1. Introdução.
A festa de hoje nos ajuda a contemplar a Mãe de Deus, dentro das celebrações do Natal e a celebrar a Paz tão necessária para os nossos dias. A Eucaristia que nos reúne nos mostra que Maria dá ao mundo Jesus, que é a nossa paz. Contemplamos mais a presença do Senhor em nosso meio do que a presença da Mãe. Ela sempre se coloca de lado, para realçar a figura de seu Filho. Um hino de ação de graças deve brotar de dentro de nós, pela paz que o Senhor quer nos dar. Reunidos aqui vamos transformar os votos de feliz ano novo em um pedido de benção de graça e paz.
2. O Senhor te abençoe e te guarde! “Invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei”. (Nm 6, 27).
Esta fórmula de benção, escolhida para a primeira leitura do Ano Novo, é uma benção solene com que se encerravam as grandes celebrações do Templo e mais tarde das reuniões nas sinagogas. Estamos pedindo uma benção para o nosso ano que se inicia e para que haja paz.
3. A Mulher dá ao mundo Jesus, que é a nossa paz. “Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher”. (Gl 4, 4).
... nascido de uma mulher = com todos os nossos limites humanos. Jesus é homem mesmo, faz parte de nossa humanidade.
... a fim de resgatar = mas Deus, com todo o seu poder, que liberta e salva toda a humanidade.
4. O nome de Jesus = Deus salva. “Encontraram Maria e José, e o recém-nascido. os oito dias deram-lhe o nome de Jesus.” (Lc 2, 16.21).
Jesus recebe um nome que exprime toda a sua missão. Será o realizador da salvação da humanidade toda. “Eu vim para que todos tenham vida”... (Jo 10, 10). Também nós, pelo nosso batismo temos uma missão.
5. Conclusão.
1. Como foi vivido o nosso ano que passou?
2. Ao iniciar um novo ano temos chances de irradiar a paz, a liberdade, bondade, compreensão, justiça e fraternidade.
3. O dia mundial de oração pela paz (para este ano, Bento XVI escolheu o tema: “Liberdade religiosa, caminho para a paz.”), nos ajuda a assumir projetos de paz para nós mesmos, para nossa casa, para nossa Comunidade Eclesial, e para a Sociedade. O que de concreto vamos assumir?
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
21/12/2010
SAGRADA FAMÍLIA
1. Introdução.
Contemplando a família de Nazaré, pensamos na nossa família doméstica e na nossa família Comunidade. Nossa família deve ser uma pequena igreja e nossa Igreja deve ser uma grande família. Os problemas enfrentados ontem e hoje pelas famílias serão superados a partir de uma reação frente aos danos morais e econômicos que limitam o ser familiar. A Celebração que forma esta Comunidade família deve nos ajudar a encontrar estes caminhos.
2. Um mandamento, uma obrigação. Quem teme o Senhor, honra seus pais.
O mandamento de “Honrar pai e mãe...” é uma proposta do próprio Deus para a alegria e felicidade dos filhos. O cuidado com quem cuida de nós é antes de tudo uma forma carinhosa de retribuir o Dom da vida que brotou de nossos pais.
3. Modo de viver em família. A vida da família no Senhor
As virtudes relacionadas neste texto ajudam a por em prática a boa vivência familiar de uma maneira cristã. Estamos vivendo todas elas?
4. Sagrada Família/ Humana Família. “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito.” (Mt 2, 13)
Jesus vive em si os dramas vividos pelo povo: perseguido, vai para o Egito de onde volta perfazendo o mesmo caminho do povo. Ele é o novo libertador. Sua família sofre na carne estes dramas todos.
5. Conclusão.
1. Como estamos enfrentando as crises que atingem nossas famílias? Crises morais e crises econômicas que esfacelam nossas casas?
2. A família é de verdade a Igreja Doméstica?
3. Nossa Pastoral Familiar está preocupada apenas em fazer “cursos de noivos” ou está atingindo a pessoa desde o momento que nasce até momento que morre?
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Contemplando a família de Nazaré, pensamos na nossa família doméstica e na nossa família Comunidade. Nossa família deve ser uma pequena igreja e nossa Igreja deve ser uma grande família. Os problemas enfrentados ontem e hoje pelas famílias serão superados a partir de uma reação frente aos danos morais e econômicos que limitam o ser familiar. A Celebração que forma esta Comunidade família deve nos ajudar a encontrar estes caminhos.
2. Um mandamento, uma obrigação. Quem teme o Senhor, honra seus pais.
O mandamento de “Honrar pai e mãe...” é uma proposta do próprio Deus para a alegria e felicidade dos filhos. O cuidado com quem cuida de nós é antes de tudo uma forma carinhosa de retribuir o Dom da vida que brotou de nossos pais.
3. Modo de viver em família. A vida da família no Senhor
As virtudes relacionadas neste texto ajudam a por em prática a boa vivência familiar de uma maneira cristã. Estamos vivendo todas elas?
4. Sagrada Família/ Humana Família. “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito.” (Mt 2, 13)
Jesus vive em si os dramas vividos pelo povo: perseguido, vai para o Egito de onde volta perfazendo o mesmo caminho do povo. Ele é o novo libertador. Sua família sofre na carne estes dramas todos.
5. Conclusão.
1. Como estamos enfrentando as crises que atingem nossas famílias? Crises morais e crises econômicas que esfacelam nossas casas?
2. A família é de verdade a Igreja Doméstica?
3. Nossa Pastoral Familiar está preocupada apenas em fazer “cursos de noivos” ou está atingindo a pessoa desde o momento que nasce até momento que morre?
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
NATAL DO SENHOR - Missa do dia
1. Introdução.
Percorremos um longo caminho nos preparando para o Natal. O Natal é a celebração da chegada do Esperado das Nações. É a festa da acolhida de Jesus no coração e na vida da humanidade. O sentido da festa é saber que Deus assume nossa humanidade para que possamos assumir a sua divindade. Não podemos ficar apenas no sentimentalismo da contemplação de uma imagenzinha de gesso, mas devemos deixar Jesus crescer em nossas vidas.
2. A salvação visível para todos. "Todos os confins da terra hão de ver a salvação que vem de nosso Deus." (Is 52, 10)
O profeta anuncia o que todos estão ansiosos para ouvir: o Reino de Deus se manifesta no meio dos homens. Era o grito dos libertos do cativeiro da Babilônia, que vinham anunciando esta novidade por onde passavam e que contagiava a todos...
3. A Palavra se fez carne... "Deus falou-nos por meio de seu Filho." (Hb 1, 2)
Jesus é a mais perfeita e definitiva revelação de Deus. Ele é o começo, o meio e o fim da história. Hoje ele se manifesta a nós como frágil criança, mas temos a certeza de que Ele é o nosso Deus.
4. ... e habitou entre nós. "A Palavra se fez carne ehabvitou entre nós." (Jo 1, 14)
O início do evangelho de João trata da preexistência de Jesus, junto de Deus, de sua vinda entre nós e de sua volta ao Pai. Será que não vamos acolhê-lo?
5. Conclusão.
1. Estamos anunciando a grande novidade da presença de Deus entre nós? Saímos do cativeiro para a liberdade, dando condições de vida para todos?
2. O presépio é apenas uma imagem que nos envolve num sentimentalismo vazio, ou nos compromete com os pobres e excluídos?
3. Vamos viver um Natal de comida e bebida ou de compromisso de fraternidade? Nossa comunidade celebra o Natal em comunidade ou cada um vai para o seu canto?
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Percorremos um longo caminho nos preparando para o Natal. O Natal é a celebração da chegada do Esperado das Nações. É a festa da acolhida de Jesus no coração e na vida da humanidade. O sentido da festa é saber que Deus assume nossa humanidade para que possamos assumir a sua divindade. Não podemos ficar apenas no sentimentalismo da contemplação de uma imagenzinha de gesso, mas devemos deixar Jesus crescer em nossas vidas.
2. A salvação visível para todos. "Todos os confins da terra hão de ver a salvação que vem de nosso Deus." (Is 52, 10)
O profeta anuncia o que todos estão ansiosos para ouvir: o Reino de Deus se manifesta no meio dos homens. Era o grito dos libertos do cativeiro da Babilônia, que vinham anunciando esta novidade por onde passavam e que contagiava a todos...
3. A Palavra se fez carne... "Deus falou-nos por meio de seu Filho." (Hb 1, 2)
Jesus é a mais perfeita e definitiva revelação de Deus. Ele é o começo, o meio e o fim da história. Hoje ele se manifesta a nós como frágil criança, mas temos a certeza de que Ele é o nosso Deus.
4. ... e habitou entre nós. "A Palavra se fez carne ehabvitou entre nós." (Jo 1, 14)
O início do evangelho de João trata da preexistência de Jesus, junto de Deus, de sua vinda entre nós e de sua volta ao Pai. Será que não vamos acolhê-lo?
5. Conclusão.
1. Estamos anunciando a grande novidade da presença de Deus entre nós? Saímos do cativeiro para a liberdade, dando condições de vida para todos?
2. O presépio é apenas uma imagem que nos envolve num sentimentalismo vazio, ou nos compromete com os pobres e excluídos?
3. Vamos viver um Natal de comida e bebida ou de compromisso de fraternidade? Nossa comunidade celebra o Natal em comunidade ou cada um vai para o seu canto?
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
NATAL DO SENHOR - Missa da Noite
1. Introdução
Quando nos reunimos nesta noite, o significado da nossa celebração é a celebração da chegada de um novo tempo para a humanidade. Acolher Jesus que nasce significa acolher o projeto de Deus encarnado na nossa história. O Natal não pode ser apenas uma festa comovente, mas um compromisso de construir um mundo novo, que muitas vezes só sonhamos, mas que na verdade é possível, graças a presença do menino Deus entre nós. Já não estamos sozinhos! Deus se faz presente no nosso meio: Emanuel = Deus conosco!
2. Alegria, alegria: a criança nasceu! “Foi-nos dado um filho.” (Is 9, 5).
Depois de uma longa gestação da história, finalmente vem à luz o menino prometido. Termina a dominação estrangeira, terminam as guerras, o menino será o rei que nos trará paz e justiça. Cabe a cada um de nós não deixar que isto seja apenas um sonho, mas se torne realidade!
3. Menino novo, vida nova! “Manifestou-se a bondade de Deus para toda a humanidade.” (Tt 2, 1).
São Paulo insiste que a partir da presença libertadora de Jesus temos o compromisso de assumir o seu projeto. Criaturas novas, mudança radical de comportamento. Somos o povo novo e devemos praticar o bem. Construir este mundo novo é tarefa de cada cristão.
4. Uma proposta nova. “Hoje nasceu para vós um Salvador.” (Lc 2, 11)
O sentido da narração é mais catequético que histórico. Lucas não pretende tanto ser um historiador, mas um catequista. Deus não escolhe o lugar dos poderosos para se manifestar, mas na pobreza do presépio, no despojamento de Maria, junto aos marginalizados pastores. Começa sua vida entre marginalizados, vai vivê-la com os marginalizados e morre entre dois marginalizados. Será que isso significa algo para nós?
5. Conclusão.
1. O Natal é para nós um sonho, ou o estamos fazendo tornar-se realidade?
2. Estamos procurando nos libertar da velha criatura e fazer com que a LIBERTAÇÃO total das pessoas se realize?
3. Qual esta sendo a nossa opção? Na busca do poder, do prazer, no ter? O Natal é apenas uma festa a mais ou um compromisso?
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Quando nos reunimos nesta noite, o significado da nossa celebração é a celebração da chegada de um novo tempo para a humanidade. Acolher Jesus que nasce significa acolher o projeto de Deus encarnado na nossa história. O Natal não pode ser apenas uma festa comovente, mas um compromisso de construir um mundo novo, que muitas vezes só sonhamos, mas que na verdade é possível, graças a presença do menino Deus entre nós. Já não estamos sozinhos! Deus se faz presente no nosso meio: Emanuel = Deus conosco!
2. Alegria, alegria: a criança nasceu! “Foi-nos dado um filho.” (Is 9, 5).
Depois de uma longa gestação da história, finalmente vem à luz o menino prometido. Termina a dominação estrangeira, terminam as guerras, o menino será o rei que nos trará paz e justiça. Cabe a cada um de nós não deixar que isto seja apenas um sonho, mas se torne realidade!
3. Menino novo, vida nova! “Manifestou-se a bondade de Deus para toda a humanidade.” (Tt 2, 1).
São Paulo insiste que a partir da presença libertadora de Jesus temos o compromisso de assumir o seu projeto. Criaturas novas, mudança radical de comportamento. Somos o povo novo e devemos praticar o bem. Construir este mundo novo é tarefa de cada cristão.
4. Uma proposta nova. “Hoje nasceu para vós um Salvador.” (Lc 2, 11)
O sentido da narração é mais catequético que histórico. Lucas não pretende tanto ser um historiador, mas um catequista. Deus não escolhe o lugar dos poderosos para se manifestar, mas na pobreza do presépio, no despojamento de Maria, junto aos marginalizados pastores. Começa sua vida entre marginalizados, vai vivê-la com os marginalizados e morre entre dois marginalizados. Será que isso significa algo para nós?
5. Conclusão.
1. O Natal é para nós um sonho, ou o estamos fazendo tornar-se realidade?
2. Estamos procurando nos libertar da velha criatura e fazer com que a LIBERTAÇÃO total das pessoas se realize?
3. Qual esta sendo a nossa opção? Na busca do poder, do prazer, no ter? O Natal é apenas uma festa a mais ou um compromisso?
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
14/12/2010
ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS! - 4º Domingo do Advento.
1. Introdução.
Fizemos uma bela caminhada nos preparando para o Natal. Neste último Domingo do Advento a Palavra nos ajuda a perceber a presença forte do Emanuel, Deus Conosco. A Eucaristia é o já e o ainda não desta presença. Jesus já está junto do Pai, mas, com certeza, está no meio de nós. O Natal não pode ser apenas um sentimentalismo vazio, mas um compromisso sério de fazer com que esta presença de Deus se concretize em nossa vida e em nossa Comunidade.
2. Emanuel, Deus Conosco. “Eis que uma virgem conceberá.” (Is 7, 14).
Isaías percebe que o rei vacila na sua fé e quer fazer aliança com povos estrangeiros. Insiste que peça a Deus um sinal. O profeta pensa em alguém que vá tirar Israel do perigo. Vai então ao encontro do rei e o tranqüiliza, mostrando que não haverá perigo, pois continua válida a promessa de que a dinastia de Davi será perene, desde que se coloque total confiança em Deus. O sinal prometido ao rei é o seu próprio filho, do qual a rainha (a jovem) está grávida. Esse menino que está para nascer é o sinal de que Deus permanece no meio do seu povo (Emanuel = Deus conosco). Mt 1,23 vê na jovem a figura da Virgem Maria, e no filho, a pessoa de Jesus. Assim, aplicado a Jesus, este oráculo se realiza plenamente.
3. Deus prometeu, Deus cumpre. “Jesus Cristo, descendente de Davi, Filho de Deus.” (Rm 1, 3-4).
Paulo ainda não conhece os cristãos de Roma. Por isso, apresenta-se com todos os seus títulos: servo, apóstolo e escolhido. Sua missão é anunciar o Evangelho, isto é, a Boa Notícia que Deus revela ao mundo, enviando Jesus Cristo para libertar os homens e instaurar o seu Reino. O centro desse Evangelho é, portanto, a pessoa de Jesus na sua vida terrena, morte e ressurreição, que o constituem Senhor do mundo e da história. A originalidade da missão de Paulo é conduzir os pagãos à obediência da fé, ou seja, a uma submissão livre, que os faz viver de acordo com a vontade de Deus, manifestada em Jesus Cristo. Paulo tem certeza, no inicio de sua carta aos Romanos, que as promessas de Deus, no Primeiro Testamento, se realizam plenamente em Jesus Cristo. Os anseios de toda a humanidade se realizam: Deus se faz homem para que o homem se faça filho de Deus.
4. Deus vem de uma maneira humana. Jesus nascerá de Maria, prometida em casamento a José, filho de Davi.
O evangelista pretende demonstrar que Jesus realiza as profecias do Primeiro Testamento. Jesus nos é apresentado como homem, como o salvador e o que vai ser rejeitado. Jesus não é apenas filho da história dos homens. É o próprio Filho de Deus, o Deus que está conosco. Ele inicia a nova história, em que os homens serão salvos (Jesus = Deus salva) de tudo o que diminui ou destrói a vida e a liberdade (os pecados).
5. Conclusão.
Não podemos estar dando mais atenção aos presentes que vamos comprar e às comidas e bebidas da noite do Natal, e sim nos preparar espiritualmente para este aniversário. Já às vésperas do Natal será preciso, na prática, acolher o Emanuel, o Deus conosco. Entender que Jesus veio para a história da humanidade para produzir uma transformação. Ele já veio, assumiu nossa natureza, cumpriu a sua parte (morreu e ressuscitou) e agora cabe a cada um de nós fazer acontecer a proposta que Ele deixou para a humanidade inteira.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Fizemos uma bela caminhada nos preparando para o Natal. Neste último Domingo do Advento a Palavra nos ajuda a perceber a presença forte do Emanuel, Deus Conosco. A Eucaristia é o já e o ainda não desta presença. Jesus já está junto do Pai, mas, com certeza, está no meio de nós. O Natal não pode ser apenas um sentimentalismo vazio, mas um compromisso sério de fazer com que esta presença de Deus se concretize em nossa vida e em nossa Comunidade.
2. Emanuel, Deus Conosco. “Eis que uma virgem conceberá.” (Is 7, 14).
Isaías percebe que o rei vacila na sua fé e quer fazer aliança com povos estrangeiros. Insiste que peça a Deus um sinal. O profeta pensa em alguém que vá tirar Israel do perigo. Vai então ao encontro do rei e o tranqüiliza, mostrando que não haverá perigo, pois continua válida a promessa de que a dinastia de Davi será perene, desde que se coloque total confiança em Deus. O sinal prometido ao rei é o seu próprio filho, do qual a rainha (a jovem) está grávida. Esse menino que está para nascer é o sinal de que Deus permanece no meio do seu povo (Emanuel = Deus conosco). Mt 1,23 vê na jovem a figura da Virgem Maria, e no filho, a pessoa de Jesus. Assim, aplicado a Jesus, este oráculo se realiza plenamente.
3. Deus prometeu, Deus cumpre. “Jesus Cristo, descendente de Davi, Filho de Deus.” (Rm 1, 3-4).
Paulo ainda não conhece os cristãos de Roma. Por isso, apresenta-se com todos os seus títulos: servo, apóstolo e escolhido. Sua missão é anunciar o Evangelho, isto é, a Boa Notícia que Deus revela ao mundo, enviando Jesus Cristo para libertar os homens e instaurar o seu Reino. O centro desse Evangelho é, portanto, a pessoa de Jesus na sua vida terrena, morte e ressurreição, que o constituem Senhor do mundo e da história. A originalidade da missão de Paulo é conduzir os pagãos à obediência da fé, ou seja, a uma submissão livre, que os faz viver de acordo com a vontade de Deus, manifestada em Jesus Cristo. Paulo tem certeza, no inicio de sua carta aos Romanos, que as promessas de Deus, no Primeiro Testamento, se realizam plenamente em Jesus Cristo. Os anseios de toda a humanidade se realizam: Deus se faz homem para que o homem se faça filho de Deus.
4. Deus vem de uma maneira humana. Jesus nascerá de Maria, prometida em casamento a José, filho de Davi.
O evangelista pretende demonstrar que Jesus realiza as profecias do Primeiro Testamento. Jesus nos é apresentado como homem, como o salvador e o que vai ser rejeitado. Jesus não é apenas filho da história dos homens. É o próprio Filho de Deus, o Deus que está conosco. Ele inicia a nova história, em que os homens serão salvos (Jesus = Deus salva) de tudo o que diminui ou destrói a vida e a liberdade (os pecados).
5. Conclusão.
Não podemos estar dando mais atenção aos presentes que vamos comprar e às comidas e bebidas da noite do Natal, e sim nos preparar espiritualmente para este aniversário. Já às vésperas do Natal será preciso, na prática, acolher o Emanuel, o Deus conosco. Entender que Jesus veio para a história da humanidade para produzir uma transformação. Ele já veio, assumiu nossa natureza, cumpriu a sua parte (morreu e ressuscitou) e agora cabe a cada um de nós fazer acontecer a proposta que Ele deixou para a humanidade inteira.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
07/12/2010
ALEGRIA, ALEGRIA! - IIIº domingo do Advento.
1. Introdução.
Já estamos próximos ao Natal. A Igreja usa a cor rósea nos paramentos, para demonstrar a alegria desta proximidade. Os textos da Celebração falam de alegria, de esperança, do Reino se aproximando. A Comunidade reunida retrata esta realidade: festejamos, cantamos, nos alegramos com a Palavra e com o Alimento repartidos. Tudo isto é compromisso para que o nosso Natal não seja apenas de uma alegria externa, mas da alegria que vem de Deus. Não um Natal de comércio, mas da comemoração da presença de Deus entre nós.
2. Alegria, pois o tempo é novo! “É o próprio Deus que vem para salvar”. (Is 35, 4).
Isaías lembra ao povo que depois do exílio algo novo vai acontecer. A libertação será completa. É preciso enfrentar o caminho de volta. Não mais escravidão, não mais doença, não mais tristeza. A descrição deste tempo messiânico, de uma nova criação, se concretiza plenamente em Jesus.
3. Espera paciente. “Fortalecei vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima.” (Tg 5, 8).
Tiago exorta a Comunidade a ficar firme. A paciência do homem da roça, que espera a chuva, que espera o grão brotar, que espera a fruta amadurecer. Esperar contra toda esperança. O mundo vai ser mudado, mas sem a pressa da violência, da raiva contra o outro...
4. Nossa esperança é Jesus. “És tu, aquele que há de vir ou devemos esperar um outro?” (Mt 11, 3).
Diante da pergunta do Batista, Jesus mostra o que está acontecendo. È um tempo novo. Realizam-se as profecias e a presença do Reino se concretiza. O Batista está na prisão. Pensa que a libertação se fará com a força, com as armas, com a violência. Jesus propõe outra maneira: liberdade, misericórdia, perdão, acolhida...
5. Conclusão.
Nossa atitude de cristãos deve a de ser instrumentos de uma nova criação. Fazer as pessoas enxergar, escutar, andar e ouvir... Não podemos ficar acomodados. Devemos ser cristãos firmes na esperança. O apelo deste Domingo é para que vivamos de verdade um novo tempo, na alegria nos preparando para o Natal. Vamos nos lembrar de duas coisas que acontecem neste Domingo: a festa de Nossa Senhora de Guadalupe e a Campanha para a Evangelização – Coleta.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Já estamos próximos ao Natal. A Igreja usa a cor rósea nos paramentos, para demonstrar a alegria desta proximidade. Os textos da Celebração falam de alegria, de esperança, do Reino se aproximando. A Comunidade reunida retrata esta realidade: festejamos, cantamos, nos alegramos com a Palavra e com o Alimento repartidos. Tudo isto é compromisso para que o nosso Natal não seja apenas de uma alegria externa, mas da alegria que vem de Deus. Não um Natal de comércio, mas da comemoração da presença de Deus entre nós.
2. Alegria, pois o tempo é novo! “É o próprio Deus que vem para salvar”. (Is 35, 4).
Isaías lembra ao povo que depois do exílio algo novo vai acontecer. A libertação será completa. É preciso enfrentar o caminho de volta. Não mais escravidão, não mais doença, não mais tristeza. A descrição deste tempo messiânico, de uma nova criação, se concretiza plenamente em Jesus.
3. Espera paciente. “Fortalecei vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima.” (Tg 5, 8).
Tiago exorta a Comunidade a ficar firme. A paciência do homem da roça, que espera a chuva, que espera o grão brotar, que espera a fruta amadurecer. Esperar contra toda esperança. O mundo vai ser mudado, mas sem a pressa da violência, da raiva contra o outro...
4. Nossa esperança é Jesus. “És tu, aquele que há de vir ou devemos esperar um outro?” (Mt 11, 3).
Diante da pergunta do Batista, Jesus mostra o que está acontecendo. È um tempo novo. Realizam-se as profecias e a presença do Reino se concretiza. O Batista está na prisão. Pensa que a libertação se fará com a força, com as armas, com a violência. Jesus propõe outra maneira: liberdade, misericórdia, perdão, acolhida...
5. Conclusão.
Nossa atitude de cristãos deve a de ser instrumentos de uma nova criação. Fazer as pessoas enxergar, escutar, andar e ouvir... Não podemos ficar acomodados. Devemos ser cristãos firmes na esperança. O apelo deste Domingo é para que vivamos de verdade um novo tempo, na alegria nos preparando para o Natal. Vamos nos lembrar de duas coisas que acontecem neste Domingo: a festa de Nossa Senhora de Guadalupe e a Campanha para a Evangelização – Coleta.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
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01/12/2010
UM MENINO, CINCO PÃES E DOIS PEIXES.
Em nossas visitas nos Regionais refletimos a passagem de Mc. 6, 34-44 como iluminação para o agir pastoral. Este texto do Mons. Romulo é pertinente ao tema e muito lindo, nos ajuda a aprofundar na reflexão.
Não sei se alguém já contou a história dele. Mas imaginei que ele era de uma família muito pobre. Penso que seu pai já havia falecido há muito tempo. Sua mãe viúva já não tinha mais como sustentá-lo. As últimas reservas que tinha na despensa era farinha de cevada, usada no lugar do trigo, pelas classes mais pobres. Nem trigo tinha. E dois peixes salgados. O menino botou na cabeça que precisava sair daquela situação de penúria. A mãe arrumou o seu embornal com os cinco pães que fizera e os dois peixes salgados. E ele encontrou uma multidão que acompanhava Jesus. Nem sabia direito para onde iam. Mas foi seguindo. Deserto adentro. Ele ouviu Jesus dizer: “Tenho compaixão desse povo. São como ovelhas sem pastor!” A fome começou a apertar. E ele guardava com cuidado a sua matula. Os outros já estavam de olho comprido no seu embornal. Jesus mandou o povo sentar. Era uma multidão. Cinco mil homens! Imagine: nem contaram as mulheres e as crianças. Imagine quantas mulheres! Mulher gosta dessas coisas. Ainda hoje. Nossas igrejas têm mais mulheres do que homens... Imagine que multidão! E o menino guardando com cuidado seu embornal. Quase o escondia. De repente chega perto dele André. Bota medo. Um homem bronco, pescador, parecido com Pedro. Intimida o menino. Gritando: “Senhor tem um menino aqui com cinco pães e dois peixes.” Pronto! Foi descoberto. E agora? Será que vai entregar sua última refeição? E depois? “Vou dar o pouco que tenho para esse Jesus? E se ele pegar para si e nem me der um pedacinho? Vou morrer de fome?” Timidamente apanha o seu embornal e o entrega a André. Ainda meio desconfiado. Mas entrega. E então ele vê o milagre acontecer. Percebe que mais gente tinha embornal escondido. E se encorajam com o gesto do menino e correm para colocar tudo aos pés de Jesus. E os pães e os peixes se multiplicam. A fartura é tanta que sobram doze cestos cheios. Da generosidade do menino. Do pouco que tinha. Da comida pobre que sua mãe lhe preparara. Imagino que ele ficou encantado com aquele fato. Marcou a sua vida. E continuou a seguir a Jesus. Você com certeza também tem cinco pães e dois peixes. Que tal entregá-los a Jesus? E o milagre vai acontecer.
catedral@dci.org.br
A NECESSIDADE DO NOVO. - IIº Domingo do Advento
1. Introdução
Viemos de diversos lugares. Passamos por diversas ruas e estradas. Como estão? Bonitas, asfaltadas, limpas? Ou cheias de buracos, com curvas, com altos e baixos? O apelo deste Domingo é que “preparemos as estradas do Senhor”. Será que nossa estrada está sendo preparada, nivelada, para que quando o Senhor vier encontre as ruas de nosso coração, enfeitadas, como se faz em algumas cidades, na festa de Corpus Christi? A celebração que nos reúne nos ajuda a preparar os caminhos do Senhor e fazer com que elas permaneçam sempre arrumadas.
2. A cara do novo Rei. Julgará os humildes com justiça.
O texto apresenta o novo jeito do Rei, que vai governar o povo. Não com a força e arrogância dos antecessores, mas com as virtudes que o povo sonha. O profeta pensava em alguém que fosse um novo rei Davi. Mas se sabe que só Jesus corresponde ao sonho profético.
3. Uma nova Comunidade. Cristo salva toda a humanidade.
Preparada no Primeiro Testamento, a nova comunidade deve ter como característica a acolhida. Como Deus nos “aceitou” devemos também nos “aceitar” uns aos outros. Aceitar e acolher o outro para que se concretize a Comunidade, o Reino, é seguir o caminho indicado pelo exemplo de Jesus.
4. As nossas estradas e as estradas de Deus. “Convertei-vos porque o Reino dos Céus está próximo”. (Mt 3, 2)
João Batista começa abrindo um caminho novo. Sua figura exótica, sua pregação, seu apelo nos fazem preparar interiormente os caminhos do Senhor. Advento é tempo de espera, mas também de preparação.
5. Conclusão.
Quando uma grande autoridade vai chegar à cidade as ruas são limpas, os buracos tapados, as sujeiras são recolhidas... No contexto deste segundo domingo do Advento devemos estar preparando a segunda vida de Jesus. Precisamos estar transitáveis. Na nossa vida em Comunidade é diminuir as distâncias que nos separam. Os nossos caminhos devem estar transitáveis para o Senhor que vem e para o irmão que está próximo. Como o Batista, devemos ser pregadores. Muitas das vezes estamos mudos. O despojamento do Batista (deserto, roupas, alimento) deve nos ensinar como deve ser o nosso anúncio.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Viemos de diversos lugares. Passamos por diversas ruas e estradas. Como estão? Bonitas, asfaltadas, limpas? Ou cheias de buracos, com curvas, com altos e baixos? O apelo deste Domingo é que “preparemos as estradas do Senhor”. Será que nossa estrada está sendo preparada, nivelada, para que quando o Senhor vier encontre as ruas de nosso coração, enfeitadas, como se faz em algumas cidades, na festa de Corpus Christi? A celebração que nos reúne nos ajuda a preparar os caminhos do Senhor e fazer com que elas permaneçam sempre arrumadas.
2. A cara do novo Rei. Julgará os humildes com justiça.
O texto apresenta o novo jeito do Rei, que vai governar o povo. Não com a força e arrogância dos antecessores, mas com as virtudes que o povo sonha. O profeta pensava em alguém que fosse um novo rei Davi. Mas se sabe que só Jesus corresponde ao sonho profético.
3. Uma nova Comunidade. Cristo salva toda a humanidade.
Preparada no Primeiro Testamento, a nova comunidade deve ter como característica a acolhida. Como Deus nos “aceitou” devemos também nos “aceitar” uns aos outros. Aceitar e acolher o outro para que se concretize a Comunidade, o Reino, é seguir o caminho indicado pelo exemplo de Jesus.
4. As nossas estradas e as estradas de Deus. “Convertei-vos porque o Reino dos Céus está próximo”. (Mt 3, 2)
João Batista começa abrindo um caminho novo. Sua figura exótica, sua pregação, seu apelo nos fazem preparar interiormente os caminhos do Senhor. Advento é tempo de espera, mas também de preparação.
5. Conclusão.
Quando uma grande autoridade vai chegar à cidade as ruas são limpas, os buracos tapados, as sujeiras são recolhidas... No contexto deste segundo domingo do Advento devemos estar preparando a segunda vida de Jesus. Precisamos estar transitáveis. Na nossa vida em Comunidade é diminuir as distâncias que nos separam. Os nossos caminhos devem estar transitáveis para o Senhor que vem e para o irmão que está próximo. Como o Batista, devemos ser pregadores. Muitas das vezes estamos mudos. O despojamento do Batista (deserto, roupas, alimento) deve nos ensinar como deve ser o nosso anúncio.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
26/11/2010
SENTINELAS - Iº DOMINGO DO ADVENTO.
1. Introdução:
Estamos começando um ano novo litúrgico. O Advento nos prepara para o Natal do Senhor. Num primeiro momento lembra a vinda de Jesus como o Juiz (Ele há de julgar..., é hora de despertar..., a vinda do Filho do Homem...) e depois nos prepara para o nascimento do Senhor, na nossa história, na história da humanidade (nos dois últimos domingos). A celebração que nos reúne já nos ajuda a vivenciar esta presença viva do Senhor entre nós.
2. Um novo tempo, um novo povo. O Senhor reúne todas as nações para a paz eterna do Reino.
Isaías lembra ao povo que no futuro todos se dirigirão para Jerusalém, para que participem da Aliança. As armas se transformarão em instrumentos de paz, que vão produzir vida. O sentido político, da importância de Jerusalém, se transforma numa profecia, dando um sentido novo, para um novo tempo, para um novo povo.
3. A salvação é agora! “A salvação está mais perto de nós.” (Rm 13,11).
O cristão deve aproveitar este momento de Deus: - na vigilância; - na mortificação; - construindo a paz. O cristão não pode desperdiçar este tempo. Nunca se acomodar. Sem o fanatismo, com o medo de que o fim do mundo está próximo, mas também sem se misturar com as coisas do mundo: bebedeiras, orgias, imoralidades,... “Liberto do egoísmo que corrompe a pessoa e a sociedade, o cristão já vive a madrugada de um tempo novo. A vinda de Jesus Cristo dissipa a longa noite da injustiça e do pecado. O cristão deve acordar, preparado para viver e testemunhar o dia da libertação inaugurado por Jesus.” [1]
4. Olhos e ouvidos bem abertos. “Ficai atentos e preparados.” (Mt 24, 42 e 44).
Jesus insiste na vigilância. O Evangelho esta cheio de alertas para que todos estejam atentos. Não sabemos o dia nem a hora! Existe uma íntima relação com o texto acima de Rm 13.
5. Conclusão.
Devemos estar preparados... Para que? Para um Natal cheio de poesia, emoção e sentimentalismo, ou para fazer a vida acontecer de verdade? O que fazer neste tempo do Advento? A Novena do Natal, a participação nas celebrações, preparando um Natal especial em Comunidade, especialmente para os mais pobres, serão gestos e atitudes que nos ajudarão a celebrar o Natal de acordo com o sentido que ele tem... Será que estamos vivendo de verdade um novo tempo, um novo povo, uma nova Comunidade? “Dias melhores virão...” Como fazer isto acontecer?
Fonte; Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Estamos começando um ano novo litúrgico. O Advento nos prepara para o Natal do Senhor. Num primeiro momento lembra a vinda de Jesus como o Juiz (Ele há de julgar..., é hora de despertar..., a vinda do Filho do Homem...) e depois nos prepara para o nascimento do Senhor, na nossa história, na história da humanidade (nos dois últimos domingos). A celebração que nos reúne já nos ajuda a vivenciar esta presença viva do Senhor entre nós.
2. Um novo tempo, um novo povo. O Senhor reúne todas as nações para a paz eterna do Reino.
Isaías lembra ao povo que no futuro todos se dirigirão para Jerusalém, para que participem da Aliança. As armas se transformarão em instrumentos de paz, que vão produzir vida. O sentido político, da importância de Jerusalém, se transforma numa profecia, dando um sentido novo, para um novo tempo, para um novo povo.
3. A salvação é agora! “A salvação está mais perto de nós.” (Rm 13,11).
O cristão deve aproveitar este momento de Deus: - na vigilância; - na mortificação; - construindo a paz. O cristão não pode desperdiçar este tempo. Nunca se acomodar. Sem o fanatismo, com o medo de que o fim do mundo está próximo, mas também sem se misturar com as coisas do mundo: bebedeiras, orgias, imoralidades,... “Liberto do egoísmo que corrompe a pessoa e a sociedade, o cristão já vive a madrugada de um tempo novo. A vinda de Jesus Cristo dissipa a longa noite da injustiça e do pecado. O cristão deve acordar, preparado para viver e testemunhar o dia da libertação inaugurado por Jesus.” [1]
4. Olhos e ouvidos bem abertos. “Ficai atentos e preparados.” (Mt 24, 42 e 44).
Jesus insiste na vigilância. O Evangelho esta cheio de alertas para que todos estejam atentos. Não sabemos o dia nem a hora! Existe uma íntima relação com o texto acima de Rm 13.
5. Conclusão.
Devemos estar preparados... Para que? Para um Natal cheio de poesia, emoção e sentimentalismo, ou para fazer a vida acontecer de verdade? O que fazer neste tempo do Advento? A Novena do Natal, a participação nas celebrações, preparando um Natal especial em Comunidade, especialmente para os mais pobres, serão gestos e atitudes que nos ajudarão a celebrar o Natal de acordo com o sentido que ele tem... Será que estamos vivendo de verdade um novo tempo, um novo povo, uma nova Comunidade? “Dias melhores virão...” Como fazer isto acontecer?
Fonte; Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
16/11/2010
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO.
1. Introdução.
Encerrando a nossa caminhada do Ano Litúrgico, celebramos a festa de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Sabemos muito bem como Jesus conquistou esta realeza. Caminhando firme para a prisão, para a tortura, para a morte. O seu trono é a cruz e a sua coroa a de espinhos... Em nada se assemelha aos reis e poderosos deste mundo. A direção do poder de Jesus é bem outra: a do serviço, a da humildade, a da opção pelos pobres e esquecidos da sociedade. Sua realeza liberta e torna o homem mais livre do pecado e da escravidão, mais capaz de viver a verdadeira liberdade dos filhos e filhas de Deus. Devemos ser súditos apaixonados pelo projeto do Reino, promovendo o homem integralmente. Os que nos virem deverão também se apaixonar por este projeto. O prefácio deste Domingo define o Reino de Jesus, como um reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça do amor e da paz. Infelizmente a sociedade de hoje está longe destas realidades. Será que quando Ele voltar o mundo estará mudado?
2. Promessa. “Eles o ungiram Davi como rei de Israel.” (2Sm 5, 3).
Termina o sistema das Tribos e começa o sistema Monárquico. Este é um dos acontecimentos fundamentais da história de Israel. A unção de Davi, escolhido por Deus e reconhecido por todos, é uma imagem do que vai acontecer com Jesus. Davi vai decepcionar. Jesus vai assumir até o fim, até à cruz.
3. Reinado do Filho. “Recebeu-nos no reino de seu Filho amado.” (Cl 1, 13).
Para animar os colossenses a permanecer firmes na fé, Paulo cita um hino cristão, provavelmente usado na cerimônia batismal, que canta a grandeza de Cristo. Paulo se serve desse hino para criticar qualquer doutrina que apresente como necessárias outras mediações salvíficas, além da de Cristo. Cristo é o único mediador entre Deus e a criação, e só ele, mediante a cruz, é capaz de reconciliar Deus com as criaturas submetidas ao pecado.
4. Cruz como trono. “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”. (Lc 23, 42).
Jesus é crucificado como criminoso, entre criminosos. Por entre a curiosidade do povo e a caçoada dos chefes e soldados ecoa a palavra de perdão: os responsáveis pela morte de Jesus devem ser perdoados, porque não conhecem a gravidade e as conseqüências do próprio gesto. O letreiro da cruz, indicando a causa da condenação, proclama para todos a chegada da realeza que dá a vida. No momento em que tudo parece perdido, Jesus se mostra portador da salvação. Ele anunciou a salvação aos pecadores, durante a sua vida; agora, na cruz, a oferece ao criminoso. Jesus não está sozinho na cruz. Acompanham-no todos aqueles que são condenados por uma sociedade que não aceita o projeto de Deus e que clamam: “Lembra-te de nós!”.
5. Conclusão.
Junto com a festa de Cristo Rei, celebra-se também o Dia do Leigo e da Leiga. Vocação especial, muitas vezes esquecida (tendemos a acreditar que vocacionados são somente os sacerdotes e freiras), ser leigo ou leiga no mundo de hoje é um permanente desafio. Desafio de vida e testemunho: como ser do mundo, sem ser do mundo, como nos conclama São Paulo? Leigos e leigas ocupam importantes ministérios na vida da Igreja e assumem sua vocação particular de constituir família – e aceitar com generosidade a vocação matrimonial que Deus lhes dá. Assumem a vocação de atuar profissionalmente com ética, dedicação e diferencial positivo no sentido de ser uma pessoa diferente no meio de tantas. Assumem vocação missionária, dedicando-se muitas vezes solitariamente ao outro mais necessitado. Enfim, leigos e leigas assumem o grande desafio de serem pedras vivas da Igreja, trabalhadores do reino que Cristo Rei vem implementar.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Encerrando a nossa caminhada do Ano Litúrgico, celebramos a festa de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Sabemos muito bem como Jesus conquistou esta realeza. Caminhando firme para a prisão, para a tortura, para a morte. O seu trono é a cruz e a sua coroa a de espinhos... Em nada se assemelha aos reis e poderosos deste mundo. A direção do poder de Jesus é bem outra: a do serviço, a da humildade, a da opção pelos pobres e esquecidos da sociedade. Sua realeza liberta e torna o homem mais livre do pecado e da escravidão, mais capaz de viver a verdadeira liberdade dos filhos e filhas de Deus. Devemos ser súditos apaixonados pelo projeto do Reino, promovendo o homem integralmente. Os que nos virem deverão também se apaixonar por este projeto. O prefácio deste Domingo define o Reino de Jesus, como um reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça do amor e da paz. Infelizmente a sociedade de hoje está longe destas realidades. Será que quando Ele voltar o mundo estará mudado?
2. Promessa. “Eles o ungiram Davi como rei de Israel.” (2Sm 5, 3).
Termina o sistema das Tribos e começa o sistema Monárquico. Este é um dos acontecimentos fundamentais da história de Israel. A unção de Davi, escolhido por Deus e reconhecido por todos, é uma imagem do que vai acontecer com Jesus. Davi vai decepcionar. Jesus vai assumir até o fim, até à cruz.
3. Reinado do Filho. “Recebeu-nos no reino de seu Filho amado.” (Cl 1, 13).
Para animar os colossenses a permanecer firmes na fé, Paulo cita um hino cristão, provavelmente usado na cerimônia batismal, que canta a grandeza de Cristo. Paulo se serve desse hino para criticar qualquer doutrina que apresente como necessárias outras mediações salvíficas, além da de Cristo. Cristo é o único mediador entre Deus e a criação, e só ele, mediante a cruz, é capaz de reconciliar Deus com as criaturas submetidas ao pecado.
4. Cruz como trono. “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”. (Lc 23, 42).
Jesus é crucificado como criminoso, entre criminosos. Por entre a curiosidade do povo e a caçoada dos chefes e soldados ecoa a palavra de perdão: os responsáveis pela morte de Jesus devem ser perdoados, porque não conhecem a gravidade e as conseqüências do próprio gesto. O letreiro da cruz, indicando a causa da condenação, proclama para todos a chegada da realeza que dá a vida. No momento em que tudo parece perdido, Jesus se mostra portador da salvação. Ele anunciou a salvação aos pecadores, durante a sua vida; agora, na cruz, a oferece ao criminoso. Jesus não está sozinho na cruz. Acompanham-no todos aqueles que são condenados por uma sociedade que não aceita o projeto de Deus e que clamam: “Lembra-te de nós!”.
5. Conclusão.
Junto com a festa de Cristo Rei, celebra-se também o Dia do Leigo e da Leiga. Vocação especial, muitas vezes esquecida (tendemos a acreditar que vocacionados são somente os sacerdotes e freiras), ser leigo ou leiga no mundo de hoje é um permanente desafio. Desafio de vida e testemunho: como ser do mundo, sem ser do mundo, como nos conclama São Paulo? Leigos e leigas ocupam importantes ministérios na vida da Igreja e assumem sua vocação particular de constituir família – e aceitar com generosidade a vocação matrimonial que Deus lhes dá. Assumem a vocação de atuar profissionalmente com ética, dedicação e diferencial positivo no sentido de ser uma pessoa diferente no meio de tantas. Assumem vocação missionária, dedicando-se muitas vezes solitariamente ao outro mais necessitado. Enfim, leigos e leigas assumem o grande desafio de serem pedras vivas da Igreja, trabalhadores do reino que Cristo Rei vem implementar.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
03/11/2010
TODOS OS SANTOS.
1. Introdução:
Na festa de hoje olhamos para os nossos irmãos e irmãs que já alcançaram a contemplação definitiva de Deus. Estão, como dizemos, no céu. Mas olhamos também para cada um de nós que deve constantemente buscar esta santidade. Os santos e santas de ontem são um apelo para que nós, os santos e santas de hoje demos um testemunho constante de vida de santidade. Deus é santo. E o apelo dele é justamente este: Sede santos, pois Eu sou santo (cf. Lv 11,45). Buscar a santidade não é algo de extraordinário, fazer milagres, produzir coisas fantásticas... Os grandes santos fizeram as coisas ordinárias de um modo extraordinário. Deus nos torna filhos e filhas: já temos a vida dele em nós. Basta conservar esta vida da graça para sermos santos. Mas os desafios são inumeráveis: devemos enfrentar as perseguições, os dragões, as tentações... Mas temos as armas: a Palavra de Deus, a Eucaristia, os Sacramentos, a vida em Comunidade....
2. João viu o número... “Vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas.” (Ap 7, 9).
A marca na fronte é o sinal da salvação e da pertença a Deus. O número 144.000 (12x12x1.000) é o número total e perfeito. A salvação está aberta a todos (todas as nações, tribos, raças e línguas) A veste branca lembra a pertença ao novo povo (batismo) e as palmas, o enfrentamento dos desafios. Ser santo é pertencer aos assinalados, sem distinção de raça ou status e fazer parte dos que enfrentam os desafios para que o Reino aconteça.
3. Filhos do Santo. “Veremos Deus tal qual Ele é.” (1Jo 3, 2).
Muitos de nós desconhecemos esta grande dignidade: somos filhos e filhas de Deus. O Batismo abre para nós esta porta e a partir daí devemos manter esta dignidade, custe o que custar. A semelhança plena se dará quando Cristo se manifestar na sua glória. Mas desde agora devemos viver esta dignidade. Não esperar ser santo depois...
4. Bem-aventurados... “Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.” (Mt 5, 12).
Os valores são totalmente invertidos. Só os santos entenderam a realidade das bem-aventuranças. Parece uma utopia dizer que bem-aventurados são os pobres, os perseguidos, os que choram, os que são puros... A sociedade hoje elege outros valores. Mas a verdadeira santidade está em buscar e em viver as bem-aventuranças. Isto custou a vida de Jesus e custou a vida de muitos santos e santas. Se quisermos ser santos e se quisermos um mundo novo devemos praticar as bem-aventuranças.
5. Conclusão.
Devemos buscar a santidade, apesar dos desafios. Parece que falar em santidade hoje destoa dos projetos humanos. Mas esta é a nossa vocação. Conta-se que Madre Teresa de Calcutá foi interrogada por um repórter se ela não se importava em ser chamada de santa. E ela prontamente respondeu: “Não, não me importo, pois essa é a minha obrigação!”. Viver diariamente o nosso Batismo, fonte de nossa vocação à santidade, vai nos impulsionar a viver a santidade. As Bem-aventuranças não podem ser apenas sonho, utopia. Devem ser realidade.
CI031110
Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Na festa de hoje olhamos para os nossos irmãos e irmãs que já alcançaram a contemplação definitiva de Deus. Estão, como dizemos, no céu. Mas olhamos também para cada um de nós que deve constantemente buscar esta santidade. Os santos e santas de ontem são um apelo para que nós, os santos e santas de hoje demos um testemunho constante de vida de santidade. Deus é santo. E o apelo dele é justamente este: Sede santos, pois Eu sou santo (cf. Lv 11,45). Buscar a santidade não é algo de extraordinário, fazer milagres, produzir coisas fantásticas... Os grandes santos fizeram as coisas ordinárias de um modo extraordinário. Deus nos torna filhos e filhas: já temos a vida dele em nós. Basta conservar esta vida da graça para sermos santos. Mas os desafios são inumeráveis: devemos enfrentar as perseguições, os dragões, as tentações... Mas temos as armas: a Palavra de Deus, a Eucaristia, os Sacramentos, a vida em Comunidade....
2. João viu o número... “Vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas.” (Ap 7, 9).
A marca na fronte é o sinal da salvação e da pertença a Deus. O número 144.000 (12x12x1.000) é o número total e perfeito. A salvação está aberta a todos (todas as nações, tribos, raças e línguas) A veste branca lembra a pertença ao novo povo (batismo) e as palmas, o enfrentamento dos desafios. Ser santo é pertencer aos assinalados, sem distinção de raça ou status e fazer parte dos que enfrentam os desafios para que o Reino aconteça.
3. Filhos do Santo. “Veremos Deus tal qual Ele é.” (1Jo 3, 2).
Muitos de nós desconhecemos esta grande dignidade: somos filhos e filhas de Deus. O Batismo abre para nós esta porta e a partir daí devemos manter esta dignidade, custe o que custar. A semelhança plena se dará quando Cristo se manifestar na sua glória. Mas desde agora devemos viver esta dignidade. Não esperar ser santo depois...
4. Bem-aventurados... “Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.” (Mt 5, 12).
Os valores são totalmente invertidos. Só os santos entenderam a realidade das bem-aventuranças. Parece uma utopia dizer que bem-aventurados são os pobres, os perseguidos, os que choram, os que são puros... A sociedade hoje elege outros valores. Mas a verdadeira santidade está em buscar e em viver as bem-aventuranças. Isto custou a vida de Jesus e custou a vida de muitos santos e santas. Se quisermos ser santos e se quisermos um mundo novo devemos praticar as bem-aventuranças.
5. Conclusão.
Devemos buscar a santidade, apesar dos desafios. Parece que falar em santidade hoje destoa dos projetos humanos. Mas esta é a nossa vocação. Conta-se que Madre Teresa de Calcutá foi interrogada por um repórter se ela não se importava em ser chamada de santa. E ela prontamente respondeu: “Não, não me importo, pois essa é a minha obrigação!”. Viver diariamente o nosso Batismo, fonte de nossa vocação à santidade, vai nos impulsionar a viver a santidade. As Bem-aventuranças não podem ser apenas sonho, utopia. Devem ser realidade.
CI031110
Mons. Antonio Romulo Zagotto
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29/10/2010
DESCE! - XXXIº DOMINGO DO TEMPO COMUM.
1. Introdução.
Somos convidados a ir ao encontro de Jesus. Fazer a experiência do encontro pessoal com o Senhor é fazer o itinerário de Zaqueu: abrir-se para ouvi-lo e acolhe-lo em nossa casa. Casa no sentido mais amplo – coração, vida, atitudes... Conversão! Também a nós é dada a ordem: Desce! Devemos sair de nossa postura auto-suficiente, despir-nos do orgulho e nos colocar ao nível dos outros, da multidão, dos seguidores. Não somos melhores nem piores. Devemos nos sentir igual. Só assim o Senhor vai se hospedar em nossa casa. Do nosso coração deve brotar o mesmo grito do publicano, de domingo passado: “Tem piedade de mim que sou pecador!” (Lc 18,13).
2. Compaixão. “Senhor, de todos tens compaixão, porque amas tudo que existe” (Sb 11, 23; 24).
Apesar de nossos pecados – o contexto fala da idolatria – Deus olha para nós cheio de compaixão. São estas as atitudes de Deus em relação ao pecador: tem compaixão, fecha os olhos ao pecado, ama, não despreza, trata com bondade, corrige com carinho. Quem faz a experiência de um Deus assim jamais vai querer permanecer no pecado. Jesus nos revela estas atitudes de Deus numa palavra – ele é Abbá = Paizinho. O Salmo nos ajuda a rezar: “Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura.” (Sl 144, 8-9).
3. Perseverar. “O nome de nosso Senhor Jesus Cristo será glorificado em vós, e vós nele”. (2 Ts 1, 12).
São Paulo insiste na perseverança. Aguardar a vinda de Jesus deve ser algo vivido aqui e agora.. Não deve ser algo que vai acontecer muito lá na frente, mas já preparado hoje. O encontro com o Senhor deve ser vivido no nosso dia-a-dia. Glorificar a Deus nas nossas atitudes de perseverança, sem diminuir a vontade de fazer o bem. Paulo quer uma Comunidade voltada para as propostas de esperança e fé. Só assim estarão preparados para os desafios e enfrentamentos.
4. Conversão. “O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”. (Lc 19, 10).
De novo nos encontramos diante do perdão e da misericórdia de Deus. Como o publicano de domingo passado, hoje o encontro não é de ficção, mas de verdade. Zaqueu encarna as condições do pecador arrependido e busca Jesus. Mas é Jesus quem olha para cima da árvore, que fala o nome de Zaqueu (o conhece pelo nome!) e se convida para ir à sua casa. Iniciativas de Deus diante de um coração arrependido. A própria ação do arrependimento é uma iniciativa de Deus.
5. Conclusão
Devemos estar atentos ao apelo de conversão que o Senhor faz a cada um de nós. Ele quer fazer saber que “hoje a salvação entrou nesta casa...” (Lc 19, 9). Fazer a experiência da ternura, da misericórdia e da bondade de Deus é algo que nos deve levar a viver constantemente na sua graça.. Cada um de nós é chamado a vivenciar esta experiência. Cabe a cada pessoa celebrar este encontro com o Senhor. Deus não exclui ninguém. Basta ter o coração aberto à sua ação. Basta que desçamos depressa e recebamos Jesus com alegria. (cf Mt 19, 6).
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Somos convidados a ir ao encontro de Jesus. Fazer a experiência do encontro pessoal com o Senhor é fazer o itinerário de Zaqueu: abrir-se para ouvi-lo e acolhe-lo em nossa casa. Casa no sentido mais amplo – coração, vida, atitudes... Conversão! Também a nós é dada a ordem: Desce! Devemos sair de nossa postura auto-suficiente, despir-nos do orgulho e nos colocar ao nível dos outros, da multidão, dos seguidores. Não somos melhores nem piores. Devemos nos sentir igual. Só assim o Senhor vai se hospedar em nossa casa. Do nosso coração deve brotar o mesmo grito do publicano, de domingo passado: “Tem piedade de mim que sou pecador!” (Lc 18,13).
2. Compaixão. “Senhor, de todos tens compaixão, porque amas tudo que existe” (Sb 11, 23; 24).
Apesar de nossos pecados – o contexto fala da idolatria – Deus olha para nós cheio de compaixão. São estas as atitudes de Deus em relação ao pecador: tem compaixão, fecha os olhos ao pecado, ama, não despreza, trata com bondade, corrige com carinho. Quem faz a experiência de um Deus assim jamais vai querer permanecer no pecado. Jesus nos revela estas atitudes de Deus numa palavra – ele é Abbá = Paizinho. O Salmo nos ajuda a rezar: “Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura.” (Sl 144, 8-9).
3. Perseverar. “O nome de nosso Senhor Jesus Cristo será glorificado em vós, e vós nele”. (2 Ts 1, 12).
São Paulo insiste na perseverança. Aguardar a vinda de Jesus deve ser algo vivido aqui e agora.. Não deve ser algo que vai acontecer muito lá na frente, mas já preparado hoje. O encontro com o Senhor deve ser vivido no nosso dia-a-dia. Glorificar a Deus nas nossas atitudes de perseverança, sem diminuir a vontade de fazer o bem. Paulo quer uma Comunidade voltada para as propostas de esperança e fé. Só assim estarão preparados para os desafios e enfrentamentos.
4. Conversão. “O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”. (Lc 19, 10).
De novo nos encontramos diante do perdão e da misericórdia de Deus. Como o publicano de domingo passado, hoje o encontro não é de ficção, mas de verdade. Zaqueu encarna as condições do pecador arrependido e busca Jesus. Mas é Jesus quem olha para cima da árvore, que fala o nome de Zaqueu (o conhece pelo nome!) e se convida para ir à sua casa. Iniciativas de Deus diante de um coração arrependido. A própria ação do arrependimento é uma iniciativa de Deus.
5. Conclusão
Devemos estar atentos ao apelo de conversão que o Senhor faz a cada um de nós. Ele quer fazer saber que “hoje a salvação entrou nesta casa...” (Lc 19, 9). Fazer a experiência da ternura, da misericórdia e da bondade de Deus é algo que nos deve levar a viver constantemente na sua graça.. Cada um de nós é chamado a vivenciar esta experiência. Cabe a cada pessoa celebrar este encontro com o Senhor. Deus não exclui ninguém. Basta ter o coração aberto à sua ação. Basta que desçamos depressa e recebamos Jesus com alegria. (cf Mt 19, 6).
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
21/10/2010
DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS. XXXº DOMINGO DO TEMPO COMUM
1. Introdução.
Outra vez a Santa Palavra vem nos falar de oração. Nosso encontro semanal com o Ressuscitado nos faz saborear o caminho a ser percorrido para se aprender a rezar. Não podemos entrar em contato com Deus com o coração inflado de arrogância, imaginando que o mundo gira ao redor de nós. Devemos nos colocar como necessitados da misericórdia de Deus para receber Dele toda a atenção. Aos pobres, aos excluídos, aos marginalizados Deus dá atenção. Para quem se basta, não há espaço para Deus.
2. Deus ouve os pequenos. “A prece do humilde atravessa as nuvens.” (Eclo 35, 21).
As categorias do pobre, do órfão e da viúva (e ainda o estrangeiro, não mencionado aqui), são os queridos de Deus. São grupos socialmente vulneráveis. Deus os escuta. Deus os protege. Suas preces são ouvidas. É assim que devemos nos apresentar diante de Deus: despojados. O nosso vazio será ocupado por Deus. O refrão do salmo de hoje nos ajuda a rezar: “O pobre clama a Deus e ele escuta: o Senhor liberta a vida dos seus servos.” (Sl 33).
3. Abandonado. “Agora está reservada para mim a coroa da justiça.” (2Tm 4, 8).
Ao escrever ao Bispo Timóteo, Paulo mostra bem que Deus faz justiça aos despojados. Abandonado pelos homens, é recompensado por Deus. O prêmio não são elogios humanos, mas a coroa imperecível da justiça, dada por Deus. Em seu “testamento”, Paulo delineia bem como os abandonados são acolhidos por Deus. Quando tinha o coração cheio de ira não era acolhido. Quando “caiu do cavalo” tem o valor reconhecido.
4. Fariseu e publicano. “O publicano voltou para casa justificado, o outro não.” (Lc 18, 14).
A “ação de graças” do fariseu não atingiu o coração de Deus. Falava mais de si. Sua oração tinha duas direções: um olhar negativo dos pecados dos outros e um olhar positivo de suas virtudes. Deus não o ouviu. O publicano tinha uma direção: suas misérias, seus pecados. Deus o ouviu. A salvação não é mérito nosso, vem de Deus. Se nos colocarmos assim diante de Deus, Ele nos atenderá.
5. Conclusão.
Os queridos de Deus são ouvidos. Diante dos valores do mundo, são desprezados. Mas é com estes que Deus faz aliança. Ele está do lado do pobre, do humilde, do desprezado. E é assim que devemos nos colocar diante de Deus: despojados! Só assim Deus vai preencher nosso vazio. Se nos colocarmos cheios, não haverá espaço para Deus. Neste Domingo celebramos o Dia Mundial das Missões. O tema de reflexão, sugerido pelo Papa Bento XVI para este ano de 2010, é: “A construção da comunhão eclesial é a chave da missão”. Ser missionário é ir ao encontro dos despojados para anunciar a eles a pessoa de Jesus. Mais com atitudes do que com palavras.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Outra vez a Santa Palavra vem nos falar de oração. Nosso encontro semanal com o Ressuscitado nos faz saborear o caminho a ser percorrido para se aprender a rezar. Não podemos entrar em contato com Deus com o coração inflado de arrogância, imaginando que o mundo gira ao redor de nós. Devemos nos colocar como necessitados da misericórdia de Deus para receber Dele toda a atenção. Aos pobres, aos excluídos, aos marginalizados Deus dá atenção. Para quem se basta, não há espaço para Deus.
2. Deus ouve os pequenos. “A prece do humilde atravessa as nuvens.” (Eclo 35, 21).
As categorias do pobre, do órfão e da viúva (e ainda o estrangeiro, não mencionado aqui), são os queridos de Deus. São grupos socialmente vulneráveis. Deus os escuta. Deus os protege. Suas preces são ouvidas. É assim que devemos nos apresentar diante de Deus: despojados. O nosso vazio será ocupado por Deus. O refrão do salmo de hoje nos ajuda a rezar: “O pobre clama a Deus e ele escuta: o Senhor liberta a vida dos seus servos.” (Sl 33).
3. Abandonado. “Agora está reservada para mim a coroa da justiça.” (2Tm 4, 8).
Ao escrever ao Bispo Timóteo, Paulo mostra bem que Deus faz justiça aos despojados. Abandonado pelos homens, é recompensado por Deus. O prêmio não são elogios humanos, mas a coroa imperecível da justiça, dada por Deus. Em seu “testamento”, Paulo delineia bem como os abandonados são acolhidos por Deus. Quando tinha o coração cheio de ira não era acolhido. Quando “caiu do cavalo” tem o valor reconhecido.
4. Fariseu e publicano. “O publicano voltou para casa justificado, o outro não.” (Lc 18, 14).
A “ação de graças” do fariseu não atingiu o coração de Deus. Falava mais de si. Sua oração tinha duas direções: um olhar negativo dos pecados dos outros e um olhar positivo de suas virtudes. Deus não o ouviu. O publicano tinha uma direção: suas misérias, seus pecados. Deus o ouviu. A salvação não é mérito nosso, vem de Deus. Se nos colocarmos assim diante de Deus, Ele nos atenderá.
5. Conclusão.
Os queridos de Deus são ouvidos. Diante dos valores do mundo, são desprezados. Mas é com estes que Deus faz aliança. Ele está do lado do pobre, do humilde, do desprezado. E é assim que devemos nos colocar diante de Deus: despojados! Só assim Deus vai preencher nosso vazio. Se nos colocarmos cheios, não haverá espaço para Deus. Neste Domingo celebramos o Dia Mundial das Missões. O tema de reflexão, sugerido pelo Papa Bento XVI para este ano de 2010, é: “A construção da comunhão eclesial é a chave da missão”. Ser missionário é ir ao encontro dos despojados para anunciar a eles a pessoa de Jesus. Mais com atitudes do que com palavras.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
14/10/2010
PERSEVERANTES NA ORAÇÃO - .XXIXº DOMINGO DO TEMPO COMUM
1. Introdução.
Nos últimos domingos aprendemos sobre a fé. A lição que aprendemos neste domingo é sobre a oração. Diante de tantas tecnologias, que aparentemente solucionam todos os problemas da humanidade, nos perguntamos: Será ainda necessário rezar? No passado se rezava para que acontecesse uma intervenção divina. Hoje, com a mudança do eixo religioso (que governava todas as ações humanas no meio rural), para o eixo econômico (para o homem urbano), gera: “Uma concepção de mundo segundo a qual este último se explica por si mesmo, não sendo necessário recorrer a Deus: Deus seria pois supérfluo e até mesmo um obstáculo. Este secularismo, para reconhecer o poder do homem, acaba se colocando acima de Deus ou mesmo negando-o...”. (Puebla [1979], CELAM, 2004, p, 398).
2. Mãos elevadas para o céu. “E, enquanto Moisés conservava a mão levantada, Israel vencia.” (Ex 17, 11)
A fé deve estar sempre unida à ação. Enquanto Moisés intercede, Josué está lutando. Deus atende as súplicas de seu povo diante dos inimigos. São obstáculos a serem vencidos. Mas será necessário também fazer a nossa parte: lutar, lutar, lutar. Uma oração contínua e insistente será a condição para se vencer as dificuldades da vida. Como nos ajuda a rezar o Salmo 120 – “Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e fez a terra”. (Sl 120, 2)
3. Como agir. “O homem de Deus seja perfeito e qualificado para toda boa obra”. (2Tm 3, 17).
Evangelizar é enfrentar desafios. Paulo indica ao bispo Timóteo uma maneira de agir. A garantia de conduta é a Escritura Sagrada. O texto de hoje se encaixa bem na proposta missionária deste mês de outubro – mês das missões. Como discípulos/missionários devemos anunciar com coragem a Palavra de Deus. “Proclama a Palavra, insiste oportuna e importunamente, argumenta, repreende, aconselha, com toda a paciência e doutrina”. (2Tm 4, 2).
4. Deus nos atende. “Deus fará justiça aos que gritam por Ele”. (Lc 18, 7)
A bela lição do Evangelho está na insistência e perseverança. Não podemos desanimar. Deus vai atender àqueles que, através da oração, testemunham o desejo e a esperança de que se faça justiça. A viúva é sempre uma das categorias excluídas (junto com os órfãos e os estrangeiros). O juiz injusto mostra que se um homem tão mau atende um pedido incessante, muito mais Deus, que é bom, vai nos atender.
5. Conclusão.
Com a palavra os santos: “Nada se compara em valor à oração; ela torna possível o que é impossível, fácil o que é difícil. E impossível que caia em pecado o homem que reza.”. (São João Crisóstomo). “Quem reza certamente se salva; quem não reza certamente se condena.” (Santo Afonso de Ligório). Mesmo diante de tantas soluções práticas que a modernidade traz para nós, não podemos prescindir de Deus. As diversas maneiras de rezar vão nos ajudar a estar mais próximos de Deus e Ele mais próximo de nós.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Nos últimos domingos aprendemos sobre a fé. A lição que aprendemos neste domingo é sobre a oração. Diante de tantas tecnologias, que aparentemente solucionam todos os problemas da humanidade, nos perguntamos: Será ainda necessário rezar? No passado se rezava para que acontecesse uma intervenção divina. Hoje, com a mudança do eixo religioso (que governava todas as ações humanas no meio rural), para o eixo econômico (para o homem urbano), gera: “Uma concepção de mundo segundo a qual este último se explica por si mesmo, não sendo necessário recorrer a Deus: Deus seria pois supérfluo e até mesmo um obstáculo. Este secularismo, para reconhecer o poder do homem, acaba se colocando acima de Deus ou mesmo negando-o...”. (Puebla [1979], CELAM, 2004, p, 398).
2. Mãos elevadas para o céu. “E, enquanto Moisés conservava a mão levantada, Israel vencia.” (Ex 17, 11)
A fé deve estar sempre unida à ação. Enquanto Moisés intercede, Josué está lutando. Deus atende as súplicas de seu povo diante dos inimigos. São obstáculos a serem vencidos. Mas será necessário também fazer a nossa parte: lutar, lutar, lutar. Uma oração contínua e insistente será a condição para se vencer as dificuldades da vida. Como nos ajuda a rezar o Salmo 120 – “Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e fez a terra”. (Sl 120, 2)
3. Como agir. “O homem de Deus seja perfeito e qualificado para toda boa obra”. (2Tm 3, 17).
Evangelizar é enfrentar desafios. Paulo indica ao bispo Timóteo uma maneira de agir. A garantia de conduta é a Escritura Sagrada. O texto de hoje se encaixa bem na proposta missionária deste mês de outubro – mês das missões. Como discípulos/missionários devemos anunciar com coragem a Palavra de Deus. “Proclama a Palavra, insiste oportuna e importunamente, argumenta, repreende, aconselha, com toda a paciência e doutrina”. (2Tm 4, 2).
4. Deus nos atende. “Deus fará justiça aos que gritam por Ele”. (Lc 18, 7)
A bela lição do Evangelho está na insistência e perseverança. Não podemos desanimar. Deus vai atender àqueles que, através da oração, testemunham o desejo e a esperança de que se faça justiça. A viúva é sempre uma das categorias excluídas (junto com os órfãos e os estrangeiros). O juiz injusto mostra que se um homem tão mau atende um pedido incessante, muito mais Deus, que é bom, vai nos atender.
5. Conclusão.
Com a palavra os santos: “Nada se compara em valor à oração; ela torna possível o que é impossível, fácil o que é difícil. E impossível que caia em pecado o homem que reza.”. (São João Crisóstomo). “Quem reza certamente se salva; quem não reza certamente se condena.” (Santo Afonso de Ligório). Mesmo diante de tantas soluções práticas que a modernidade traz para nós, não podemos prescindir de Deus. As diversas maneiras de rezar vão nos ajudar a estar mais próximos de Deus e Ele mais próximo de nós.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
06/10/2010
SABER DIZER “OBRIGADO”! - XXVII DOMINGO DO TEMPO COMUM.
1. Introdução.
A cada Domingo nos reunimos com o Ressuscitado para a Eucaristia. A palavra Eucaristia vem do grego e significa “reconhecimento”, “ação de graças”, “muito obrigado!”. Nossa fé, como vimos, no domingo passado (“Aumenta nossa fé!”) nos faz dizer junto com Jesus o nosso muito obrigado ao Pai, reconhecendo nEle toda fonte de restauração. Se entendermos bem o significado da missa dominical, páscoa semanal, vamos perceber que mais do que cumprir uma obrigação enfadonha passa a ser uma necessidade. Eucaristia é a alegria que brota da contemplação do Deus que é grande no amor, que nasce da descoberta de sermos salvos gratuitamente.
2. Reconhecimento. “Naamã voltou para junto do homem de Deus, e fez sua profissão de fé.” (2Rs 5, 25)
O drama (ver o cap. 5 todo) se inicia com a proposta de cura e termina com o reconhecimento do verdadeiro Deus. Para esta caminhada será preciso humildade, conversão. Deus não realiza sua obra no aparato fantástico, como num passe de mágica, mas na busca constante e submissa das propostas de Deus (lavar-se sete vezes!). A lição que aprendemos que a vida é dom de Deus. Não precisamos pagar. Mas devemos ter reconhecimento. O Sl 97 nos ajuda nesta ação de graças.
3. Palavra livre. “Se com Cristo ficamos firmes, com ele reinaremos” (2Tm 2, 12).
Paulo insiste com o bispo Timóteo para que testemunhe a ressurreição. Mesmo prisioneiro deve anunciar: “a palavra de Deus não está algemada.” (2Tm 2, 9). O hino final (2Tm 2, 11-13) é para Timóteo e para nós um apelo para que haja coerência entre fé e vida.
4. Muito obrigado! “Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” (Lc 17, 18).
Nem tanto focar a gratidão, mas sim a fé do samaritano. O itinerário para se descobrir Jesus é sair da situação de exclusão (lepra), passando pela cura, até o reconhecer que em Jesus o amor de Deus leva os homens a viver na alegria da gratidão. A vida que Deus dá em Jesus Cristo é gratuita, é graça. Só na fé saberemos voltar para agradecer.
5. Conclusão.
Como Naamã e o leproso samaritano curado, devemos ser reconhecidos ao Deus que nos salva, nos perdoa e nos cura. Não podemos procurar aparatos suntuosos, exploradores de um Deus que cura tomando em troca nossas dádivas, mas o Deus de uma cura gratuita, própria do comportamento de Deus: sem barulho, na simplicidade de quem acolhe, sobretudo os excluídos e menosprezados. A Eucaristia vai se revestir de um sentido diferente, como ação de graças e não como o pesado encargo de cumprir um mandamento. A partir daí vamos entender que Eucaristia não é obrigação, mas uma necessidade. O “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou” (Lc 17, 19) é dito também a nós, se reconhecidos soubermos fazer da Eucaristia a verdadeira ação de graças. E é também, neste mês missionário um envio: discípulos/missionários.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
A cada Domingo nos reunimos com o Ressuscitado para a Eucaristia. A palavra Eucaristia vem do grego e significa “reconhecimento”, “ação de graças”, “muito obrigado!”. Nossa fé, como vimos, no domingo passado (“Aumenta nossa fé!”) nos faz dizer junto com Jesus o nosso muito obrigado ao Pai, reconhecendo nEle toda fonte de restauração. Se entendermos bem o significado da missa dominical, páscoa semanal, vamos perceber que mais do que cumprir uma obrigação enfadonha passa a ser uma necessidade. Eucaristia é a alegria que brota da contemplação do Deus que é grande no amor, que nasce da descoberta de sermos salvos gratuitamente.
2. Reconhecimento. “Naamã voltou para junto do homem de Deus, e fez sua profissão de fé.” (2Rs 5, 25)
O drama (ver o cap. 5 todo) se inicia com a proposta de cura e termina com o reconhecimento do verdadeiro Deus. Para esta caminhada será preciso humildade, conversão. Deus não realiza sua obra no aparato fantástico, como num passe de mágica, mas na busca constante e submissa das propostas de Deus (lavar-se sete vezes!). A lição que aprendemos que a vida é dom de Deus. Não precisamos pagar. Mas devemos ter reconhecimento. O Sl 97 nos ajuda nesta ação de graças.
3. Palavra livre. “Se com Cristo ficamos firmes, com ele reinaremos” (2Tm 2, 12).
Paulo insiste com o bispo Timóteo para que testemunhe a ressurreição. Mesmo prisioneiro deve anunciar: “a palavra de Deus não está algemada.” (2Tm 2, 9). O hino final (2Tm 2, 11-13) é para Timóteo e para nós um apelo para que haja coerência entre fé e vida.
4. Muito obrigado! “Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” (Lc 17, 18).
Nem tanto focar a gratidão, mas sim a fé do samaritano. O itinerário para se descobrir Jesus é sair da situação de exclusão (lepra), passando pela cura, até o reconhecer que em Jesus o amor de Deus leva os homens a viver na alegria da gratidão. A vida que Deus dá em Jesus Cristo é gratuita, é graça. Só na fé saberemos voltar para agradecer.
5. Conclusão.
Como Naamã e o leproso samaritano curado, devemos ser reconhecidos ao Deus que nos salva, nos perdoa e nos cura. Não podemos procurar aparatos suntuosos, exploradores de um Deus que cura tomando em troca nossas dádivas, mas o Deus de uma cura gratuita, própria do comportamento de Deus: sem barulho, na simplicidade de quem acolhe, sobretudo os excluídos e menosprezados. A Eucaristia vai se revestir de um sentido diferente, como ação de graças e não como o pesado encargo de cumprir um mandamento. A partir daí vamos entender que Eucaristia não é obrigação, mas uma necessidade. O “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou” (Lc 17, 19) é dito também a nós, se reconhecidos soubermos fazer da Eucaristia a verdadeira ação de graças. E é também, neste mês missionário um envio: discípulos/missionários.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
23/09/2010
TEMOS A PALAVRA - XXVIº DOMINGO DO TEMPO COMUM
1. Introdução
Nosso encontro com o Ressuscitado, nesta Páscoa semanal, vai nos alertar sobre a conduta que cada um de nós deve ter em sintonia com a proposta da Palavra. Temos a Palavra que serve de guia para nossas atitudes. E ela é clara! Optar pelos valores propostos pela Palavra como fio condutor para nossa vida. Neste Domingo, dia da Bíblia, cada um de nós é chamado a responder aos apelos desta Palavra que “é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho!”. (Sl 119, 105). Mais uma vez opção pelos pobres! Mais uma vez escolha dos valores do Reino!
2. Ai de vós! “Agora o bando dos gozadores será desfeito.” (Am 6, 7).
O profeta Amós é severo para com aqueles que mantêm à distância os pobres. Eles serão os primeiros a serem castigados. A riqueza de uns poucos é um insulto à pobreza da grande maioria. As categorias defendidas por Deus, no salmo de hoje (Sl 145) demonstra muito bem do lado de quem Deus está: oprimidos, famintos, cativos, cegos, caído, justo, estrangeiro, órfão, viúva. E nós, de que lado estamos?
3. Conselhos úteis. “Guarda o teu mandato até a manifestação gloriosa do Senhor”. (1Tm 6, 14).
“O verdadeiro doutor é aquele que foge da ambição e vive com sobriedade. Seu compromisso primeiro é com a verdade, a qual se manifesta no ministério de Cristo”. São Paulo dá ao bispo Timóteo uma série de conselhos muito úteis para quem está na liderança. Esses mesmos conselhos devem ser seguidos por nossas lideranças hoje, para que possam exercem bem seu ministério. Fugir das coisas perversas, procurar a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a mansidão. Combater o bom combate da fé, até alcançar o prêmio prometido.
4. Justiça seja feita! “Tu recebeste teus bens durante a vida, e Lázaro os males; agora ele encontra aqui consolo, e tu és atormentado”. (Lc 16, 25).
A história do rico e de Lázaro é uma crítica a uma sociedade onde os abastados se distanciam dos pobres. A parábola não tem o interesse de explicar a vida após a morte, mas sim a necessidade de uma conversão imediata, para que a justiça se faça, por meio de uma de uma profunda mudança na nossa sociedade, onde haja partilha, solidariedade e inclusão.
5. Conclusão.
Estamos encerrando o Mês da Bíblia. Nesse domingo celebramos o Dia da Bíblia. Temos a Palavra. O livro que a contem e própria Palavra Encarnada – Jesus! São estas orientações que devem ser seguidas para se construir uma sociedade mais justa e mais solidária. Vamos nos lembrar da temática do mês da Bíblia, “Levanta-te e vai à grande cidade” (Jn 1,2) que nos propõe conversão.. O quadro das injustiças sociais deve angustiar o cristão. Enquanto houver um pobre que ainda bata à nossa porta, nossa eucaristia está sendo incompleta! Como lâmpada para guiar nossos passos no caminho da justiça, a Palavra vai nos ajudar a criar este mundo dos sonhos, onde não haverá mais luto, mais dor, mais sofrimento, mais exclusão, mais morte... “Ele vai enxugar toda lágrima dos olhos deles, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor. Sim! As coisas antigas desapareceram!” (Ap 21, 4).
CI220910
Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Nosso encontro com o Ressuscitado, nesta Páscoa semanal, vai nos alertar sobre a conduta que cada um de nós deve ter em sintonia com a proposta da Palavra. Temos a Palavra que serve de guia para nossas atitudes. E ela é clara! Optar pelos valores propostos pela Palavra como fio condutor para nossa vida. Neste Domingo, dia da Bíblia, cada um de nós é chamado a responder aos apelos desta Palavra que “é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho!”. (Sl 119, 105). Mais uma vez opção pelos pobres! Mais uma vez escolha dos valores do Reino!
2. Ai de vós! “Agora o bando dos gozadores será desfeito.” (Am 6, 7).
O profeta Amós é severo para com aqueles que mantêm à distância os pobres. Eles serão os primeiros a serem castigados. A riqueza de uns poucos é um insulto à pobreza da grande maioria. As categorias defendidas por Deus, no salmo de hoje (Sl 145) demonstra muito bem do lado de quem Deus está: oprimidos, famintos, cativos, cegos, caído, justo, estrangeiro, órfão, viúva. E nós, de que lado estamos?
3. Conselhos úteis. “Guarda o teu mandato até a manifestação gloriosa do Senhor”. (1Tm 6, 14).
“O verdadeiro doutor é aquele que foge da ambição e vive com sobriedade. Seu compromisso primeiro é com a verdade, a qual se manifesta no ministério de Cristo”. São Paulo dá ao bispo Timóteo uma série de conselhos muito úteis para quem está na liderança. Esses mesmos conselhos devem ser seguidos por nossas lideranças hoje, para que possam exercem bem seu ministério. Fugir das coisas perversas, procurar a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a mansidão. Combater o bom combate da fé, até alcançar o prêmio prometido.
4. Justiça seja feita! “Tu recebeste teus bens durante a vida, e Lázaro os males; agora ele encontra aqui consolo, e tu és atormentado”. (Lc 16, 25).
A história do rico e de Lázaro é uma crítica a uma sociedade onde os abastados se distanciam dos pobres. A parábola não tem o interesse de explicar a vida após a morte, mas sim a necessidade de uma conversão imediata, para que a justiça se faça, por meio de uma de uma profunda mudança na nossa sociedade, onde haja partilha, solidariedade e inclusão.
5. Conclusão.
Estamos encerrando o Mês da Bíblia. Nesse domingo celebramos o Dia da Bíblia. Temos a Palavra. O livro que a contem e própria Palavra Encarnada – Jesus! São estas orientações que devem ser seguidas para se construir uma sociedade mais justa e mais solidária. Vamos nos lembrar da temática do mês da Bíblia, “Levanta-te e vai à grande cidade” (Jn 1,2) que nos propõe conversão.. O quadro das injustiças sociais deve angustiar o cristão. Enquanto houver um pobre que ainda bata à nossa porta, nossa eucaristia está sendo incompleta! Como lâmpada para guiar nossos passos no caminho da justiça, a Palavra vai nos ajudar a criar este mundo dos sonhos, onde não haverá mais luto, mais dor, mais sofrimento, mais exclusão, mais morte... “Ele vai enxugar toda lágrima dos olhos deles, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor. Sim! As coisas antigas desapareceram!” (Ap 21, 4).
CI220910
Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
14/09/2010
MENTALIDADE NOVA. - XXVº DOMINGO DO TEMPO COMUM
1. Introdução.
Nesse Domingo, nosso encontro com o Ressuscitado nos leva a fazer opções sérias na nossa caminhada. E, sobretudo acolher as propostas revolucionárias do Reinado de Deus, que inverte os valores. Implantar esses valores em nosso coração e em nossa sociedade é um desafio. Os “valores” do mundo apontam para outras direções. Será preciso conversão. Uma mentalidade nova e uma atitude nova deve permear nosso comportamento e o comportamento da sociedade. Construir esse mundo novo é fazer da Eucaristia uma prática.
2. – Em defesa do pobre. “Contra aqueles que dominam os pobres com dinheiro.” (Am 8, 6).
Amós investe contra os que maquinam contra os pobres. Suas profecias são um forte discurso contra a falta de justiça existente nas classes dominadoras. Querem se aproveitar das circunstâncias de crise para explorar os pobres. Deus toma a defesa dos pobres. Como o salmo de hoje: Levanta da poeira o indigente e do lixo ele retira o pobrezinho, para fazê-lo assentar-se com os nobres, assentar-se com nobres do seu povo. (Sl 112, 7-9). Ou como canta Maria: “Ele realiza proezas com seu braço: dispersa os soberbos de coração, derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos enche de bens, e despede os ricos de mãos vazias.” (Mt 1, 51-53) Devemos também fazer a mesma opção de Deus: opção pelos pobres.
3. Rezar por todos. “Recomendo que se façam orações a Deus por todos os homens. Deus quer que todos sejam salvos.” (1Tm 2, 1).
Uma das primeiras recomendações que Paulo dá ao bispo Timóteo é a obrigação de rezar por todos, “para que tenhamos uma vida tranqüila e serena, com toda a piedade e dignidade”. Para que rezar? Para a salvação e para se chegar ao conhecimento da verdade. Paulo tem essa convicção, pois só por meio da oração vamos estar em sintonia com as propostas de Jesus. Rezar, rezar e rezar.
4. Sabedoria. “Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.” (Lc 16, 13).
Não existe aqui um elogio à desonestidade e a esperteza. O que se quer chegar é à proposta de comportamento dos cristãos: somos ingênuos no trato com as coisas de Deus: “os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”. (Lc 16, 8). Dinheiro? Para os pobres! Ser fiel nas pequenas coisas. Fazer opção: Deus ou o dinheiro? “Deus leva o homem à liberdade e à vida, através da justiça que gera a partilha e a fraternidade. As riquezas são resultado da opressão e da exploração, levando o homem à escravidão e à morte. É preciso escolher a qual dos dois queremos servir.” Vamos inverter os “valores” falsos do mundo e apresentar o verdadeiro valor: DEUS.
5. Conclusão.
Existe um mandamento muito claro: “Ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, e com todo o seu entendimento. Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: Ame ao seu próximo como a si mesmo. Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos”. (Mt 22, 37-40). Essas são as duas direções: na vertical – Deus; na horizontal – o próximo. O mundo faz outra proposta: tanto na vertical quanto na horizontal – EU. Será preciso inverter esta direção. Criar esta mentalidade nova significa criar um tempo novo. Significa escrever uma história nova. Como Jonas, devemos anunciar ao mundo (a grande cidade) a conversão.
Fonte:
Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Nesse Domingo, nosso encontro com o Ressuscitado nos leva a fazer opções sérias na nossa caminhada. E, sobretudo acolher as propostas revolucionárias do Reinado de Deus, que inverte os valores. Implantar esses valores em nosso coração e em nossa sociedade é um desafio. Os “valores” do mundo apontam para outras direções. Será preciso conversão. Uma mentalidade nova e uma atitude nova deve permear nosso comportamento e o comportamento da sociedade. Construir esse mundo novo é fazer da Eucaristia uma prática.
2. – Em defesa do pobre. “Contra aqueles que dominam os pobres com dinheiro.” (Am 8, 6).
Amós investe contra os que maquinam contra os pobres. Suas profecias são um forte discurso contra a falta de justiça existente nas classes dominadoras. Querem se aproveitar das circunstâncias de crise para explorar os pobres. Deus toma a defesa dos pobres. Como o salmo de hoje: Levanta da poeira o indigente e do lixo ele retira o pobrezinho, para fazê-lo assentar-se com os nobres, assentar-se com nobres do seu povo. (Sl 112, 7-9). Ou como canta Maria: “Ele realiza proezas com seu braço: dispersa os soberbos de coração, derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos enche de bens, e despede os ricos de mãos vazias.” (Mt 1, 51-53) Devemos também fazer a mesma opção de Deus: opção pelos pobres.
3. Rezar por todos. “Recomendo que se façam orações a Deus por todos os homens. Deus quer que todos sejam salvos.” (1Tm 2, 1).
Uma das primeiras recomendações que Paulo dá ao bispo Timóteo é a obrigação de rezar por todos, “para que tenhamos uma vida tranqüila e serena, com toda a piedade e dignidade”. Para que rezar? Para a salvação e para se chegar ao conhecimento da verdade. Paulo tem essa convicção, pois só por meio da oração vamos estar em sintonia com as propostas de Jesus. Rezar, rezar e rezar.
4. Sabedoria. “Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.” (Lc 16, 13).
Não existe aqui um elogio à desonestidade e a esperteza. O que se quer chegar é à proposta de comportamento dos cristãos: somos ingênuos no trato com as coisas de Deus: “os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”. (Lc 16, 8). Dinheiro? Para os pobres! Ser fiel nas pequenas coisas. Fazer opção: Deus ou o dinheiro? “Deus leva o homem à liberdade e à vida, através da justiça que gera a partilha e a fraternidade. As riquezas são resultado da opressão e da exploração, levando o homem à escravidão e à morte. É preciso escolher a qual dos dois queremos servir.” Vamos inverter os “valores” falsos do mundo e apresentar o verdadeiro valor: DEUS.
5. Conclusão.
Existe um mandamento muito claro: “Ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, e com todo o seu entendimento. Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: Ame ao seu próximo como a si mesmo. Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos”. (Mt 22, 37-40). Essas são as duas direções: na vertical – Deus; na horizontal – o próximo. O mundo faz outra proposta: tanto na vertical quanto na horizontal – EU. Será preciso inverter esta direção. Criar esta mentalidade nova significa criar um tempo novo. Significa escrever uma história nova. Como Jonas, devemos anunciar ao mundo (a grande cidade) a conversão.
Fonte:
Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
08/09/2010
BRAÇOS ABERTOS - XXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM
1. Introdução.
Fazemos neste Domingo a experiência do perdão e da misericórdia de Deus. Deus não desiste. Está sempre pronto a nos perdoar. A iniciativa sempre é dele. Mas nós devemos ter a coragem de empreender o caminho da volta. Gosto de dizer nas confissões, quando alguém se interroga: “Será que Deus vai me perdoar?” – “DEUS NÃO CONTA QUANTAS VEZES NÓS CAÍMOS, CONTA QUANTAS VEZES NÓS NOS LEVANTAMOS!”. Acolhe seu povo de volta, diante da prece de Moisés. Paulo proclama a misericórdia de Deus ao bispo Timóteo. E as três belas histórias do capitulo 15 de Lucas mostram a atitude de Deus para com os pecadores: tudo termina em FESTA! Neste mês da Bíblia também contemplamos a misericórdia de Deus para com o povo de Nínive.
2. Solidariedade. “E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer.” (Ex 32, 14).
Deus quer desistir deste seu povo. O único que vai escapar é Moisés. Moisés insiste na promessa feita aos antepassados. Deus então desiste do mal que havia ameaçado a fazer. Perdoa seu povo. Moisés prefigura Jesus que se faz solidário para com a humanidade e intercede por nós junto ao Pai.
3. Misericórdia. “Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores.” (1Tm 1, 15).
Paulo se apresenta como aquele que é exemplo do perdão e da misericórdia de Deus. Sua história, sua vida demonstram bem como Deus age na vida e na história das pessoas. Basta ter o coração aberto à ação de Deus. “O povo de Deus não é formado por pessoas que nunca erraram, mas por pecadores que se convertem e são salvos por pura graça.”
4. Festa! “Haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte” (Lc 15, 7).
Com certeza a mais bela página da Bíblia! Provocado, Jesus responde com as três histórias que demonstram como age o coração de Deus. Achada a ovelha se faz uma festa! Achada a moeda se faz uma festa! Achado o filho se faz uma festa! O perdão e a misericórdia são festas para o coração de Deus. Quem já fez a experiência da festa do perdão e da misericórdia de Deus sabe muito bem a alegria que se sentir perdoado e amado.
5. Conclusão.
Neste mês da Bíblia temos diante de nós a figura de Jonas. O livro de Jonas tem quatro partes: a vocação e a fuga de Jonas; Jonas no ventre do grande peixe; a pregação de Jonas e a conversão de Nínive e finalmente o desgosto de Jonas diante da misericórdia de Deus. A lição deste livrinho é nos mostrar que Deus é misericórdia e compaixão para com todos. E o que a Palavra de Deus nos ensina neste domingo é justamente isso: “Não sinto nenhum prazer com a morte do pecador. O que eu quero, é que ele mude de comportamento e viva. Convertam-se, convertam-se do seu mau comportamento.” (Ez 33, 11).
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Fazemos neste Domingo a experiência do perdão e da misericórdia de Deus. Deus não desiste. Está sempre pronto a nos perdoar. A iniciativa sempre é dele. Mas nós devemos ter a coragem de empreender o caminho da volta. Gosto de dizer nas confissões, quando alguém se interroga: “Será que Deus vai me perdoar?” – “DEUS NÃO CONTA QUANTAS VEZES NÓS CAÍMOS, CONTA QUANTAS VEZES NÓS NOS LEVANTAMOS!”. Acolhe seu povo de volta, diante da prece de Moisés. Paulo proclama a misericórdia de Deus ao bispo Timóteo. E as três belas histórias do capitulo 15 de Lucas mostram a atitude de Deus para com os pecadores: tudo termina em FESTA! Neste mês da Bíblia também contemplamos a misericórdia de Deus para com o povo de Nínive.
2. Solidariedade. “E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer.” (Ex 32, 14).
Deus quer desistir deste seu povo. O único que vai escapar é Moisés. Moisés insiste na promessa feita aos antepassados. Deus então desiste do mal que havia ameaçado a fazer. Perdoa seu povo. Moisés prefigura Jesus que se faz solidário para com a humanidade e intercede por nós junto ao Pai.
3. Misericórdia. “Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores.” (1Tm 1, 15).
Paulo se apresenta como aquele que é exemplo do perdão e da misericórdia de Deus. Sua história, sua vida demonstram bem como Deus age na vida e na história das pessoas. Basta ter o coração aberto à ação de Deus. “O povo de Deus não é formado por pessoas que nunca erraram, mas por pecadores que se convertem e são salvos por pura graça.”
4. Festa! “Haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte” (Lc 15, 7).
Com certeza a mais bela página da Bíblia! Provocado, Jesus responde com as três histórias que demonstram como age o coração de Deus. Achada a ovelha se faz uma festa! Achada a moeda se faz uma festa! Achado o filho se faz uma festa! O perdão e a misericórdia são festas para o coração de Deus. Quem já fez a experiência da festa do perdão e da misericórdia de Deus sabe muito bem a alegria que se sentir perdoado e amado.
5. Conclusão.
Neste mês da Bíblia temos diante de nós a figura de Jonas. O livro de Jonas tem quatro partes: a vocação e a fuga de Jonas; Jonas no ventre do grande peixe; a pregação de Jonas e a conversão de Nínive e finalmente o desgosto de Jonas diante da misericórdia de Deus. A lição deste livrinho é nos mostrar que Deus é misericórdia e compaixão para com todos. E o que a Palavra de Deus nos ensina neste domingo é justamente isso: “Não sinto nenhum prazer com a morte do pecador. O que eu quero, é que ele mude de comportamento e viva. Convertam-se, convertam-se do seu mau comportamento.” (Ez 33, 11).
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
03/09/2010
PROPOSTA RADICAL. - XXIII º DOMINGO DO TEMPO COMUM
1. Introdução.
Nosso encontro com o ressuscitado, neste Domingo, nos leva a fazer uma escolha radical. Jesus aponta opções sérias para a nossa vida. Não podemos levar uma “vidinha” tranqüila, ao nosso modo, mas fazer opções radicais em relação às escolhas para a construção do reino. Iniciando o mês da Bíblia, diante de nós está Jonas. Popularmente todos conhecem a história de Jonas, sobretudo aquela historinha de ter sido engolido por um grande peixe e ter ficado três dias na barriga dele para ser vomitado na praia depois. Mas a historinha tem, sobretudo, duas lições importantes para nós: fazer a experiência da misericórdia de Deus e assumir um compromisso sério com a Pastoral da Cidade segundo a ordem dada a Jonas e a nós: “Levanta-te e vai à grande cidade” (Jn 1,2).
2. A sabedoria de Deus. “Quem pode conhecer os desígnios do Senhor!” (Sb 9, 13)
Humanamente falando ninguém é capaz de descobrir a verdadeira Sabedoria. Fazemos nossas escolhas, mas muitas das vezes, voltados para os nossos projetos. Deus se mostra a nós. E de uma maneira singular se mostra em Jesus. A religião revelada, a verdadeira sabedoria é a que nos faz ter um encontro com Jesus.
3. Não mais escravos, mas livres. “Recebe-o, não mais como escravo, mas como um irmão querido.” (Fl v15).
Paulo entende que agora é necessário vigorar uma nova compreensão das relações. O escravo Onésimo, mais que um ser humano, agora é cristão. Filemon, seu patrão, deve acolhê-lo agora como um irmão. Foi muito difícil compreender essa nova relação. A escravidão foi uma chaga difícil de ser curada. Ainda hoje quantas são as situações de escravidão que predominam?
4. Proposta radical. “Qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo” (Lc 14, 33).
As propostas de Jesus sempre são radicais. Nada pela metade. Não mais laços sanguíneos. Tomar a cruz e caminhar atrás são propostas para assumir um projeto que é Dele. Para isso é preciso calcular o risco. Não se pode começar e desistir depois. Como numa construção ou como numa guerra. Estamos em processo de construção. Construção do Reino. Estamos numa guerra. Os enfrentamentos são perigosos. Renúncia. Chegar a alcançar aquilo que Paulo proclamava: “Já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20). Os santos entenderam essa radicalidade.
5. Conclusão
O fato de ser cristão hoje exige radicalidade. Renúncia. A proposta não é a nossa, mas a de Deus. A grande Sabedoria, revelada, que se chama Jesus. Com todas as suas conseqüências. Seguí-lo não é fácil. Ele fala de renunciar os laços humanos, assumir a cruz, seguir seus passos. Sabemos bem onde isso tudo vai dar: em Jerusalém, na cruz. São esses passos que Ele pede de nós. Com coragem ira à grande cidade, apresentar a proposta de Deus, com o risco de ser crucificado. Não podemos fazer igual a Jonas: fugir. Ao contrario, abrir-se ao chamado e dizer: Eis-me aqui Senhor...
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Nosso encontro com o ressuscitado, neste Domingo, nos leva a fazer uma escolha radical. Jesus aponta opções sérias para a nossa vida. Não podemos levar uma “vidinha” tranqüila, ao nosso modo, mas fazer opções radicais em relação às escolhas para a construção do reino. Iniciando o mês da Bíblia, diante de nós está Jonas. Popularmente todos conhecem a história de Jonas, sobretudo aquela historinha de ter sido engolido por um grande peixe e ter ficado três dias na barriga dele para ser vomitado na praia depois. Mas a historinha tem, sobretudo, duas lições importantes para nós: fazer a experiência da misericórdia de Deus e assumir um compromisso sério com a Pastoral da Cidade segundo a ordem dada a Jonas e a nós: “Levanta-te e vai à grande cidade” (Jn 1,2).
2. A sabedoria de Deus. “Quem pode conhecer os desígnios do Senhor!” (Sb 9, 13)
Humanamente falando ninguém é capaz de descobrir a verdadeira Sabedoria. Fazemos nossas escolhas, mas muitas das vezes, voltados para os nossos projetos. Deus se mostra a nós. E de uma maneira singular se mostra em Jesus. A religião revelada, a verdadeira sabedoria é a que nos faz ter um encontro com Jesus.
3. Não mais escravos, mas livres. “Recebe-o, não mais como escravo, mas como um irmão querido.” (Fl v15).
Paulo entende que agora é necessário vigorar uma nova compreensão das relações. O escravo Onésimo, mais que um ser humano, agora é cristão. Filemon, seu patrão, deve acolhê-lo agora como um irmão. Foi muito difícil compreender essa nova relação. A escravidão foi uma chaga difícil de ser curada. Ainda hoje quantas são as situações de escravidão que predominam?
4. Proposta radical. “Qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo” (Lc 14, 33).
As propostas de Jesus sempre são radicais. Nada pela metade. Não mais laços sanguíneos. Tomar a cruz e caminhar atrás são propostas para assumir um projeto que é Dele. Para isso é preciso calcular o risco. Não se pode começar e desistir depois. Como numa construção ou como numa guerra. Estamos em processo de construção. Construção do Reino. Estamos numa guerra. Os enfrentamentos são perigosos. Renúncia. Chegar a alcançar aquilo que Paulo proclamava: “Já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20). Os santos entenderam essa radicalidade.
5. Conclusão
O fato de ser cristão hoje exige radicalidade. Renúncia. A proposta não é a nossa, mas a de Deus. A grande Sabedoria, revelada, que se chama Jesus. Com todas as suas conseqüências. Seguí-lo não é fácil. Ele fala de renunciar os laços humanos, assumir a cruz, seguir seus passos. Sabemos bem onde isso tudo vai dar: em Jerusalém, na cruz. São esses passos que Ele pede de nós. Com coragem ira à grande cidade, apresentar a proposta de Deus, com o risco de ser crucificado. Não podemos fazer igual a Jonas: fugir. Ao contrario, abrir-se ao chamado e dizer: Eis-me aqui Senhor...
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
12/08/2010
ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA - 15 de Agosto
Introdução.
No dia 1º de Novembro de 1950, Pio XII declarou como verdade infalível de nossa fé, que Maria “a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste”. Celebramos hoje esta festa, que declara Maria já assumindo a condição de resgatada para junto de Deus, como seu Filho. As correntes de pensamento que se dividem entre a sua possível morte ou a sua simples arrebatação, já na velhice, sem experimentar as sombras da morte não são contempladas pela declaração papal. Para a Igreja importa é que Maria já está junto de Deus, destino que cada um de nós deve procurar, assumindo o que Maria assumiu aqui, enquanto personagem de nossa história: o projeto de Deus, se colocando totalmente disponível a Ele. Para Maria, Assunção significa o definitivo reencontro entre a Mãe e o Filho. Para nós, significa a concretização do nosso próprio destino futuro.
2. Vencer os dragões de ontem e de hoje... “Uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés.” (Ap 12, 1).
A figura da mulher é a figura da vida. A figura do dragão é a figura da morte. A mulher, para o redator, sem dúvida é a Igreja que vence as tribulações e perseguições de seu início. O dragão, sem dúvida, é sinal de todos os desafios que queriam impedir o avanço do Reino. A tradição junta à figura desta mulher a pessoa de Maria, que vence o dragão e assume o projeto de Deus. Nós hoje somos chamados a enfrentar os desafios e assumir o Reino, para também alcançar o que Maria alcançou.
3. Ressuscitada com o Ressuscitado! “Cristo, como primícias; depois os que pertencem a Cristo.” (1Cor 15, 23).
São Paulo discorre sobre a ressurreição de um modo apaixonado. Prova que pela morte vem a vida. Uma transformação gloriosa, descrita por Paulo, de uma maneira não científica, mas que entra na dimensão da fé: um corpo glorioso, semelhante ao corpo do Ressuscitado. Maria antecipa esta transformação é já está glorificada junto de seu Filho, no céu. Um aceno para todos nós, nos chamando a participar também desta glorificação!
4. Cantar as belezas da vida... “O Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor: elevou os humildes.” (Lc 1, 49.52).
O cântico de Maria é o cantar das maravilhas que Deus realizou, realiza e vai realizar. O mistério da presença de Deus na nossa história traz a segurança de que não estamos sozinhos. Caminhar com Ele é ter certeza que os excluídos, os fracos, os famintos terão vez e voz. A jovem que cantou estas maravilhas concretiza este sonho de todos nós é já recebeu a recompensa definitiva: já está junto de Deus em corpo e alma.
5. Conclusão.
A festa de hoje é um aceno que Maria faz para todos nós. Ela assumiu já a condição que cada um de nós vai assumir se retamente nos deixar guiar pelas propostas de Deus. Dar com convicção o nosso “sim”, seguir com fidelidade nossa vocação, levar Jesus às pessoas... Imitar Maria em vida para depois, com ela, triunfar eternamente no céu. A festa da Assunção de Maria é a festa que nos aponta para o céu, nosso lugar definitivo.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
No dia 1º de Novembro de 1950, Pio XII declarou como verdade infalível de nossa fé, que Maria “a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste”. Celebramos hoje esta festa, que declara Maria já assumindo a condição de resgatada para junto de Deus, como seu Filho. As correntes de pensamento que se dividem entre a sua possível morte ou a sua simples arrebatação, já na velhice, sem experimentar as sombras da morte não são contempladas pela declaração papal. Para a Igreja importa é que Maria já está junto de Deus, destino que cada um de nós deve procurar, assumindo o que Maria assumiu aqui, enquanto personagem de nossa história: o projeto de Deus, se colocando totalmente disponível a Ele. Para Maria, Assunção significa o definitivo reencontro entre a Mãe e o Filho. Para nós, significa a concretização do nosso próprio destino futuro.
2. Vencer os dragões de ontem e de hoje... “Uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés.” (Ap 12, 1).
A figura da mulher é a figura da vida. A figura do dragão é a figura da morte. A mulher, para o redator, sem dúvida é a Igreja que vence as tribulações e perseguições de seu início. O dragão, sem dúvida, é sinal de todos os desafios que queriam impedir o avanço do Reino. A tradição junta à figura desta mulher a pessoa de Maria, que vence o dragão e assume o projeto de Deus. Nós hoje somos chamados a enfrentar os desafios e assumir o Reino, para também alcançar o que Maria alcançou.
3. Ressuscitada com o Ressuscitado! “Cristo, como primícias; depois os que pertencem a Cristo.” (1Cor 15, 23).
São Paulo discorre sobre a ressurreição de um modo apaixonado. Prova que pela morte vem a vida. Uma transformação gloriosa, descrita por Paulo, de uma maneira não científica, mas que entra na dimensão da fé: um corpo glorioso, semelhante ao corpo do Ressuscitado. Maria antecipa esta transformação é já está glorificada junto de seu Filho, no céu. Um aceno para todos nós, nos chamando a participar também desta glorificação!
4. Cantar as belezas da vida... “O Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor: elevou os humildes.” (Lc 1, 49.52).
O cântico de Maria é o cantar das maravilhas que Deus realizou, realiza e vai realizar. O mistério da presença de Deus na nossa história traz a segurança de que não estamos sozinhos. Caminhar com Ele é ter certeza que os excluídos, os fracos, os famintos terão vez e voz. A jovem que cantou estas maravilhas concretiza este sonho de todos nós é já recebeu a recompensa definitiva: já está junto de Deus em corpo e alma.
5. Conclusão.
A festa de hoje é um aceno que Maria faz para todos nós. Ela assumiu já a condição que cada um de nós vai assumir se retamente nos deixar guiar pelas propostas de Deus. Dar com convicção o nosso “sim”, seguir com fidelidade nossa vocação, levar Jesus às pessoas... Imitar Maria em vida para depois, com ela, triunfar eternamente no céu. A festa da Assunção de Maria é a festa que nos aponta para o céu, nosso lugar definitivo.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
09/08/2010
TER OS OLHOS BEM ABERTOS! XIXº DOMINGO DO TEMPO COMUM
Introdução.
O encontro com o Ressuscitado neste domingo, nos ajuda a aprofundar as reflexões de domingo passado. O apego aos bens deste mundo vai dificultar a prever os bens necessários para nossa salvação. A Semana Nacional da Família que iniciamos hoje também nos ajuda a buscar os verdadeiros valores: Família Formadora de Valores Humanos e Cristãos. E o dia dos pais vai incentivar a buscar esses valores do Reino aos pais verdadeirmante cristão e responsáveis.
Na espera, celebrar. “Aquilo com que puniste nossos adversários, serviu também para glorificar-nos” (Sb 18, 8).
A espera da libertação, como promessa de Deus colocava no coração do povo escravo no Egito a energia, a segurança e a esperança de um dia provar da liberdade. Tanto assim que celebravam às escondidas o sacrifício pascal. Enquanto esperamos também devemos celebrar com energia, segurança e esperança.
Fé dinâmica. “Esperava a cidade que tem Deus mesmo por arquiteto e construtor.” (Hb 11, 10).
O capítulo 11 de Hb está permeado de exemplos de pessoas plenas de fé: Abel, Henoc, Noé. O texto de hoje se limita ao pai da fé: Abraão. Não uma fé que aguarda os acontecimentos caírem prontos do céu, mas no dinamismo de quem faz acontecer: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.” (Pra não dizer que não falei das flores; - Geraldo Vandré).
Estar prontos. “Vós também, ficai preparados!” (Lc 12, 40).
As propostas de Jesus são claras: rins cingidos e lâmpadas acesas! Rins cingidos: amarrar a longa túnica numa alegoria para facilitar a caminhada e não tropeçar... E também para tornar o serviço mais ágil. Lâmpadas acesas: nada mais importante na noite escura ter lâmpadas acesas, alegoria do vigia que está cordado, com os olhos bem abertos. Tudo na dimensão do Reino: “Vendam os seus bens e dêem o dinheiro em esmola. Façam bolsas que não envelheçam, um tesouro que não perde o seu valor no céu: lá o ladrão não chega, nem a traça rói. De fato, onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração.” (Lc 12, 33).
Conclusão.
Deixar tudo. Seguir o Senhor. Ter esperança. Assumir os sinais do reino de Deus: desapego, partilha, solidariedade. Dar livremente o que se tem para àqueles que estão passando necessidade. Que sejamos formadores de valores humanos e cristãos como nos pede a Semana Nacional da Família.
Fonte:Mons. Antonio Romulo Zagotto.
catedral@dci.org.br
O encontro com o Ressuscitado neste domingo, nos ajuda a aprofundar as reflexões de domingo passado. O apego aos bens deste mundo vai dificultar a prever os bens necessários para nossa salvação. A Semana Nacional da Família que iniciamos hoje também nos ajuda a buscar os verdadeiros valores: Família Formadora de Valores Humanos e Cristãos. E o dia dos pais vai incentivar a buscar esses valores do Reino aos pais verdadeirmante cristão e responsáveis.
Na espera, celebrar. “Aquilo com que puniste nossos adversários, serviu também para glorificar-nos” (Sb 18, 8).
A espera da libertação, como promessa de Deus colocava no coração do povo escravo no Egito a energia, a segurança e a esperança de um dia provar da liberdade. Tanto assim que celebravam às escondidas o sacrifício pascal. Enquanto esperamos também devemos celebrar com energia, segurança e esperança.
Fé dinâmica. “Esperava a cidade que tem Deus mesmo por arquiteto e construtor.” (Hb 11, 10).
O capítulo 11 de Hb está permeado de exemplos de pessoas plenas de fé: Abel, Henoc, Noé. O texto de hoje se limita ao pai da fé: Abraão. Não uma fé que aguarda os acontecimentos caírem prontos do céu, mas no dinamismo de quem faz acontecer: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.” (Pra não dizer que não falei das flores; - Geraldo Vandré).
Estar prontos. “Vós também, ficai preparados!” (Lc 12, 40).
As propostas de Jesus são claras: rins cingidos e lâmpadas acesas! Rins cingidos: amarrar a longa túnica numa alegoria para facilitar a caminhada e não tropeçar... E também para tornar o serviço mais ágil. Lâmpadas acesas: nada mais importante na noite escura ter lâmpadas acesas, alegoria do vigia que está cordado, com os olhos bem abertos. Tudo na dimensão do Reino: “Vendam os seus bens e dêem o dinheiro em esmola. Façam bolsas que não envelheçam, um tesouro que não perde o seu valor no céu: lá o ladrão não chega, nem a traça rói. De fato, onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração.” (Lc 12, 33).
Conclusão.
Deixar tudo. Seguir o Senhor. Ter esperança. Assumir os sinais do reino de Deus: desapego, partilha, solidariedade. Dar livremente o que se tem para àqueles que estão passando necessidade. Que sejamos formadores de valores humanos e cristãos como nos pede a Semana Nacional da Família.
Fonte:Mons. Antonio Romulo Zagotto.
catedral@dci.org.br
04/08/2010
BENS DO REINO -XVIIIº DOMINGO DO TEMPO COMUM
Introdução.
Neste primeiro domingo do mês de agosto, iniciando nosso mês vocacional, nos encontramos com o Ressuscitado que nos aponta os valores do Reino. Aos cidadãos do Reino não cabe o acúmulo de bens materiais. Nossa vocação nos destina a valores que não perecem: coisas do alto, como nos diz São Paulo. O povo na sua sabedoria bem diz: “Caixão não tem gaveta!”. Bens materiais acumulados não serão levados. Vão ficar, para muitas vezes, gerar divisão familiar, brigas, rompimentos... O conselho de Jesus é muito claro: “Acumulai para vós tesouros no céu, onde a ferrugem e a traça não corroem e onde os ladrões não assaltam nem roubam.” (Mt 6, 20).
Valores. “Que resta ao homem de todos os seus trabalhos?” (Ecl 2, 22).
A poesia do Livro do Eclesiastes tem uma frase tão guardada e repetida pelo nosso povo: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade!” (Ecl 1, 2). Mais uma vez prevalece a palavra de Jesus: “De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua vida?” (Mt 16, 26). O verdadeiro sábio é aquele que descobre que a vida é passageira.
Coisas do alto. “Esforçai-vos para alcançar as coisas do alto, onde está Cristo.” (Cl 3, 1).
São Paulo apresenta uma listinha das coisas que ainda nos prendem a terra: imoralidade, impureza, paixão, maus desejos, cobiça, mentira... E podíamos acrescentar ainda mais uma dezenas de pecados que nos prendem a este mundo. Mas Paulo insiste: revestistes-vos do homem novo. Por isso buscar as coisas que têm verdadeiro valor: as coisas do alto. Os “bens” deste mundo devem ser estirpados, cortados pela raiz. Um longo processo de conversão.
Acúmulo inútil. “E para quem ficará o que acumulaste?” (Lc 12, 20).
O verdadeiro valor para o discípulo é – “Buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça; e Jesus continua – o resto vos será dado por acréscimo.” (Lc 12, 31). Resto – a sobra, o que não tem valor. Acumular bens é não ter confiança. Não somos daqui. Estamos aqui apenas de passagem. Fica aqui o exemplo daquelas pessoas que no momento do sepultamento ouvem as palavras consoladoras de Jesus: “Vinde bendito de meu Pai.” (Mt 25, 34). Fizeram tanto bem e não levam bem material nenhum! Só bens espirituais! Apresentam-se diante de Deus de mão cheias!
Conclusão.
O salmo de hoje nos ajuda na nossa conclusão:
(Sl 89, 3-6)
“Vós fazeis voltar ao pó todo ser mortal, quando dizeis: ‘voltai ao pó, filhos de Adão!’ Pois mil anos são para vós como ontem, qual vigília de uma noite que passou.
Eles passam como o sono da manhã, são iguais à erva verde pelos campos: De manhã ela floresce vicejante, mas à tarde é cortada e logo seca.”
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org. br
Neste primeiro domingo do mês de agosto, iniciando nosso mês vocacional, nos encontramos com o Ressuscitado que nos aponta os valores do Reino. Aos cidadãos do Reino não cabe o acúmulo de bens materiais. Nossa vocação nos destina a valores que não perecem: coisas do alto, como nos diz São Paulo. O povo na sua sabedoria bem diz: “Caixão não tem gaveta!”. Bens materiais acumulados não serão levados. Vão ficar, para muitas vezes, gerar divisão familiar, brigas, rompimentos... O conselho de Jesus é muito claro: “Acumulai para vós tesouros no céu, onde a ferrugem e a traça não corroem e onde os ladrões não assaltam nem roubam.” (Mt 6, 20).
Valores. “Que resta ao homem de todos os seus trabalhos?” (Ecl 2, 22).
A poesia do Livro do Eclesiastes tem uma frase tão guardada e repetida pelo nosso povo: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade!” (Ecl 1, 2). Mais uma vez prevalece a palavra de Jesus: “De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua vida?” (Mt 16, 26). O verdadeiro sábio é aquele que descobre que a vida é passageira.
Coisas do alto. “Esforçai-vos para alcançar as coisas do alto, onde está Cristo.” (Cl 3, 1).
São Paulo apresenta uma listinha das coisas que ainda nos prendem a terra: imoralidade, impureza, paixão, maus desejos, cobiça, mentira... E podíamos acrescentar ainda mais uma dezenas de pecados que nos prendem a este mundo. Mas Paulo insiste: revestistes-vos do homem novo. Por isso buscar as coisas que têm verdadeiro valor: as coisas do alto. Os “bens” deste mundo devem ser estirpados, cortados pela raiz. Um longo processo de conversão.
Acúmulo inútil. “E para quem ficará o que acumulaste?” (Lc 12, 20).
O verdadeiro valor para o discípulo é – “Buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça; e Jesus continua – o resto vos será dado por acréscimo.” (Lc 12, 31). Resto – a sobra, o que não tem valor. Acumular bens é não ter confiança. Não somos daqui. Estamos aqui apenas de passagem. Fica aqui o exemplo daquelas pessoas que no momento do sepultamento ouvem as palavras consoladoras de Jesus: “Vinde bendito de meu Pai.” (Mt 25, 34). Fizeram tanto bem e não levam bem material nenhum! Só bens espirituais! Apresentam-se diante de Deus de mão cheias!
Conclusão.
O salmo de hoje nos ajuda na nossa conclusão:
(Sl 89, 3-6)
“Vós fazeis voltar ao pó todo ser mortal, quando dizeis: ‘voltai ao pó, filhos de Adão!’ Pois mil anos são para vós como ontem, qual vigília de uma noite que passou.
Eles passam como o sono da manhã, são iguais à erva verde pelos campos: De manhã ela floresce vicejante, mas à tarde é cortada e logo seca.”
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org. br
26/07/2010
DISCÍPULO ORANTE. XVIIº DOMINGO DO TEMPO COMUM
Introdução.
Nosso encontro com o Ressuscitado, neste Domingo, nos leva a entender que ainda temos que aprender muito do Mestre. Jesus nos leva a entender a necessidade de aprendermos. Aprender como discípulos. Na escola d’Ele. Como a discípula Maria, de domingo passado. Sentados aos seus pés. O discipulado primeiro para a ação depois. Os grandes seguidores vivenciaram a experiência da contemplação e da oração. Jesus mesmo dá o exemplo. E assim estimula seus seguidores: Ensina-nos! (Lc, 11,1). Este deve também ser o nosso pedido.
Rezar, rezar e rezar... “Que o meu Senhor não se irrite, se eu falar” (Gn18, 32).
O poder da oração move o coração de Deus! A exigência de Deus é que haja um grupo de justos no meio do povo. Ser justo para a Bíblia significa ser santo. Os que estão em sintonia com o coração de Deus. Em outros textos Deus vai exigir um numero menor dos que os dez de Abraão. No final basta o Justo por excelência: JESUS. Sua oração definitiva na cruz salva toda a humanidade.
Conta cancelada. “Deus vos trouxe para a vida, junto com Cristo e a todos nós perdoou os pecados.” (Cl 2, 13).
Não temos mais dívidas para com Deus. Pelo Batismo fomos sepultados e ressuscitamos. Estávamos mortos e temos vida. Éramos devedores e agora temos nossa dívida cancelada. Jesus é o nosso Salvador. Na cruz a humanidade toda foi pregada para da mesma cruz sair liberta. Os paradoxos – morte x ressurreição, pecado x graça, escravos x livres, tão presentes no batismo se mostram reais na nossa vida: homens novos, criaturas novas.
Ensina-nos. “Pedi e recebereis” (Lc 11, 9).
Jesus não quer ensinar uma fórmula ou um método para rezar, mas nos ensina a necessidade de nos aproximar de Deus. Ele é nosso Pai. Pai, pão e perdão. Três dimensões que deverão estar sempre presente em nossas orações. Tudo isso na dimensão do Reino: Pai - um Deus próximo de nós; Pão – basta o necessário para cada dia; Perdão – somos irmãos e irmãs.
Conclusão.
As relações descritas no Evangelho ao se fazer os pedidos são de amigo para amigo e de pai para filho. Abraão conversa com Deus como se conversa com um amigo. Nós vamos estar em sintonia com Deus se tivermos esta relação de amigo e de filhos. Deus vai estar atento aos nossos pedidos e por meio de Jesus vai ouvir nossas preces.
Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Nosso encontro com o Ressuscitado, neste Domingo, nos leva a entender que ainda temos que aprender muito do Mestre. Jesus nos leva a entender a necessidade de aprendermos. Aprender como discípulos. Na escola d’Ele. Como a discípula Maria, de domingo passado. Sentados aos seus pés. O discipulado primeiro para a ação depois. Os grandes seguidores vivenciaram a experiência da contemplação e da oração. Jesus mesmo dá o exemplo. E assim estimula seus seguidores: Ensina-nos! (Lc, 11,1). Este deve também ser o nosso pedido.
Rezar, rezar e rezar... “Que o meu Senhor não se irrite, se eu falar” (Gn18, 32).
O poder da oração move o coração de Deus! A exigência de Deus é que haja um grupo de justos no meio do povo. Ser justo para a Bíblia significa ser santo. Os que estão em sintonia com o coração de Deus. Em outros textos Deus vai exigir um numero menor dos que os dez de Abraão. No final basta o Justo por excelência: JESUS. Sua oração definitiva na cruz salva toda a humanidade.
Conta cancelada. “Deus vos trouxe para a vida, junto com Cristo e a todos nós perdoou os pecados.” (Cl 2, 13).
Não temos mais dívidas para com Deus. Pelo Batismo fomos sepultados e ressuscitamos. Estávamos mortos e temos vida. Éramos devedores e agora temos nossa dívida cancelada. Jesus é o nosso Salvador. Na cruz a humanidade toda foi pregada para da mesma cruz sair liberta. Os paradoxos – morte x ressurreição, pecado x graça, escravos x livres, tão presentes no batismo se mostram reais na nossa vida: homens novos, criaturas novas.
Ensina-nos. “Pedi e recebereis” (Lc 11, 9).
Jesus não quer ensinar uma fórmula ou um método para rezar, mas nos ensina a necessidade de nos aproximar de Deus. Ele é nosso Pai. Pai, pão e perdão. Três dimensões que deverão estar sempre presente em nossas orações. Tudo isso na dimensão do Reino: Pai - um Deus próximo de nós; Pão – basta o necessário para cada dia; Perdão – somos irmãos e irmãs.
Conclusão.
As relações descritas no Evangelho ao se fazer os pedidos são de amigo para amigo e de pai para filho. Abraão conversa com Deus como se conversa com um amigo. Nós vamos estar em sintonia com Deus se tivermos esta relação de amigo e de filhos. Deus vai estar atento aos nossos pedidos e por meio de Jesus vai ouvir nossas preces.
Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
19/07/2010
MINHA CASA, SUA CASA. XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM.
Introdução.
Mais uma vez vamos celebrar a Páscoa Semanal do Senhor Jesus. Reunimos-nos para ouvir a Palavra e receber o Alimento. Ao invés de acolher o Senhor em nossa casa é Ele quem nos acolhe. E nesse aconchego aprendemos a necessidade de também acolher o outro. Mesmo desconhecido. Andarilhos, excluídos, os sem teto...
2. Hospitalidade. "Meu Senhor, peço-te que não prossigas viagem, sem parar junto a mim, teu servo. (Gn 18, 3)
A tenda de Abraão e Sara se coloca aberta para acolher. Os três desconhecidos são acolhidos com o que se tem de melhor: água para lavar os cansados pés, pão de farinha fina, carne de novilho tenro, coalhada, leite... “Não vos esqueçais da hospitalidade pela qual alguns, sem saber, hospedaram os anjos”. (Hb 13, 2). Em recompensa receberam a promessa de um filho, Isaac, o filho da promessa.
3. Vivência. “O mistério escondido por séculos e gerações, mas agora revelado aos seus santos. (Cl 1, 26)
Paulo acolhe a proposta de Deus em seu coração. Mas não guarda para si. Quer comunicar esse tesouro a todos. Enfrenta desafios. Sofre para dar conta de sua missão. Tudo em solidariedade para com a Igreja. Não basta teorizar! É preciso colocar em prática nosso cristianismo.
4. Melhor parte. “Marta, recebeu-o em sua casa. Maria escolheu a melhor parte.” (Lc 10, 38.42)
A proposta não é colocar Marta e Maria se digladiando. O pano de fundo está na novidade do Reino. A liberdade da mulher em também ser discípula. Jesus vem trazer uma proposta nova. Não os costumes da tradição que ainda hoje prevalece: “lugar de mulher é na cozinha!”. Lugar de todos nós é ser discípulos. Muito em sintonia com Aparecida: discípulos/missionários.
5. Conclusão.
Cada um de nós é chamado a colher. E ser acolhido. Ouvir e servir. Juntar as duas propostas e fazer de nossa ação uma mudança de paradigmas. O mundo hoje precisa entrar em sintonia com as linhas do Reino. E somos nós os encarregados de fazer valer o que o Reino pede a todos. Abertos ao acolhimento. Abertos ao ser missionário. Abertos à não exclusão. Todos discípulos/missionários.
Fonte:Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Mais uma vez vamos celebrar a Páscoa Semanal do Senhor Jesus. Reunimos-nos para ouvir a Palavra e receber o Alimento. Ao invés de acolher o Senhor em nossa casa é Ele quem nos acolhe. E nesse aconchego aprendemos a necessidade de também acolher o outro. Mesmo desconhecido. Andarilhos, excluídos, os sem teto...
2. Hospitalidade. "Meu Senhor, peço-te que não prossigas viagem, sem parar junto a mim, teu servo. (Gn 18, 3)
A tenda de Abraão e Sara se coloca aberta para acolher. Os três desconhecidos são acolhidos com o que se tem de melhor: água para lavar os cansados pés, pão de farinha fina, carne de novilho tenro, coalhada, leite... “Não vos esqueçais da hospitalidade pela qual alguns, sem saber, hospedaram os anjos”. (Hb 13, 2). Em recompensa receberam a promessa de um filho, Isaac, o filho da promessa.
3. Vivência. “O mistério escondido por séculos e gerações, mas agora revelado aos seus santos. (Cl 1, 26)
Paulo acolhe a proposta de Deus em seu coração. Mas não guarda para si. Quer comunicar esse tesouro a todos. Enfrenta desafios. Sofre para dar conta de sua missão. Tudo em solidariedade para com a Igreja. Não basta teorizar! É preciso colocar em prática nosso cristianismo.
4. Melhor parte. “Marta, recebeu-o em sua casa. Maria escolheu a melhor parte.” (Lc 10, 38.42)
A proposta não é colocar Marta e Maria se digladiando. O pano de fundo está na novidade do Reino. A liberdade da mulher em também ser discípula. Jesus vem trazer uma proposta nova. Não os costumes da tradição que ainda hoje prevalece: “lugar de mulher é na cozinha!”. Lugar de todos nós é ser discípulos. Muito em sintonia com Aparecida: discípulos/missionários.
5. Conclusão.
Cada um de nós é chamado a colher. E ser acolhido. Ouvir e servir. Juntar as duas propostas e fazer de nossa ação uma mudança de paradigmas. O mundo hoje precisa entrar em sintonia com as linhas do Reino. E somos nós os encarregados de fazer valer o que o Reino pede a todos. Abertos ao acolhimento. Abertos ao ser missionário. Abertos à não exclusão. Todos discípulos/missionários.
Fonte:Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
12/07/2010
RETRATO FALADO - .XV DOMINGO DO TEMPO COMUM
Introdução.
A cada Domingo nos encontramos com o Ressuscitado e com nossos irmãos e irmãs. Com esse grupo seleto com quem convivemos parece ser fácil partilhar e conviver. Nossas relações, dentro da Comunidade são facilitadas pela rapidez do encontro e pelo descompromisso de uma convivência mais prolongada. A Comunidade artificial na qual convivemos, cantamos, rezamos, nos cumprimentamos não cria laços de fraternidade, partilha e solidariedade. Saímos daqui e nos tornamos desconhecidos, continuando a viver a nossa vidinha...
No nosso alcance. Ao contrário, esta palavra está bem ao teu alcance, está em tua boca e em teu coração, para que a possas cumprir. (Dt 30, 14)
Deus quer fazer o povo seguir os mandamentos. Coisas simples e possíveis para qualquer ser humano. Deus não exige de nós coisas impossíveis. “... não é difícil demais e nem está fora do teu alcance.” (Dt 30, 11). Jesus mesmo vai dizer que os mandamentos todos se resumem de uma maneira prática e sintética: “Ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, e com todo o seu entendimento. Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: Ame ao seu próximo como a si mesmo. Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos.” (Mt 22, 37-40). Basta isso!
Cristo imagem de Deus. Próximo imagem de Cristo. “Cristo é a imagem do Deus invisível.” (Cl 1, 15).
Gosto de parafrasear a palavra de Jesus para Filipe: “Faz tanto tempo que estou no meio de vocês, e você ainda não me conhece, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que você diz: ‘Mostra-nos o Pai’?” (Jo 14, 9). QUEM ME VIU, VIU JESUS? Se Jesus é a imagem do Pai, e se o próximo é a de Jesus, necessariamente devemos ver Jesus nos outros. E também nós devemos retratar Jesus.
Retrato falado. “E quem é o meu próximo?” (Lc 10, 29)
O terceiro texto é o belo texto da parábola do Bom Samaritano: “Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu, e teve compaixão.” (Lc 10,33) O sacerdote passa de nariz empinado e vai para o templo. O levita a mesma coisa. O samaritano não! Teve compaixão. Larga seu projeto e se mistura ao homem todo quebrado. Que nem conhecia! Cuida primeiro daquele lascado da vida e só depois de tudo acertado continua sua viagem. Um comentário sobre o verbete compaixão me chamou a atenção. Alguém escreveu: “Ter compaixão é jogar-se na lama com aquele que está todo enlameado.” Penso que resume bem o que é ter compaixão. Fazer como Deus. Enlameou-se com a nossa lama: desceu, esvaziou-se, teve compaixão. Que seria de nós se Ele não tivesse tido compaixão de nós? E quantos que precisam que também nós tenhamos coragem de padecer com eles. Padecer juntos. Muitas vezes sem dizer nada. Apenas estar presente no momento da dor. Ser presença. Isso basta! Saber que alguém está comigo no momento em que mais preciso será consolador. Vamos descer, vamos nos esvaziar, vamos ter compaixão. O mundo será diferente. Nós seremos diferentes!
Conclusão.
A Palavra de Deus nos mostra o caminho para o outro. Num mundo onde se preconiza o egoísmo, o fechamento, o individualismo, Jesus vem propor uma nova maneira de se viver. Tenho dito nas Comunidades que o modo de viver do mundo é assim: tenho um pão e esse pão é só meu. O modo de viver do cristão é diferente: tenho um pão e esse pão é nosso! Repartido, partilhado, solidarizado... Se vivêssemos assim o mundo seria diferente.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
A cada Domingo nos encontramos com o Ressuscitado e com nossos irmãos e irmãs. Com esse grupo seleto com quem convivemos parece ser fácil partilhar e conviver. Nossas relações, dentro da Comunidade são facilitadas pela rapidez do encontro e pelo descompromisso de uma convivência mais prolongada. A Comunidade artificial na qual convivemos, cantamos, rezamos, nos cumprimentamos não cria laços de fraternidade, partilha e solidariedade. Saímos daqui e nos tornamos desconhecidos, continuando a viver a nossa vidinha...
No nosso alcance. Ao contrário, esta palavra está bem ao teu alcance, está em tua boca e em teu coração, para que a possas cumprir. (Dt 30, 14)
Deus quer fazer o povo seguir os mandamentos. Coisas simples e possíveis para qualquer ser humano. Deus não exige de nós coisas impossíveis. “... não é difícil demais e nem está fora do teu alcance.” (Dt 30, 11). Jesus mesmo vai dizer que os mandamentos todos se resumem de uma maneira prática e sintética: “Ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, e com todo o seu entendimento. Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: Ame ao seu próximo como a si mesmo. Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos.” (Mt 22, 37-40). Basta isso!
Cristo imagem de Deus. Próximo imagem de Cristo. “Cristo é a imagem do Deus invisível.” (Cl 1, 15).
Gosto de parafrasear a palavra de Jesus para Filipe: “Faz tanto tempo que estou no meio de vocês, e você ainda não me conhece, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que você diz: ‘Mostra-nos o Pai’?” (Jo 14, 9). QUEM ME VIU, VIU JESUS? Se Jesus é a imagem do Pai, e se o próximo é a de Jesus, necessariamente devemos ver Jesus nos outros. E também nós devemos retratar Jesus.
Retrato falado. “E quem é o meu próximo?” (Lc 10, 29)
O terceiro texto é o belo texto da parábola do Bom Samaritano: “Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu, e teve compaixão.” (Lc 10,33) O sacerdote passa de nariz empinado e vai para o templo. O levita a mesma coisa. O samaritano não! Teve compaixão. Larga seu projeto e se mistura ao homem todo quebrado. Que nem conhecia! Cuida primeiro daquele lascado da vida e só depois de tudo acertado continua sua viagem. Um comentário sobre o verbete compaixão me chamou a atenção. Alguém escreveu: “Ter compaixão é jogar-se na lama com aquele que está todo enlameado.” Penso que resume bem o que é ter compaixão. Fazer como Deus. Enlameou-se com a nossa lama: desceu, esvaziou-se, teve compaixão. Que seria de nós se Ele não tivesse tido compaixão de nós? E quantos que precisam que também nós tenhamos coragem de padecer com eles. Padecer juntos. Muitas vezes sem dizer nada. Apenas estar presente no momento da dor. Ser presença. Isso basta! Saber que alguém está comigo no momento em que mais preciso será consolador. Vamos descer, vamos nos esvaziar, vamos ter compaixão. O mundo será diferente. Nós seremos diferentes!
Conclusão.
A Palavra de Deus nos mostra o caminho para o outro. Num mundo onde se preconiza o egoísmo, o fechamento, o individualismo, Jesus vem propor uma nova maneira de se viver. Tenho dito nas Comunidades que o modo de viver do mundo é assim: tenho um pão e esse pão é só meu. O modo de viver do cristão é diferente: tenho um pão e esse pão é nosso! Repartido, partilhado, solidarizado... Se vivêssemos assim o mundo seria diferente.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
05/07/2010
ENVIADOS AO ANÚNCIO.XIV DOMINGO TEMPO COMUM
1.Introdução.O tema deste domingo é atualíssimo. Somos chamados a ser discípulos/missionários. A Conferência de Aparecida nos acenava para isso. A Igreja do Brasil nos acena para isso nas novas Diretrizes. Nossa Diocese nos fala da centralidade da Palavra de Deus, com seus desdobramentos na missão e no serviço da caridade. Nosso Regional II, por meio do Projeto Anjo faz um apelo à missão, pontual e permanente, como uma das propostas de reavivamento de nossas Comunidades Eclesiais.
1.Construção lenta. “Eis que farei correr para ela a paz como um rio.” (Is 66, 12).Depois da volta do Exílio da Babilônia se faz necessário reconstruir Jerusalém e o templo. Mas a coisa é difícil. Muita pobreza. Muita invasão inimiga. Muita discórdia entre o povo... Neste quadro de restauração, o objetivo fundamental do profeta é “consolar” esse povo martirizado, sofrido, angustiado, que não vê grandes perspectivas de futuro e já perdeu a esperança. O profeta vem plantar esperança no coração do povo. A promessa é para aqueles que confiam no Senhor e para os que acolhem sua mensagem. “Tudo isso havereis de ver e o vosso coração exultará, e o vosso vigor se renovará como a relva no campo.” (Is 66,14).
1.Anunciar a cruz. “Trago em meu corpo as marcas de Jesus.” (Gl 6, 17)Aos que queriam um outro projeto Paulo anuncia a cruz. Não ficar mais ligado ao passado (circuncisão). Criação nova! Criaturas novas! Homens novos! Expressões tão caras a Paulo que nos incentivam a continuar a enfrentar os desafios. Paulo não tem medo de apresentar a cruz de Jesus. Ele mesmo sentindo na carne as marcas da paixão de Jesus. Não podemos desanimar. Também nós marcados pelo sinal da cruz (batismo) devemos levar adiante as propostas do Reino.
1.Todos chamados. “A vossa paz repousará sobre ele.” (Lc 10, 6)Messe grande. Operários poucos. Não é um pequeno grupo que é enviado. Setenta e dois. Número alusivo a Gn 10 (na versão grega do Antigo Testamento), onde esse número se refere à totalidade das nações pagãs que habitam a terra. Significa, portanto, que a proposta de Jesus é uma proposta universal, destinada a todos os povos, de todas as raças. O anuncio é muito claro: “O Reino de Deus está próximo de vós.” (Lc 10, 9). E as ações são as mesmas ações de Jesus: não ter nada, curar os doentes, aceitar hospedagem... O discípulo/missionário é chamado a continuar a missão de Jesus. O convite é feito a cada um de nós.
1.ConclusãoA Eucaristia é a fonte de vitalidade para todos nós. A Páscoa celebrada semanalmente nos ajuda a perceber que Jesus venceu a morte. Não podemos desanimar. Aparentemente parece que há um avanço do mal. Mas Jesus venceu o mal. Jesus venceu a morte. Aqui nos recarregamos para o enfrentamento diário e para anunciar esse novo tempo. Cantamos sempre: Enviai, enviai Senhor, enviai Senhor operários. Para a vossa messe, vossa messe... Pois a messe é grande. Pois a messe é grande e poucos são os operários. Operários enviai Senhor... Coloquemos no nosso coração essa certeza de que também somos chamados. Todos!
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
1.Construção lenta. “Eis que farei correr para ela a paz como um rio.” (Is 66, 12).Depois da volta do Exílio da Babilônia se faz necessário reconstruir Jerusalém e o templo. Mas a coisa é difícil. Muita pobreza. Muita invasão inimiga. Muita discórdia entre o povo... Neste quadro de restauração, o objetivo fundamental do profeta é “consolar” esse povo martirizado, sofrido, angustiado, que não vê grandes perspectivas de futuro e já perdeu a esperança. O profeta vem plantar esperança no coração do povo. A promessa é para aqueles que confiam no Senhor e para os que acolhem sua mensagem. “Tudo isso havereis de ver e o vosso coração exultará, e o vosso vigor se renovará como a relva no campo.” (Is 66,14).
1.Anunciar a cruz. “Trago em meu corpo as marcas de Jesus.” (Gl 6, 17)Aos que queriam um outro projeto Paulo anuncia a cruz. Não ficar mais ligado ao passado (circuncisão). Criação nova! Criaturas novas! Homens novos! Expressões tão caras a Paulo que nos incentivam a continuar a enfrentar os desafios. Paulo não tem medo de apresentar a cruz de Jesus. Ele mesmo sentindo na carne as marcas da paixão de Jesus. Não podemos desanimar. Também nós marcados pelo sinal da cruz (batismo) devemos levar adiante as propostas do Reino.
1.Todos chamados. “A vossa paz repousará sobre ele.” (Lc 10, 6)Messe grande. Operários poucos. Não é um pequeno grupo que é enviado. Setenta e dois. Número alusivo a Gn 10 (na versão grega do Antigo Testamento), onde esse número se refere à totalidade das nações pagãs que habitam a terra. Significa, portanto, que a proposta de Jesus é uma proposta universal, destinada a todos os povos, de todas as raças. O anuncio é muito claro: “O Reino de Deus está próximo de vós.” (Lc 10, 9). E as ações são as mesmas ações de Jesus: não ter nada, curar os doentes, aceitar hospedagem... O discípulo/missionário é chamado a continuar a missão de Jesus. O convite é feito a cada um de nós.
1.ConclusãoA Eucaristia é a fonte de vitalidade para todos nós. A Páscoa celebrada semanalmente nos ajuda a perceber que Jesus venceu a morte. Não podemos desanimar. Aparentemente parece que há um avanço do mal. Mas Jesus venceu o mal. Jesus venceu a morte. Aqui nos recarregamos para o enfrentamento diário e para anunciar esse novo tempo. Cantamos sempre: Enviai, enviai Senhor, enviai Senhor operários. Para a vossa messe, vossa messe... Pois a messe é grande. Pois a messe é grande e poucos são os operários. Operários enviai Senhor... Coloquemos no nosso coração essa certeza de que também somos chamados. Todos!
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
21/06/2010
UMA CARTEIRA DE IDENTIDADE
Introdução.
Quando nos perguntam sobre Jesus nem sempre temos respostas seguras. Contentamos-nos com a superficialidade de nossos conhecimentos iniciais de religião. Afinal quem é Jesus? O povão vai responder fazendo comparações – João Batista, Elias, um antigo profeta... Mas o discípulo, quem está perto, quem convive qual a resposta deve dar? “O Cristo de Deus.” Parece ser simplista. Mas não é. Tem o peso de toda a promessa cumprida por Deus para nos dar o Messias prometido. A palavra Cristo significa Ungido, do hebraico Messias. De Deus. Não auto-proclamado, mas revestido da autoridade divina. O que dá a Ele toda condição de ser o Redentor da humanidade. Tudo aponta para a cruz!
Promessas.
O texto da 1ª leitura (Zc 12, 10-11;13,1) faz uma promessa da regeneração espiritual do povo de Israel. Faz-nos perceber que vão chorar Jesus que levaram à morte. Mas essa morte é purificadora. Jesus, o prometido, vai sem medo em direção à cruz, pois sabe que é dali que vai brotar a salvação para a humanidade. O Espírito derramado (lembra Pentecostes!) de graça e de consolação, de piedade e súplica, para a ablução e purificação. Tudo isso brota da cruz.
Identidade.
a) Uma primeira pergunta: “Quem diz o povo que sou eu?” (Lc 9, 18).
João Batista, Elias, algum profeta antigo... A fantasia do povo até hoje não tem segurança de quem é Deus. Colam nele os mais diversos fenômenos naturais, paranormais e sobrenaturais. Se chover: é Deus quem manda. Um desastre: é Deus quem quer. Uma doença grave: é da vontade de Deus...
b) Uma pergunta para aos apóstolos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Lc 9, 20)
Uma resposta que compromete: “O Cristo de Deus”. Mas não basta declarar e aceitar que Jesus é o Messias; é preciso rever a idéia a respeito do Messias, o qual, para construir a nova história, enfrenta os que não querem transformações.
c) Um balde de água fria: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto, e ressuscitar no terceiro dia.” (Lc 9, 22)
Não adiante ficar entusiasmado e pensando ser esse o momento da conquista do poder material. Por isso, Jesus apresenta outra proposta: Ele vai sofrer, ser rejeitado e morto. Sua ressurreição será a sua vitória. E quem quiser acompanhar Jesus na sua ação messiânica e participar da sua vitória, terá que percorrer caminho semelhante: renunciar a si mesmo e às glórias do poder e da riqueza.
Três passos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me siga.” (Lc 9, 23).
a) Renuncia:
Deixar de lado os projetos humanos e assumir os projetos de Jesus. Jesus não que o poder material. Quer que o Reinado aconteça. Para isso é preciso conversão. “Eu vivo, mas já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim” (Ga 2,20).
b) Tomar a cruz de cada dia
A cruz aqui não é o sofrimento, as dores, as doenças. É assumir o projeto de Jesus para a salvação da humanidade. Como Cirineu, devemos assumir o levar o projeto de Jesus, junto com Ele para sermos também redentores da humanidade.
c) Seguimento
Na prática assumir o que Aparecida quer de nós. Discípulos = seguidores do Mestre. Missionários = propagadores da Boa Noticia do Mestre.
Conclusão.
A celebração eucarística é o momento privilegiado em que começamos a encarar a vida com lucidez e realismo. A celebração da morte do Senhor nos faz constatar que era necessário que ele morresse, mas que a morte conduz à vida. A assembléia eucarística faz sua essa aceitação da morte, para triunfar dela. Nosso compromisso não é seguir Jesus no triunfalismo, mas na proposta da implantação do Reino.
Fonte:Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Quando nos perguntam sobre Jesus nem sempre temos respostas seguras. Contentamos-nos com a superficialidade de nossos conhecimentos iniciais de religião. Afinal quem é Jesus? O povão vai responder fazendo comparações – João Batista, Elias, um antigo profeta... Mas o discípulo, quem está perto, quem convive qual a resposta deve dar? “O Cristo de Deus.” Parece ser simplista. Mas não é. Tem o peso de toda a promessa cumprida por Deus para nos dar o Messias prometido. A palavra Cristo significa Ungido, do hebraico Messias. De Deus. Não auto-proclamado, mas revestido da autoridade divina. O que dá a Ele toda condição de ser o Redentor da humanidade. Tudo aponta para a cruz!
Promessas.
O texto da 1ª leitura (Zc 12, 10-11;13,1) faz uma promessa da regeneração espiritual do povo de Israel. Faz-nos perceber que vão chorar Jesus que levaram à morte. Mas essa morte é purificadora. Jesus, o prometido, vai sem medo em direção à cruz, pois sabe que é dali que vai brotar a salvação para a humanidade. O Espírito derramado (lembra Pentecostes!) de graça e de consolação, de piedade e súplica, para a ablução e purificação. Tudo isso brota da cruz.
Identidade.
a) Uma primeira pergunta: “Quem diz o povo que sou eu?” (Lc 9, 18).
João Batista, Elias, algum profeta antigo... A fantasia do povo até hoje não tem segurança de quem é Deus. Colam nele os mais diversos fenômenos naturais, paranormais e sobrenaturais. Se chover: é Deus quem manda. Um desastre: é Deus quem quer. Uma doença grave: é da vontade de Deus...
b) Uma pergunta para aos apóstolos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Lc 9, 20)
Uma resposta que compromete: “O Cristo de Deus”. Mas não basta declarar e aceitar que Jesus é o Messias; é preciso rever a idéia a respeito do Messias, o qual, para construir a nova história, enfrenta os que não querem transformações.
c) Um balde de água fria: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto, e ressuscitar no terceiro dia.” (Lc 9, 22)
Não adiante ficar entusiasmado e pensando ser esse o momento da conquista do poder material. Por isso, Jesus apresenta outra proposta: Ele vai sofrer, ser rejeitado e morto. Sua ressurreição será a sua vitória. E quem quiser acompanhar Jesus na sua ação messiânica e participar da sua vitória, terá que percorrer caminho semelhante: renunciar a si mesmo e às glórias do poder e da riqueza.
Três passos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me siga.” (Lc 9, 23).
a) Renuncia:
Deixar de lado os projetos humanos e assumir os projetos de Jesus. Jesus não que o poder material. Quer que o Reinado aconteça. Para isso é preciso conversão. “Eu vivo, mas já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim” (Ga 2,20).
b) Tomar a cruz de cada dia
A cruz aqui não é o sofrimento, as dores, as doenças. É assumir o projeto de Jesus para a salvação da humanidade. Como Cirineu, devemos assumir o levar o projeto de Jesus, junto com Ele para sermos também redentores da humanidade.
c) Seguimento
Na prática assumir o que Aparecida quer de nós. Discípulos = seguidores do Mestre. Missionários = propagadores da Boa Noticia do Mestre.
Conclusão.
A celebração eucarística é o momento privilegiado em que começamos a encarar a vida com lucidez e realismo. A celebração da morte do Senhor nos faz constatar que era necessário que ele morresse, mas que a morte conduz à vida. A assembléia eucarística faz sua essa aceitação da morte, para triunfar dela. Nosso compromisso não é seguir Jesus no triunfalismo, mas na proposta da implantação do Reino.
Fonte:Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
14/06/2010
O SENHOR É MISERICÓRDIA E COMPAIXÃO
XIº DOMINGO DO TC
Introdução
No Domingo passado estávamos diante do poder ressuscitador de Deus por meio de Elias e por meio de Jesus. Hoje nos deparamos com o poder perdoador de Deus. Nesse domingo ainda fazemos eco à festa do Sagrado Coração de Jesus, celebrada nesta última sexta-feira. A misericórdia de Deus se manifesta na história da humanidade e na história de cada um de nós. O grande sinal do perdão de Deus é Jesus. Como nos diz Paulo: “Pois bem, a prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando ainda éramos pecadores” (Rm 5,8). Ou como no texto de hoje: Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim. Esta minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus, que me amou e por mim se entregou. (Gl 2, 20). Deus se compadece da humanidade e reata os laços rompidos pelo pecado, enviando seu próprio Filho para unir de novo a humanidade com Deus. E este reatamento se dá na cruz. Este é o preço pelo qual fomos resgatados! Uma visão de um Deus que condena é uma visão distorcida de Deus. Deus é misericórdia e compaixão. Fazer esta experiência de Deus misericórdia e compaixão é acolher o Deus revelado por Jesus.
Misericórdia Senhor, misericórdia...
Davi é acusado de pecado. Sabemos por quê: articulou um perverso golpe para ficar com a mulher de Urias, seu general. A historinha que Natã conta a Davi e que não está no texto anunciado é muito interessante. Começa assim: “O Senhor mandou o profeta Natã falar com Davi. Natã se apresentou e disse a Davi: ‘Havia dois homens numa cidade: um era rico e o outro era pobre. O rico tinha muitos rebanhos de ovelhas e bois. O pobre tinha só uma ovelha, uma ovelhinha que ele havia comprado. O pobre a criava e ela foi crescendo com ele, com seus filhos, comendo do seu pão, bebendo de sua vasilha e dormindo no seu colo. Era como filha para ele. Ora, chegou uma visita à casa do homem rico, e este não quis pegar nenhuma de suas ovelhas ou vacas para servir ao viajante que o visitava. Então ele pegou a ovelha do homem pobre e a preparou para a sua visita’. Davi ficou furioso contra esse homem, e disse a Natã: ‘Pela vida do Senhor quem fez isso merece a morte. Por não respeitar o que pertencia a outro, deverá pagar quatro vezes o valor da ovelha’”. (2Sam 12, 1-5). A partir daqui dá para entender o inicio da primeira leitura e seus desdobramentos.
“Quem é este que até perdoa pecados?”
A mulher pecadora pública é acusada de pecado. O núcleo central do Evangelho de hoje são os versículos 48-50 – “E Jesus disse à mulher: ‘Seus pecados estão perdoados. ’ Então os convidados começaram a pensar: ‘Quem é esse que até perdoa pecados? ’ Mas Jesus disse à mulher: ‘Sua fé salvou você. Vá em paz!’”.(Lc 7, 48-50). Diante de Jesus estão o fariseu e a mulher. Ele conhece a vida do fariseu e da mulher. Só que o fariseu tem o coração fechado. A mulher não! A mulher tem um encontro de amor e perdão, e, na fé, encontra salvação.
Conclusão
O Senhor é misericórdia e compaixão. Apesar de nossos pecados Ele vem ao nosso encontro com o perdão. Fez assim para com o seu povo. Fez assim para com a humanidade. Faz assim com cada um de nós. Basta o arrependimento. Deus está sempre pronto a perdoar. As histórias do capitulo 15 de Lucas (A ovelha perdida, a moeda perdida e o filho perdido) nos ajudam a perceber como Deus age diante do pecado. O perdão é sempre uma festa! Basta que tenhamos o arrependimento de Davi e a coragem da mulher em ir à busca do perdão.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Introdução
No Domingo passado estávamos diante do poder ressuscitador de Deus por meio de Elias e por meio de Jesus. Hoje nos deparamos com o poder perdoador de Deus. Nesse domingo ainda fazemos eco à festa do Sagrado Coração de Jesus, celebrada nesta última sexta-feira. A misericórdia de Deus se manifesta na história da humanidade e na história de cada um de nós. O grande sinal do perdão de Deus é Jesus. Como nos diz Paulo: “Pois bem, a prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando ainda éramos pecadores” (Rm 5,8). Ou como no texto de hoje: Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim. Esta minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus, que me amou e por mim se entregou. (Gl 2, 20). Deus se compadece da humanidade e reata os laços rompidos pelo pecado, enviando seu próprio Filho para unir de novo a humanidade com Deus. E este reatamento se dá na cruz. Este é o preço pelo qual fomos resgatados! Uma visão de um Deus que condena é uma visão distorcida de Deus. Deus é misericórdia e compaixão. Fazer esta experiência de Deus misericórdia e compaixão é acolher o Deus revelado por Jesus.
Misericórdia Senhor, misericórdia...
Davi é acusado de pecado. Sabemos por quê: articulou um perverso golpe para ficar com a mulher de Urias, seu general. A historinha que Natã conta a Davi e que não está no texto anunciado é muito interessante. Começa assim: “O Senhor mandou o profeta Natã falar com Davi. Natã se apresentou e disse a Davi: ‘Havia dois homens numa cidade: um era rico e o outro era pobre. O rico tinha muitos rebanhos de ovelhas e bois. O pobre tinha só uma ovelha, uma ovelhinha que ele havia comprado. O pobre a criava e ela foi crescendo com ele, com seus filhos, comendo do seu pão, bebendo de sua vasilha e dormindo no seu colo. Era como filha para ele. Ora, chegou uma visita à casa do homem rico, e este não quis pegar nenhuma de suas ovelhas ou vacas para servir ao viajante que o visitava. Então ele pegou a ovelha do homem pobre e a preparou para a sua visita’. Davi ficou furioso contra esse homem, e disse a Natã: ‘Pela vida do Senhor quem fez isso merece a morte. Por não respeitar o que pertencia a outro, deverá pagar quatro vezes o valor da ovelha’”. (2Sam 12, 1-5). A partir daqui dá para entender o inicio da primeira leitura e seus desdobramentos.
“Quem é este que até perdoa pecados?”
A mulher pecadora pública é acusada de pecado. O núcleo central do Evangelho de hoje são os versículos 48-50 – “E Jesus disse à mulher: ‘Seus pecados estão perdoados. ’ Então os convidados começaram a pensar: ‘Quem é esse que até perdoa pecados? ’ Mas Jesus disse à mulher: ‘Sua fé salvou você. Vá em paz!’”.(Lc 7, 48-50). Diante de Jesus estão o fariseu e a mulher. Ele conhece a vida do fariseu e da mulher. Só que o fariseu tem o coração fechado. A mulher não! A mulher tem um encontro de amor e perdão, e, na fé, encontra salvação.
Conclusão
O Senhor é misericórdia e compaixão. Apesar de nossos pecados Ele vem ao nosso encontro com o perdão. Fez assim para com o seu povo. Fez assim para com a humanidade. Faz assim com cada um de nós. Basta o arrependimento. Deus está sempre pronto a perdoar. As histórias do capitulo 15 de Lucas (A ovelha perdida, a moeda perdida e o filho perdido) nos ajudam a perceber como Deus age diante do pecado. O perdão é sempre uma festa! Basta que tenhamos o arrependimento de Davi e a coragem da mulher em ir à busca do perdão.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
07/06/2010
DEUS É O DEUS DA VIDA!
Introdução:
Neste Domingo, ao retomarmos a caminhada litúrgica dos Domingos do Tempo Comum, nos deparamos com o mistério da morte. Algo sem explicação humana, mas com uma conotação transcendente na dimensão da fé. Em nossas cidades existem muitos caminhos que levam morte. Caminhos para todas aquelas formas e estilos de vida que privilegiam a chamada “cultura da morte”. Cultura que assassina principalmente nossos jovens, que mata nossas crianças e que coloca nossa vida em constante risco. São jovens que colocam suas vidas no limite; arriscam-se em carros e motos em nossas rodovias e estradas. São crises emocionais que terminam em tragédias. São também caminhos de morte a crescente desestruturação em tantas famílias, que transformam suas casas em brigas, discussões, desilusões, depressão e muita violência que, não poucas vezes, também termina em morte. É preciso reverter esses caminhos.
Sinais de Esperança
Elias é um homem de Deus. Capaz de restituir a vida onde ela já não mais existia. Jesus é o grande profeta que vem restituir a vida, diante do cortejo da morte. Deus não quer a morte. A vontade de Deus é que todos tenham vida e vida plena (cf Jo 10,10). Homens de Deus, profetas que anunciam uma condição nova para a humanidade. Infelizmente a humanidade construiu para si um fosso que leva à morte. Deus quer reverter esse caminho. E somos nós hoje a anunciar essa possibilidade a todos.
Eucaristia, fonte de vida.
Quando nos reunimos para celebrar a Eucaristia, nos reunimos para celebrar a vida. “Eu sou o pão da vida” (Jo 6, 35) diz Jesus que nos alimenta. O alimento que aqui recebemos é fonte de vida. Pela sua morte-ressurreição, memória que fazemos na Eucaristia celebrada, Jesus quer de nós continuadores de sua missão. Como Elias devemos estar levando esperança e vida verdadeiras, pois o verdadeiro profeta não é portador da morte para o povo. O sinal de que o profeta anuncia a palavra de Deus é o fato de ele ser portador de vida. Jesus ao ressuscitar o filho da viúva vem anunciar um novo tempo: onde não haverá mais morte, mais dor, mais desolação.
Concluindo.
Diante de nós estão dois caminhos: um que leva à morte e outro que leva à vida. Mais ainda: podemos estar conduzindo as pessoas à morte ou conduzindo para a vida. Fazer opção pela “cultura da morte” é optar pela violência, pelas drogas, pelos carros e motos em alta velocidade... Jesus se apresenta como caminho verdade e vida!(cf Jo 14,6). Ele é vida! E quer que sejamos instrumentos de vida. Nossa Eucaristia deve se traduzir em gestos concretos que produzam vida. Salvar vidas – esta é a tarefa de cada um de nós. Vidas humanas e a natureza. Eucaristia na prática.
Fonte:
Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Neste Domingo, ao retomarmos a caminhada litúrgica dos Domingos do Tempo Comum, nos deparamos com o mistério da morte. Algo sem explicação humana, mas com uma conotação transcendente na dimensão da fé. Em nossas cidades existem muitos caminhos que levam morte. Caminhos para todas aquelas formas e estilos de vida que privilegiam a chamada “cultura da morte”. Cultura que assassina principalmente nossos jovens, que mata nossas crianças e que coloca nossa vida em constante risco. São jovens que colocam suas vidas no limite; arriscam-se em carros e motos em nossas rodovias e estradas. São crises emocionais que terminam em tragédias. São também caminhos de morte a crescente desestruturação em tantas famílias, que transformam suas casas em brigas, discussões, desilusões, depressão e muita violência que, não poucas vezes, também termina em morte. É preciso reverter esses caminhos.
Sinais de Esperança
Elias é um homem de Deus. Capaz de restituir a vida onde ela já não mais existia. Jesus é o grande profeta que vem restituir a vida, diante do cortejo da morte. Deus não quer a morte. A vontade de Deus é que todos tenham vida e vida plena (cf Jo 10,10). Homens de Deus, profetas que anunciam uma condição nova para a humanidade. Infelizmente a humanidade construiu para si um fosso que leva à morte. Deus quer reverter esse caminho. E somos nós hoje a anunciar essa possibilidade a todos.
Eucaristia, fonte de vida.
Quando nos reunimos para celebrar a Eucaristia, nos reunimos para celebrar a vida. “Eu sou o pão da vida” (Jo 6, 35) diz Jesus que nos alimenta. O alimento que aqui recebemos é fonte de vida. Pela sua morte-ressurreição, memória que fazemos na Eucaristia celebrada, Jesus quer de nós continuadores de sua missão. Como Elias devemos estar levando esperança e vida verdadeiras, pois o verdadeiro profeta não é portador da morte para o povo. O sinal de que o profeta anuncia a palavra de Deus é o fato de ele ser portador de vida. Jesus ao ressuscitar o filho da viúva vem anunciar um novo tempo: onde não haverá mais morte, mais dor, mais desolação.
Concluindo.
Diante de nós estão dois caminhos: um que leva à morte e outro que leva à vida. Mais ainda: podemos estar conduzindo as pessoas à morte ou conduzindo para a vida. Fazer opção pela “cultura da morte” é optar pela violência, pelas drogas, pelos carros e motos em alta velocidade... Jesus se apresenta como caminho verdade e vida!(cf Jo 14,6). Ele é vida! E quer que sejamos instrumentos de vida. Nossa Eucaristia deve se traduzir em gestos concretos que produzam vida. Salvar vidas – esta é a tarefa de cada um de nós. Vidas humanas e a natureza. Eucaristia na prática.
Fonte:
Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
07/05/2010
Pés no Chão
VIº DOMINGO DA PÁSCOA
1. Introdução
Estamos chegando ao fim de nossa caminhada neste tempo litúrgico Pascal. Vamos começar um novo momento na liturgia. Daqui a pouco ouviremos os adeuses de Jesus, estaremos na expectativa do Espírito Derramado e vamos continuar remando. Mais ou menos como na exclamação de Samuel: “... até aqui nos ajudou o Senhor”. (I Sam 7,12). Mais ou menos porque sabemos que Ele não nos deixa “ao Deus dará”. Ele nos toma pela mão, Ele nos conduz, Ele nos dá seu Espírito, Ele está no meio de nós. Chegou a hora de entendermos que as coisas a serem assumidas devem ser assumidas na comunhão, diante da realidade que nos cerca. Não adianta muito teorizar. É preciso por em prática as propostas do Ressuscitado. Pés no chão.
2. “Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (Jo 14, 27)
O texto está dentro do chamado primeiro discurso de adeus ou da consolação. São aconselhamentos para que sejam seguidos depois da partida. A proposta é de encorajamento. Jesus sabe o que vai enfrentar. Jesus sabe o que vamos enfrentar. Por isso é preciso guardar a sua palavra, aguardar o Espírito Consolador, acolher a paz no meio de toda essa turbulência. E ter a certeza em nosso coração: “Vou, mas voltarei a vós.” (Jo 14, 28)
3. “Porque decidimos, o Espírito Santo e nós, não vos impor nenhum fardo,...” (At 15, 28)
A organização da Igreja enfrenta o primeiro grande conflito. Manter as tradições dos judeus ou abrir mão de tudo para acolher os pagãos convertidos? A questão básica é ser fiel à unidade, manter a comunhão. Não poderia existir cristão de primeira categoria que veio do judaismo e de segunda categoria que veio do paganismo. Pés no chão! O que se quer é autenticidade. Afastar-se daquilo que é do mundo. E os apelos do mundo hoje são constantes: são os chamados contra valores do Evangelho. Agir na liberdade dos filhos de Deus (cf Rom 8, 21) e não na busca de “valores” que não estão em sintonia com o Reino. Basta lembrar as propostas da CF/2010 – Economia e Vida – “Voces não podem servir a Deus e ao Dinheiro”. (Mt 6, 24)
4. Mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus,... (Ap 21,10)
A bela proposta de Apocalipse nos sugere a necessidade de já construirmos aqui uma cidade onde haja condições de Vida. Na verdade não uma cidade, mas o Reino de Deus implantado entre nós. A luz é Jesus. O templo é Jesus. As leis que regem esta nova condição nem estão lá no alto (inalcançável) e nem nas condições puramente humanas (cheia de contra valores). É obrigação nossa construir essa nova realidade, de acordo com o traçado de Deus.
5. Conclusão
A liturgia de hoje nos sugere por mãos à obra. Como os Apóstolos: sair de Jerusalém, enfrentar os desafios e espalhar a Boa Nova do Reino para as atuais Frigias, Panfílias, Antioquias, Sírias, Cilicias... Nossa Pastoral da Cidade quer de nós um novo modo de enfrentamento. Não mais judeus circuncidados e pagãos neo-convertidos, mas desafios ainda maiores. Pés no chão. Conosco caminha, para nos ajudar a enfrentar as tempestades o Espírito Prometido. Não estamos sozinhos!
Fonte:Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
1. Introdução
Estamos chegando ao fim de nossa caminhada neste tempo litúrgico Pascal. Vamos começar um novo momento na liturgia. Daqui a pouco ouviremos os adeuses de Jesus, estaremos na expectativa do Espírito Derramado e vamos continuar remando. Mais ou menos como na exclamação de Samuel: “... até aqui nos ajudou o Senhor”. (I Sam 7,12). Mais ou menos porque sabemos que Ele não nos deixa “ao Deus dará”. Ele nos toma pela mão, Ele nos conduz, Ele nos dá seu Espírito, Ele está no meio de nós. Chegou a hora de entendermos que as coisas a serem assumidas devem ser assumidas na comunhão, diante da realidade que nos cerca. Não adianta muito teorizar. É preciso por em prática as propostas do Ressuscitado. Pés no chão.
2. “Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (Jo 14, 27)
O texto está dentro do chamado primeiro discurso de adeus ou da consolação. São aconselhamentos para que sejam seguidos depois da partida. A proposta é de encorajamento. Jesus sabe o que vai enfrentar. Jesus sabe o que vamos enfrentar. Por isso é preciso guardar a sua palavra, aguardar o Espírito Consolador, acolher a paz no meio de toda essa turbulência. E ter a certeza em nosso coração: “Vou, mas voltarei a vós.” (Jo 14, 28)
3. “Porque decidimos, o Espírito Santo e nós, não vos impor nenhum fardo,...” (At 15, 28)
A organização da Igreja enfrenta o primeiro grande conflito. Manter as tradições dos judeus ou abrir mão de tudo para acolher os pagãos convertidos? A questão básica é ser fiel à unidade, manter a comunhão. Não poderia existir cristão de primeira categoria que veio do judaismo e de segunda categoria que veio do paganismo. Pés no chão! O que se quer é autenticidade. Afastar-se daquilo que é do mundo. E os apelos do mundo hoje são constantes: são os chamados contra valores do Evangelho. Agir na liberdade dos filhos de Deus (cf Rom 8, 21) e não na busca de “valores” que não estão em sintonia com o Reino. Basta lembrar as propostas da CF/2010 – Economia e Vida – “Voces não podem servir a Deus e ao Dinheiro”. (Mt 6, 24)
4. Mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus,... (Ap 21,10)
A bela proposta de Apocalipse nos sugere a necessidade de já construirmos aqui uma cidade onde haja condições de Vida. Na verdade não uma cidade, mas o Reino de Deus implantado entre nós. A luz é Jesus. O templo é Jesus. As leis que regem esta nova condição nem estão lá no alto (inalcançável) e nem nas condições puramente humanas (cheia de contra valores). É obrigação nossa construir essa nova realidade, de acordo com o traçado de Deus.
5. Conclusão
A liturgia de hoje nos sugere por mãos à obra. Como os Apóstolos: sair de Jerusalém, enfrentar os desafios e espalhar a Boa Nova do Reino para as atuais Frigias, Panfílias, Antioquias, Sírias, Cilicias... Nossa Pastoral da Cidade quer de nós um novo modo de enfrentamento. Não mais judeus circuncidados e pagãos neo-convertidos, mas desafios ainda maiores. Pés no chão. Conosco caminha, para nos ajudar a enfrentar as tempestades o Espírito Prometido. Não estamos sozinhos!
Fonte:Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
30/04/2010
Carteira de Identidade
Vº DOMINGO DA PÁSCOA
1. Introdução.
Nossa caminhada pascal vai ao encontro das coisas concretas acontecidas por causa da Ressurreição. A primeira Comunidade entendeu que não poderia ficar apenas na contemplação estática do Ressuscitado, mas era preciso arregaçar as mangas e fazer com que o projeto dEle fosse executado. Como Deus “escreve certo por linhas tortas”, aproveitou-se da perseguição aos cristãos depois da morte de Estevão para provocar a diáspora cristã – fugiram de Jerusalém e foram levar a Boa Nova aos vizinhos... O rosto do Ressuscitado deve ser o nosso rosto. A identidade do Ressuscitado deve ser a nossa identidade. A ação do Ressuscitado deve ser a nossa ação.
2. Identidade.
“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”. (Jo 13,35)
A insistência do amor na proposta de Jesus, sobretudo nesta sentença, mostra que seremos identificados pela maneira como nos relacionamos. Ser discípulo, ser seguidor se amar. Amar uns aos outros. Só assim seremos seguidores do Mestre. A Igreja quer de nós hoje que sejamos discípulos/missionários. E a Carteira de Identidade será o amor. Segundo conta Tertuliano (Apolog. 39), os primeiros cristãos tomaram tão a sério estas palavras do Senhor, que os pagãos exclamavam admirados: “Vejam como eles se amam!”. Isso era motivo de conversão dos pagãos.
3. Semeando Comunidades.
“Contaram-lhe tudo o que Deus fizera por meio deles e como havia aberto a porta da fé para os pagãos.” (At 14, 27)
A diáspora cristã faz com que se saia de Jerusalém e se leve a proposta de Jesus para os povos vizinhos. Isso ajuda a expansão do cristianismo. Sobretuto Paulo tem esse ardor em fundar Comunidades, viajar, escrever cartas, organizar as coordenações nos diversos lugares. Mas isso não é fácil. “Encorajando os discípulos, eles os exortavam a permanecerem firmes na fé, dizendo-lhes: ‘É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus.’” (At 14, 22).
4. Metamorfose.
“Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem choro, nem dor, porque passou o que havia antes”. (Ap 21, 4)
A leitura continuada de Apocalipse nesse tempo pascal nos estimula ao enfrentamento das dificuldades. Escrito no tempo das primeiras perseguições, descreve como a Igreja era perseguida. Muitas Comunidades até desapareceram. Mas os que perseveram são consolados por Deus. Um tempo novo, “um novo céu e uma nova terra” – (2 Pd 3,13 e Ap 21,1). Transformados para transformar.
5. Conclusão.
“Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21, 5)
Tudo o que ouvimos hoje na Palavra de Deus merece ser transformado em prática na nossa vida. Viver de verdade o AMOR. No sentido pleno. Dando testemunho. Não só em palavras mas em ações concretas. E sobretudo sendo discipulos/missionários, anunciando a Boa Notícia de Jesus. E estaremos então criando condições para acontecer um novo céu e uma nova terra, sendo agentes para tornar novas todas as coisas.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
1. Introdução.
Nossa caminhada pascal vai ao encontro das coisas concretas acontecidas por causa da Ressurreição. A primeira Comunidade entendeu que não poderia ficar apenas na contemplação estática do Ressuscitado, mas era preciso arregaçar as mangas e fazer com que o projeto dEle fosse executado. Como Deus “escreve certo por linhas tortas”, aproveitou-se da perseguição aos cristãos depois da morte de Estevão para provocar a diáspora cristã – fugiram de Jerusalém e foram levar a Boa Nova aos vizinhos... O rosto do Ressuscitado deve ser o nosso rosto. A identidade do Ressuscitado deve ser a nossa identidade. A ação do Ressuscitado deve ser a nossa ação.
2. Identidade.
“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”. (Jo 13,35)
A insistência do amor na proposta de Jesus, sobretudo nesta sentença, mostra que seremos identificados pela maneira como nos relacionamos. Ser discípulo, ser seguidor se amar. Amar uns aos outros. Só assim seremos seguidores do Mestre. A Igreja quer de nós hoje que sejamos discípulos/missionários. E a Carteira de Identidade será o amor. Segundo conta Tertuliano (Apolog. 39), os primeiros cristãos tomaram tão a sério estas palavras do Senhor, que os pagãos exclamavam admirados: “Vejam como eles se amam!”. Isso era motivo de conversão dos pagãos.
3. Semeando Comunidades.
“Contaram-lhe tudo o que Deus fizera por meio deles e como havia aberto a porta da fé para os pagãos.” (At 14, 27)
A diáspora cristã faz com que se saia de Jerusalém e se leve a proposta de Jesus para os povos vizinhos. Isso ajuda a expansão do cristianismo. Sobretuto Paulo tem esse ardor em fundar Comunidades, viajar, escrever cartas, organizar as coordenações nos diversos lugares. Mas isso não é fácil. “Encorajando os discípulos, eles os exortavam a permanecerem firmes na fé, dizendo-lhes: ‘É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus.’” (At 14, 22).
4. Metamorfose.
“Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem choro, nem dor, porque passou o que havia antes”. (Ap 21, 4)
A leitura continuada de Apocalipse nesse tempo pascal nos estimula ao enfrentamento das dificuldades. Escrito no tempo das primeiras perseguições, descreve como a Igreja era perseguida. Muitas Comunidades até desapareceram. Mas os que perseveram são consolados por Deus. Um tempo novo, “um novo céu e uma nova terra” – (2 Pd 3,13 e Ap 21,1). Transformados para transformar.
5. Conclusão.
“Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21, 5)
Tudo o que ouvimos hoje na Palavra de Deus merece ser transformado em prática na nossa vida. Viver de verdade o AMOR. No sentido pleno. Dando testemunho. Não só em palavras mas em ações concretas. E sobretudo sendo discipulos/missionários, anunciando a Boa Notícia de Jesus. E estaremos então criando condições para acontecer um novo céu e uma nova terra, sendo agentes para tornar novas todas as coisas.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
24/04/2010
UMA PEDRA NO MEIO DO LAGO
IVº DOMINGO DA PÁSCOA
Introdução
Sempre no quarto domingo da Páscoa nos deparamos com o Bom Pastor. Depois dos diversos encontros com o Ressuscitado, Cristo se apresenta como o Pastor. Os que reconhecem o Ressuscitado o seguem. Ele é o Pastor verdadeiro. O que dá a VIDA. Nos dois sentidos: dá a sua própria vida e dá vida às ovelhas.
Eu dou a vida eterna para as minhas ovelhas.
“Minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço, e elas me seguem.” (Jo 10,27)
Por duas vezes, no capitulo 10 de Jo Jesus insiste: “Eu sou o Bom Pastor!”. A comparação para nós, num mundo urbano parece ser sem sentido. Mas nos transportemos ao mundo rural do tempo de Jesus e de muitos de nós que viemos do interior. Não na dimensão poética apenas, mas no sentido real de ser pastor: cuidado, condução, conhecer pelo nome, manhãs de inverno, noites de tempestades... O BOM Pastor estará sempre atento. Dá a vida. Dar a vida: pela sua morte e nos dando a graça. Conteúdo prenhe de significado pascal.
Eis que nos voltamos para os pagãos.
“Desse modo, a palavra do Senhor se espalhava por toda a região.” (At 13, 49)
A Igreja que começa percebe a necessidade de pastorear. Fazer “pastoral”. No sentido literal. Ir ao encontro das ovelhas. Sair de Jerusalém e levar a Boa Noticia para todos. A imagem é a da pedra jogada no meio do lago: como quando alguém atira uma pedra no centro de um lago, e a água quieta se agita, formando círculos cada vez maiores que vão se multiplicando. A força da Palavra é assim: vai se espalhando. E chega até nós. E não podemos engavetá-la. Nossa obrigação é levar adiante a obra do Bom Pastor e dos Apóstolos. Muita gente está a nossa espera.
O Cordeiro-Pastor apascenta e conduz para as águas da vida.
“Pois o Cordeiro que está no meio do trono será o pastor deles; vai conduzi-los até às fontes de água da vida. E Deus lhes enxugará toda lágrima dos olhos.” (Ap 7, 17)
Quem segue o Bom Pastor vai receber a recompensa. Apesar das tribulações. Não mais fome. Não mais sede.
Conclusão.
Poderemos transmitir a Boa Nova em primeiro lugar dentro do nosso âmbito familiar e, depois, fora dele a outros, e estes por sua vez a outros, em ondas sucessivas - como a pedra que cai no lago formando círculos concêntricos cada vez mais amplos. Assim a verdade a respeito de Jesus fica no seu verdadeiro lugar e se expande com os seus benéficos efeitos a toda pessoa e lugar. Penso que é anseio de todos nós que estas verdades não se detenham no nosso reduzido círculo, mas que se espalhem com toda a força e a ressonância de que estão dotadas. Anunciar o Bom Pastor. Anunciar a Igreja. Anunciar o fim das tribulações, tristezas, fome, sede, o fim das agruras da vida... "Deus enxugará toda lágrima dos olhos!"
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
Introdução
Sempre no quarto domingo da Páscoa nos deparamos com o Bom Pastor. Depois dos diversos encontros com o Ressuscitado, Cristo se apresenta como o Pastor. Os que reconhecem o Ressuscitado o seguem. Ele é o Pastor verdadeiro. O que dá a VIDA. Nos dois sentidos: dá a sua própria vida e dá vida às ovelhas.
Eu dou a vida eterna para as minhas ovelhas.
“Minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço, e elas me seguem.” (Jo 10,27)
Por duas vezes, no capitulo 10 de Jo Jesus insiste: “Eu sou o Bom Pastor!”. A comparação para nós, num mundo urbano parece ser sem sentido. Mas nos transportemos ao mundo rural do tempo de Jesus e de muitos de nós que viemos do interior. Não na dimensão poética apenas, mas no sentido real de ser pastor: cuidado, condução, conhecer pelo nome, manhãs de inverno, noites de tempestades... O BOM Pastor estará sempre atento. Dá a vida. Dar a vida: pela sua morte e nos dando a graça. Conteúdo prenhe de significado pascal.
Eis que nos voltamos para os pagãos.
“Desse modo, a palavra do Senhor se espalhava por toda a região.” (At 13, 49)
A Igreja que começa percebe a necessidade de pastorear. Fazer “pastoral”. No sentido literal. Ir ao encontro das ovelhas. Sair de Jerusalém e levar a Boa Noticia para todos. A imagem é a da pedra jogada no meio do lago: como quando alguém atira uma pedra no centro de um lago, e a água quieta se agita, formando círculos cada vez maiores que vão se multiplicando. A força da Palavra é assim: vai se espalhando. E chega até nós. E não podemos engavetá-la. Nossa obrigação é levar adiante a obra do Bom Pastor e dos Apóstolos. Muita gente está a nossa espera.
O Cordeiro-Pastor apascenta e conduz para as águas da vida.
“Pois o Cordeiro que está no meio do trono será o pastor deles; vai conduzi-los até às fontes de água da vida. E Deus lhes enxugará toda lágrima dos olhos.” (Ap 7, 17)
Quem segue o Bom Pastor vai receber a recompensa. Apesar das tribulações. Não mais fome. Não mais sede.
Conclusão.
Poderemos transmitir a Boa Nova em primeiro lugar dentro do nosso âmbito familiar e, depois, fora dele a outros, e estes por sua vez a outros, em ondas sucessivas - como a pedra que cai no lago formando círculos concêntricos cada vez mais amplos. Assim a verdade a respeito de Jesus fica no seu verdadeiro lugar e se expande com os seus benéficos efeitos a toda pessoa e lugar. Penso que é anseio de todos nós que estas verdades não se detenham no nosso reduzido círculo, mas que se espalhem com toda a força e a ressonância de que estão dotadas. Anunciar o Bom Pastor. Anunciar a Igreja. Anunciar o fim das tribulações, tristezas, fome, sede, o fim das agruras da vida... "Deus enxugará toda lágrima dos olhos!"
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
23/04/2010
A culpa é de quem?
Fervem nos meios de comunicação os escândalos provocados pelos abusos sexuais contra menores por parte de alguns do clero católico. De fato, esses crimes e gravíssimos pecados ferem também a Igreja seja pelo hediondo abuso, seja pelo ataque feroz dos que simplesmente a odeiam. Esses atiram para todos os lados, apontando como causa desse ato cruel o celibato (que nós padres LIVREMENTE aceitamos por amor ao Reino de Deus cf. Mt, 19, 12), e a omissão ou acobertamento de bispos e do Santo Padre.
Primeiramente, se o celibato fosse mesmo a causa da pedofilia, como ostentam os inimigos da Igreja, não haveria nenhum caso em que pais de família tenham cometido tais abusos contra menores. A verdade é que, no silêncio (graças a Deus quebrado em grande escala) dos lares de todo o mundo essa prática desumana vem acontecendo.
Certamente, o celibato é um grande sinal para o nosso tempo, marcado pelo hedonismo, por uma sexualidade egoísta, irresponsável e lucrativa. Há muitos celibatários diocesanos e religiosos que são vigorosos, alegres e fiéis a esse dom de Deus e fecundam a sociedade pelo seu eloquente seguimento e anúncio de Jesus Cristo. O problema não é o Celibato. O catecismo da Igreja nos diz nos números 1579 e 1580, na sequência:
"Todos os ministros ordenados da Igreja latina, à exceção dos diáconos permanentes, são normalmente escolhidos entre homens crentes que vivem celibatários e têm vontade de guardar o celibato «por amor do Reino dos céus» (Mt 19, 12). Chamados a consagrarem-se totalmente ao Senhor e às «suas coisas» (1 Cor 7, 12) dão-se por inteiro a Deus e aos homens. O celibato é um sinal desta vida nova, para cujo serviço o ministro da Igreja é consagrado: aceite de coração alegre, anuncia de modo radioso o Reino de Deus".
"Nas Igrejas orientais vigora, desde há séculos, uma disciplina diferente: enquanto os bispos são escolhidos unicamente entre os celibatários, homens casados podem ser ordenados diáconos e presbíteros. Esta prática é, desde há muito tempo, considerada legítima: estes sacerdotes exercem um ministério frutuoso nas suas comunidades (Concílio Vaticano II, Presbyterorum Ordinis). Mas, por outro lado, o celibato dos sacerdotes é tido em muita honra nas Igrejas orientais e são numerosos aqueles que livremente optam por ele, por amor do Reino de Deus. Tanto no Oriente como no Ocidente, aquele que recebeu o sacramento da Ordem já não pode casar-se".
Em segundo lugar, quanto à acusação de omissão e acobertamento da Igreja por parte de bispos. É verdade que em alguns casos de pedofilia noticiados pela imprensa há o histórico de omissão por parte dos bispos em questão. Não é essa a norma na Igreja (clique e saiba mais) Não se pode acusar toda a Igreja por isso.
Quanto à acusação de que o Papa tenha acobertado, mesmo antes do pontificado. Tal acusação é infundada, inaceitável e injusta. O papa Bento XVI tem enfrentado abertamente esse problema, manifestando seu horror e sentimento de traição (reação partilhada por toda a Igreja). Também se opõe a qualquer acobertamento. Como exemplo, cito sua Carta Pastoral aos Católicos da Irlanda (válida para todos os católicos do mundo inteiro) quando diz: "(...)uma preocupação inoportuna pelo bom nome da Igreja e para evitar os escândalos, levaram como resultado à malograda aplicação das penas canónicas em vigor e à falta da tutela da dignidade de cada pessoa. É preciso agir com urgência para enfrentar estes fatores, que tiveram consequências tão trágicas para as vidas das vítimas e das suas famílias e obscureceram a luz do Evangelho a tal ponto, ao qual nem sequer séculos de perseguição não tinham chegado" (n.4).
Uma coisa, portanto é noticiar fatos. Outra é usá-los para atacar quem também sofre pelos mesmos.
"A Igreja é como um grande corpo; quando um membro está doente, todo o corpo sofre. O bom é que os membros sadios, graças a Deus, são a imensa maioria! Também do clero! Por isso, ela será capaz de se refazer dos seus males, para dedicar o melhor de suas energias à Boa Notícia: para confortar os doentes, visitar os presos nas cadeias, dar atenção aos abandonados nas ruas e debaixo dos viadutos; para ser solidária com os pobres das periferias urbanas, das favelas e cortiços; ela continuará ao lado dos drogados e das vítimas do comércio de morte, dos aidéticos e de todo tipo de chagados; e continuará a acolher nos Cotolengos criaturas rejeitadas pelos “controles de qualidade” estéticos aplicados ao ser humano; a suscitar pessoas, como Dom Luciano e Dra. Zilda Arns, para dedicarem a vida ao cuidado de crianças e adolescentes em situação de risco; e, a exemplo de Madre Teresa de Calcutá, ainda irá recolher nos lixões pessoas caídas e rejeitadas, para lavar suas feridas e permitir-lhes morrer com dignidade, sobre um lençol limpo, cercadas de carinho. Continuará a mover milhares de iniciativas de solidariedade em momentos de catástrofes, como no Haiti; a estar com os índios e camponeses desprotegidos, mesmo quando também seus padres e freiras acabam assassinados" (Dom Odilo Pedro Cardeal Scherer. Fonte: O Estado de São Paulo, 11/04/2010).
Mais que tergiversar sobre culpados e causas, precisamos socorrer as vítimas e curar esse mal social que não escolhe ideologia, religião e classe social.
Fonte:
Pe. Rogério Guimarães
Primeiramente, se o celibato fosse mesmo a causa da pedofilia, como ostentam os inimigos da Igreja, não haveria nenhum caso em que pais de família tenham cometido tais abusos contra menores. A verdade é que, no silêncio (graças a Deus quebrado em grande escala) dos lares de todo o mundo essa prática desumana vem acontecendo.
Certamente, o celibato é um grande sinal para o nosso tempo, marcado pelo hedonismo, por uma sexualidade egoísta, irresponsável e lucrativa. Há muitos celibatários diocesanos e religiosos que são vigorosos, alegres e fiéis a esse dom de Deus e fecundam a sociedade pelo seu eloquente seguimento e anúncio de Jesus Cristo. O problema não é o Celibato. O catecismo da Igreja nos diz nos números 1579 e 1580, na sequência:
"Todos os ministros ordenados da Igreja latina, à exceção dos diáconos permanentes, são normalmente escolhidos entre homens crentes que vivem celibatários e têm vontade de guardar o celibato «por amor do Reino dos céus» (Mt 19, 12). Chamados a consagrarem-se totalmente ao Senhor e às «suas coisas» (1 Cor 7, 12) dão-se por inteiro a Deus e aos homens. O celibato é um sinal desta vida nova, para cujo serviço o ministro da Igreja é consagrado: aceite de coração alegre, anuncia de modo radioso o Reino de Deus".
"Nas Igrejas orientais vigora, desde há séculos, uma disciplina diferente: enquanto os bispos são escolhidos unicamente entre os celibatários, homens casados podem ser ordenados diáconos e presbíteros. Esta prática é, desde há muito tempo, considerada legítima: estes sacerdotes exercem um ministério frutuoso nas suas comunidades (Concílio Vaticano II, Presbyterorum Ordinis). Mas, por outro lado, o celibato dos sacerdotes é tido em muita honra nas Igrejas orientais e são numerosos aqueles que livremente optam por ele, por amor do Reino de Deus. Tanto no Oriente como no Ocidente, aquele que recebeu o sacramento da Ordem já não pode casar-se".
Em segundo lugar, quanto à acusação de omissão e acobertamento da Igreja por parte de bispos. É verdade que em alguns casos de pedofilia noticiados pela imprensa há o histórico de omissão por parte dos bispos em questão. Não é essa a norma na Igreja (clique e saiba mais) Não se pode acusar toda a Igreja por isso.
Quanto à acusação de que o Papa tenha acobertado, mesmo antes do pontificado. Tal acusação é infundada, inaceitável e injusta. O papa Bento XVI tem enfrentado abertamente esse problema, manifestando seu horror e sentimento de traição (reação partilhada por toda a Igreja). Também se opõe a qualquer acobertamento. Como exemplo, cito sua Carta Pastoral aos Católicos da Irlanda (válida para todos os católicos do mundo inteiro) quando diz: "(...)uma preocupação inoportuna pelo bom nome da Igreja e para evitar os escândalos, levaram como resultado à malograda aplicação das penas canónicas em vigor e à falta da tutela da dignidade de cada pessoa. É preciso agir com urgência para enfrentar estes fatores, que tiveram consequências tão trágicas para as vidas das vítimas e das suas famílias e obscureceram a luz do Evangelho a tal ponto, ao qual nem sequer séculos de perseguição não tinham chegado" (n.4).
Uma coisa, portanto é noticiar fatos. Outra é usá-los para atacar quem também sofre pelos mesmos.
"A Igreja é como um grande corpo; quando um membro está doente, todo o corpo sofre. O bom é que os membros sadios, graças a Deus, são a imensa maioria! Também do clero! Por isso, ela será capaz de se refazer dos seus males, para dedicar o melhor de suas energias à Boa Notícia: para confortar os doentes, visitar os presos nas cadeias, dar atenção aos abandonados nas ruas e debaixo dos viadutos; para ser solidária com os pobres das periferias urbanas, das favelas e cortiços; ela continuará ao lado dos drogados e das vítimas do comércio de morte, dos aidéticos e de todo tipo de chagados; e continuará a acolher nos Cotolengos criaturas rejeitadas pelos “controles de qualidade” estéticos aplicados ao ser humano; a suscitar pessoas, como Dom Luciano e Dra. Zilda Arns, para dedicarem a vida ao cuidado de crianças e adolescentes em situação de risco; e, a exemplo de Madre Teresa de Calcutá, ainda irá recolher nos lixões pessoas caídas e rejeitadas, para lavar suas feridas e permitir-lhes morrer com dignidade, sobre um lençol limpo, cercadas de carinho. Continuará a mover milhares de iniciativas de solidariedade em momentos de catástrofes, como no Haiti; a estar com os índios e camponeses desprotegidos, mesmo quando também seus padres e freiras acabam assassinados" (Dom Odilo Pedro Cardeal Scherer. Fonte: O Estado de São Paulo, 11/04/2010).
Mais que tergiversar sobre culpados e causas, precisamos socorrer as vítimas e curar esse mal social que não escolhe ideologia, religião e classe social.
Fonte:
Pe. Rogério Guimarães
Os Enfrentamentos
OS ENFRENTAMENTOS
IIIº DOMINGO DA PÁSCOA
1. Introdução.
Na nossa caminhada pascal nos deparamos várias vezes com o Ressuscitado. Hoje nos encontramos com Ele no dia-a-dia, na missão e no céu. Uma caminhada de verdade. O Ressuscitado nos ajuda a enfrentar o mar, a nos lançar para os desafios da evangelização e da missão para alcançarmos a bem-aventurança eterna. A Eucaristia que nos reúne vai nos abastecer com a força para esta caminhada.
2. Estou de volta pro meu aconchego.
“Eu vou pescar” Eles disseram: “Também vamos contigo” (Jo 21, 3)
Pedro parece desistir do seguimento. Voltar à vida de pescador. O fracasso da cruz parece abater a todos. Voltar à antiga condição, ao antes de conhecer Jesus. Tentados a abandonar tudo! Voltar à pescaria, atividade antiga... Voltar a Emaús, morada antiga... Essa também a nossa tentação. Só teremos segurança se enraizados na Comunidade. Com a Palavra e com a Eucaristia. Assim poderemos sair e anunciar ao mundo a condição nova para a humanidade: uma sociedade de ressuscitados, na dignidade de filhos e filhas de Deus. O Ressuscitado, na praia acena para eles que é hora de recomeçar. A pesca se torna abundante, pois Ele está presente. E os abastece com o alimento. O cristão abastecido pela Eucaristia vai enfrentar as dificuldades do dia-a-dia.
3. Bem aventurados os perseguidos...
Os apóstolos saíram do Conselho, muito contentes, por terem sido considerados dignos de injúrias, por causa do nome de Jesus. (At 5, 41)
O enfretamento das dificuldades não desanima o apóstolo. Mesmo torturados não desistem. Têm consciência de sua tarefa: “É preciso obedecer a Deus, antes que os homens.”. O projeto não e deles: é de Deus! E assumem na prática o que já dizia a bem-aventurança: “Felizes vocês, se forem insultados e perseguidos, e se disserem todo tipo de calúnia contra vocês, por causa de mim.” (Mt 5,11). Assim ontem com a Igreja. Assim hoje com a Igreja. Perseguida, caluniada, ofendida, mas seguindo firme, cumprindo as propostas do Ressuscitado.
4. Sou cidadão do infinito...
Eram milhares de milhares, milhões de milhões... (Ap 5, 11)
E depois seremos recompensados. Basta manter a fidelidade. Faremos parte da multidão que vai estar diante do Cordeiro.
5. Conclusão
Nossa caminhada deve seguir esses passos: encontrar-se com o Ressuscitado, assumir a sua proposta de maneira concreta na missão para alcançarmos a recompensa prometida. Será uma luta constante. Mas é preciso perseverar. Ele não nos aponta facilidades, mas enfrentamentos – porta estreita, cruz, perseguição... “Vocês serão odiados de todos, por causa do meu nome. Mas, quem perseverar até o fim, esse será salvo.” (Mt 10, 22).
Obs. Quando se lê o texto mais longo Jo 21, 15-19 – Muitos vêem na tríplice declaração de amor um resgate da tríplice negação de Pedro. Eu penso que não. Jesus já o tinha perdoado. Não ia encostá-lo na parede para botar o dedo na ferida. A tríplice declaração de amor é para a sua missão: “Apascenta...” (Jo 21,15ss). Quem vai apascentar tem que ter muito amor...
Fonte:CI170410
Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
IIIº DOMINGO DA PÁSCOA
1. Introdução.
Na nossa caminhada pascal nos deparamos várias vezes com o Ressuscitado. Hoje nos encontramos com Ele no dia-a-dia, na missão e no céu. Uma caminhada de verdade. O Ressuscitado nos ajuda a enfrentar o mar, a nos lançar para os desafios da evangelização e da missão para alcançarmos a bem-aventurança eterna. A Eucaristia que nos reúne vai nos abastecer com a força para esta caminhada.
2. Estou de volta pro meu aconchego.
“Eu vou pescar” Eles disseram: “Também vamos contigo” (Jo 21, 3)
Pedro parece desistir do seguimento. Voltar à vida de pescador. O fracasso da cruz parece abater a todos. Voltar à antiga condição, ao antes de conhecer Jesus. Tentados a abandonar tudo! Voltar à pescaria, atividade antiga... Voltar a Emaús, morada antiga... Essa também a nossa tentação. Só teremos segurança se enraizados na Comunidade. Com a Palavra e com a Eucaristia. Assim poderemos sair e anunciar ao mundo a condição nova para a humanidade: uma sociedade de ressuscitados, na dignidade de filhos e filhas de Deus. O Ressuscitado, na praia acena para eles que é hora de recomeçar. A pesca se torna abundante, pois Ele está presente. E os abastece com o alimento. O cristão abastecido pela Eucaristia vai enfrentar as dificuldades do dia-a-dia.
3. Bem aventurados os perseguidos...
Os apóstolos saíram do Conselho, muito contentes, por terem sido considerados dignos de injúrias, por causa do nome de Jesus. (At 5, 41)
O enfretamento das dificuldades não desanima o apóstolo. Mesmo torturados não desistem. Têm consciência de sua tarefa: “É preciso obedecer a Deus, antes que os homens.”. O projeto não e deles: é de Deus! E assumem na prática o que já dizia a bem-aventurança: “Felizes vocês, se forem insultados e perseguidos, e se disserem todo tipo de calúnia contra vocês, por causa de mim.” (Mt 5,11). Assim ontem com a Igreja. Assim hoje com a Igreja. Perseguida, caluniada, ofendida, mas seguindo firme, cumprindo as propostas do Ressuscitado.
4. Sou cidadão do infinito...
Eram milhares de milhares, milhões de milhões... (Ap 5, 11)
E depois seremos recompensados. Basta manter a fidelidade. Faremos parte da multidão que vai estar diante do Cordeiro.
5. Conclusão
Nossa caminhada deve seguir esses passos: encontrar-se com o Ressuscitado, assumir a sua proposta de maneira concreta na missão para alcançarmos a recompensa prometida. Será uma luta constante. Mas é preciso perseverar. Ele não nos aponta facilidades, mas enfrentamentos – porta estreita, cruz, perseguição... “Vocês serão odiados de todos, por causa do meu nome. Mas, quem perseverar até o fim, esse será salvo.” (Mt 10, 22).
Obs. Quando se lê o texto mais longo Jo 21, 15-19 – Muitos vêem na tríplice declaração de amor um resgate da tríplice negação de Pedro. Eu penso que não. Jesus já o tinha perdoado. Não ia encostá-lo na parede para botar o dedo na ferida. A tríplice declaração de amor é para a sua missão: “Apascenta...” (Jo 21,15ss). Quem vai apascentar tem que ter muito amor...
Fonte:CI170410
Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
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