Vinde bendito de meu Pai.” (Mt 25, 34). Fizeram tanto bem e não levam bem material nenhum! Só bens espirituais! Apresentam-se diante de Deus de mão cheias!

 

  1. Conclusão.

O salmo de hoje nos ajuda na nossa conclusão:

(Sl 89, 3-6)

“Vós fazeis voltar ao pó todo ser mortal, quando dizeis: ‘voltai ao pó, filhos de Adão!’  Pois mil anos são para vós como ontem, qual vigília de uma noite que passou.

 

Eles passam como o sono da manhã, são iguais à erva verde pelos campos: De manhã ela floresce vicejante, mas à tarde é cortada e logo seca.”

 

6. Dinâmica

Um belo e grande pão para ser repartido no final da celebração

 

24/07/2013

XVIIº DOMINGO DO TEMPO COMUM - DISCÍPULO ORANTE.


 

  1. Introdução.

Nosso encontro com o Ressuscitado, neste Domingo, nos leva a entender que ainda temos que aprender muito do Mestre. Jesus nos leva a entender a necessidade de aprendermos. Aprender como discípulos. Na escola d’Ele. Como a discípula Maria, de domingo passado. Sentados aos seus pés. O discipulado primeiro para a ação depois. Os grandes seguidores vivenciaram a experiência da contemplação e da oração. Jesus mesmo dá o exemplo. E assim estimula seus seguidores: Ensina-nos! (Lc, 11,1). Este deve também ser o nosso pedido.

 

  1. Rezar, rezar e rezar... “Que o meu Senhor não se irrite, se eu falar” (Gn18, 32).

O poder da oração move o coração de Deus! A exigência de Deus é que haja um grupo de justos no meio do povo. Ser justo para a Bíblia significa ser santo. Os que estão em sintonia com o coração de Deus. Em outros textos Deus vai exigir um numero menor dos que os dez de Abraão. No final basta o Justo por excelência: JESUS. Sua oração definitiva na cruz salva toda a humanidade.

 

  1. Conta cancelada. “Deus vos trouxe para a vida, junto com Cristo e a todos nós perdoou os pecados.” (Cl 2, 13).

Não temos mais dívidas para com Deus. Pelo Batismo fomos sepultados e ressuscitamos. Estávamos mortos e temos vida. Éramos devedores e agora temos nossa dívida cancelada. Jesus é o nosso Salvador. Na cruz a humanidade toda foi pregada para da mesma cruz sair liberta. Os paradoxos – morte x ressurreição, pecado x graça, escravos x livres, tão presentes no batismo se mostram reais na nossa vida: homens novos, criaturas novas.

 

  1. Ensina-nos. “Pedi e recebereis” (Lc 11, 9).

Jesus não quer ensinar uma fórmula ou um método para rezar, mas nos ensina a necessidade de nos aproximar de Deus. Ele é nosso Pai. Pai, pão e perdão. Três dimensões que deverão estar sempre presente em nossas orações. Tudo isso na dimensão do Reino: Pai - um Deus próximo de nós; Pão – basta o necessário para cada dia; Perdão – somos irmãos e irmãs.

 

  1. Conclusão.

As relações descritas no Evangelho ao se fazer os pedidos são de amigo para amigo e de pai para filho. Abraão conversa com Deus como se conversa com um amigo. Nós vamos estar em sintonia com Deus se tivermos esta relação de amigo e de filhos. Deus vai estar atento aos nossos pedidos e por meio de Jesus vai ouvir nossas preces.

 

      6. Dinâmica

Motivar a Assembleia a rezar o Pai Nosso pausadamente